quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Autismo e Carnaval: para quem gosta e quer participar da festa!

Por Ana Leite para o Reab.me

Resultado de imagem para carnaval autismo

As pessoas que têm Autismo (Transtorno do Espectro Autista) são antes de tudo pessoas. Esse é o primeiro e mais importante ponto. São crianças, são adolescentes, são adultos… e, como tal, vivem e convivem com as “delícias” e “desafios” da fase que estão. E, sobretudo, eles têm “gostar”; gostam ou não de determinadas coisas, pessoas e festas, o que inclui o Carnaval. Sendo assim, a primeira palavra é RESPEITO. Respeitemos o “gostar ou não de Carnaval”.

Claro que não podemos, diante de uma condição, no caso o Autismo, ignorar que vão existir desafios típicos. O termo “espectro” reflete a ampla variação desses desafios e pontos fortes de cada pessoa com Autismo. Existe literatura demais sobre essas questões, caso você queira ler mais.

Voltando aos desafios, uma questão que sempre remete a preocupação em relação ao Carnaval é a quantidade de estímulos que envolvem essa festa e a “hipersensibilidade sensorial” que pode incomodar e até ser extremamente desafiadora. E aí vem a pergunta:


“Como conduzir?

Não levo para o Carnaval? 

Levo, mas evito certas coisas?

O que fazer?”

Que tal uma preparação? Se estamos falando de uma situação que não faz parte da rotina da pessoa, prepare-a para o que vai acontecer. No Carnaval a roupa é fantasia, a forma comum vivenciar é com música (e alta, diga-se de passagem) e ainda existem os confetes, serpentinas e até a pintura no rosto. Ou seja, vá inserindo aos poucos e gradualmente o que faz parte dessa festa. Uma música baixinha, inicialmente. A escolha e uso anterior à festa de uma fantasia confortável. A vivência de forma controlada e gradual do que fará parte da festa pode ajudar!

A antecipação e o uso de algumas estratégias são importantes para que, por exemplo, a criança ou o adolescente com Autismo participe da festa da escola, que é um momento de socialização.

“Cada pai deve conhecer e respeitar as limitações de seus filhos. Validar a questão sensorial é muito importante em todos aspectos, desde a ambientes muito lotados, barulhentos… até confetes e fantasias.

Tem que criança que adora música mas não suporta tecidos leves tipo os de fantasias, tem crianças que adora o efeito visual do confete, pintar o rosto mas não suporta a velocidade das pessoas passando no meio da multidão…

Assim como existem crianças que super compreendem o contexto do carnaval e adoram brincar em bloquinhos. O mais importante são os pais terem esse conhecimento do perfil de seu filho e não ultrapassar os limites de uma vez. Tudo é muito gradativo e aos poucos. As experiências precisam ser vividas, mas precisam ser positivas para que sejam prazerosas.” (Nara Dornelas, psicopedagoga da @aprimoreterapia).

Quando chegar o dia da festa é ficar atento e “ler os comportamentos”. Ao perceber que a a situação está incômoda é hora de dar um tempo ou ir embora. RESPEITO. Deve-se tentar, sim, incentivar a vivência e tudo de bom que ela pode proporcionar, mas sempre com RESPEITO, é com essa palavra que começamos e terminamos esse post.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

“Toda escola é um espaço legalmente aberto às pessoas com deficiência”

Roberta Bento, fundadora do SOS Educação, tem paralisia cerebral e se dedica à inclusão há mais de três décadas. Em entrevista ao #blogVencerLimites, ela fala sobre pessoas com deficiência na educação regular, o isolamento de crianças com deficiência em 'salas especiais' ou 'escolas especiais', os avanços da Lei Brasileira de Inclusão, práticas concretas para inclusão real na educação, e o combate ao preconceito e à discriminação, ainda muito presentes no ambiente educacional.


Luiz Alexandre Souza Ventura para o Estadão

IMAGEM 01: Roberta Bento, fundadora do SOS Educação, tem paralisia cerebral e se dedica à inclusão há mais de três décadas. Em entrevista ao #blogVencerLimites, ela fala sobre pessoas com deficiência na educação regular, o isolamento de crianças com deficiência em 'salas especiais' ou 'escolas especiais', os avanços da Lei Brasileira de Inclusão, práticas concretas para inclusão real na educação, e o combate ao preconceito e à discriminação, ainda muito presentes no ambiente educacional. Descrição #pracegover: Roberta Bento fala ao microfone em uma sala. Ao fundo, um telão com a imagem de crianças em uma praia. Crédito: Divulgação.
 Crédito: Divulgação

“Se o aluno precisa de recursos diferentes para acompanhar as aulas e aprender, esse aluno vale cada centavo do investimento”, afirma a consultora educacional Roberta Bento, fundadora do site SOS Educação (www.soseducacao.com.br) – integrado ao Estadão.

Roberta tem 52 anos e convive com uma paralisia cerebral. Ao lado da filha, Taís Bento, atua como consultora educacional, orientando pais, alunos e professores de escolas públicas e privadas. São 32 anos dedicados à educação.

Durante seu período escolar, na década de 1970, o estímulo que recebeu dos pais e dos professores foi fundamental para sua plena inclusão na dinâmica da sala de aula, inclusive nas atividades de educação física.

“Muitos professores cobram das escolas capacitação contínua, porque falta preparo para trabalhar com alunos com deficiência. Há também, por outro lado, mais cooperação com o aluno com deficiência. Vale ressaltar que os pais, sim, precisam de conhecimento para lidar com a inclusão e o acolhimento dos alunos com deficiência”, destaca.

Roberta foi vice-presidente de uma rede global de franquias na área educacional e afirma que, fora do Brasil, nunca se sentiu excluída ou sofreu preconceitos. “Em outros países, as pessoas encaram a inclusão e a acessibilidade de forma natural”, diz. “Na questão da acessibilidade, nosso País ainda está atrasado em diversos aspectos. Por ter alguma dificuldade de locomoção, observo que muitos locais, sejam esses de responsabilidade do poder público, escolas ou empresas, limitam-se a cumprir estritamente a lei, de maneira forçada”, comenta.

IMAGEM 02: Roberta Bento, ao lado da filha, Taís Bento, atua como consultora educacional, orientando pais alunos e professores de escolas públicas e privadas. Descrição #pracegover: Imagem com fundo branco. Roberta e Taís estão juntas, olhando para a câmera, sorrindo e segurando o livro 'Socorro, meu filho não estuda'. Crédito: Reprodução.
Crédito: Reprodução

Vencer Limites – Qual a sua avaliação sobre o acesso de pessoas com deficiência à educação regular no Brasil?

Roberta Bento – Penso que, pelo lado positivo, estamos cobertos pela lei. Isso torna toda escola um espaço legalmente aberto às pessoas com deficiência. E assumindo a realidade, temos o lado negativo relacionado à resistência que o brasileiro tem ao cumprimento das leis. Assim, seguimos na vigilância e na luta para que absolutamente todos os estudantes tenham direito à escola, não importa se ele tem ou não algum tipo de necessidade específica.

Vencer Limites – E sobre a mais recente tentativa de isolar crianças com deficiência em ‘salas especiais’ ou ‘escolas especiais’?

Roberta Bento – Ainda acredito no ser humano. E prefiro ver a situação como tendo sido gerada por pessoas com boas intenções, mas sem conhecimento da realidade. A criança inserida no ambiente da sala de aula, junto com todos que estão na mesma etapa de estudo, tem benefícios enormes no seu desenvolvimento. Porém, vai bem além o porque isso faz sentido. Todas as outras crianças se beneficiam também. O amadurecimento e o desenvolvimento de habilidades socioemocionais contemplam todos que convivem em um ambiente em que a diversidade está presente.

Vencer Limites – A Lei Brasileira de Inclusão determina que as unidades educacionais devem prover todos os recursos de acessibilidade, mas as escolas particulares criticam essa regra e afirmam que isso aumenta o custo com o aluno. Qual a sua avaliação?

Roberta Bento – Acredito que seja verdade. Aliás, espero que seja sempre uma grande verdade. Isso porque, se um aluno precisa de algum recurso diferente para garantir que possa acompanhar as aulas e aprender, esse aluno vale cada centavo daquele investimento. E não importa se é uma carteira para canhoto, uma apostila adaptada ou uma rampa para acesso a todos os espaços.

Cada aluno merece a adaptação necessária para que ele possa atingir seu potencial máximo. A escola deveria estar preparada para permitir que alunos, professores, funcionários, pais e prestadores de serviço tenham acesso a suas dependências e possam usufruir do que ela oferece. E todos devem sentir-se parte daquela comunidade.

Os recursos devem vir de ações que a própria escola pode planejar com a comunidade, empresas parceiras, prestadores de serviços. O desafio de garantir que todos estejam incluídos é de toda a comunidade.

Vencer Limites – Quais práticas têm resultados concretos na inclusão real de pessoas com deficiência na educação?

Roberta Bento – Formação continuada de professores, eis o primeiro desafio a ser vencido ainda em nosso País. Depois a parceria entre a família do aluno e a escola. Juntos, educadores e pais são invencíveis. E, muito importante, a informação para que toda a comunidade esteja unida em prol do sucesso de todos, absolutamente todos os alunos daquela escola. Acreditar que o aluno é capaz de se desenvolver e buscar seu potencial máximo é o segredo para que a inclusão aconteça de fato.

Vencer Limites – Ainda há muito preconceito e discriminação no ambiente educacional quando o aluno com deficiência, principalmente deficiência intelectual, tenta se matricular. Há relatos frequentes de boicote, até mesmo em colégios tradicionais e muito caros. Como resolver esse problema? Como os pais devem reagir? Denunciar é uma opção que tem resultado?

Roberta Bento – Denunciar é um caminho. Mas não devemos parar por aí. Acho que todos deveríamos também divulgar mais as experiências positivas. Talvez assim ajudássemos as escolas que ainda resistem em ver que há grandes benefícios para todos e o quanto é cruel e incoerente uma instituição que se propõe a educar ter uma atitude tão contraditória.

Penso também que os pais devem partir para uma outra opção, se não forem recebidos como merecem em alguma escola. Mesmo que não seja tão próxima ou tão renomada, é melhor ter o filho estudando naquela que o acolheu. A melhor escola é aquela que se propõe a buscar, junto com a família, as ferramentas necessárias para que o aluno se desenvolva.

Quando o foco está no potencial e não na deficiência, os resultados positivos vêm, não há o que temer.

Fonte: Estadão

quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Campanha denuncia casos de constrangimento contra crianças e adolescentes com deficiência

sbp.com.br


Relatos emocionantes de mães de crianças com alguma deficiência têm viralizado pelas redes sociais. As histórias compartilhadas através da hashtag #eSeFosseSeuFilho apresentam situações reais interpretadas por artistas, em que crianças consideradas atípicas são expostas a momentos de constrangimento devido à falta de empatia expressada por desconhecidos ou até mesmo por amigos e familiares. A iniciativa sensibilizou lideranças da Sociedade Brasileira de Pediatria e de suas filiadas que a consideraram pertinente e importante de ser compartilhada com os especialistas.

CLIQUE AQUI PARA ASSISTIR AOS VÍDEOS DA CAMPANHA

Num dos vídeos, a atriz Betty Gofman conta a história de uma mãe que se deparou com a polícia em sua porta, devido às crises do filho autista. “Talvez fosse o calor ou alguma dor que ele estivesse sentindo e não conseguia me explicar. Eu sei que naquele dia ele estava berrando mais do que o habitual. Foi quando a polícia bateu na minha porta. A minha vizinha tinha chamado a polícia, dizendo que não aguentava mais ouvir aqueles berros. Quando o policial percebeu que o meu filho tinha autismo, ficou sem graça e me pediu desculpa”, narra a atriz.

O movimento surgiu a partir de um grupo de mães organizadas através das redes sociais, que compartilhavam entre si experiências pessoais. Em setembro de 2018, o desabafo de uma das participantes, a respeito dos pedidos sucessivos para que seu filho fosse retirado da escola, serviu como gatilho para que as mães formulassem a campanha #eSeFosseSeuFilho, chamando atenção para a difícil realidade enfrentada pelas crianças que têm alguma deficiência.

REFLEXÃO - A campanha tem como objetivo estimular a reflexão sobre como o simples ato de se imaginar no lugar do outro pode evitar comportamentos inapropriados ou que reproduzem formas de violência social. A ação já conta com vídeos gravados por Isabela Garcia (atriz), Lau Patron (escritora), Mariana Lima (atriz), Luciano Mallmann (ator) e Daniel Gonçalves (documentarista).

De acordo com dra. Evelyn Eisenstein, membro do Grupo de Trabalho sobre Drogas e Violência da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), expor criança ou adolescente a situação de vexame ou constrangimento, além de configurar absoluta falta de cidadania, é legalmente proibido, conforme descrito pelo artigo 17 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

“O ECA assegura o direito ao respeito, que consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral de crianças e adolescentes. Não é admissível que ainda ocorram tantas situações vexatórias, que geram impactos negativos ao bem-estar social de quem mais precisa de proteção. É preciso estimular o debate a respeito da inclusão de pessoas com deficiência na sociedade e investir em mais programas educacionais junto à escola”, afirma.

DOCUMENTO - Em 2017, o Departamento Científico (DC) de Adolescência da SBP lançou o documento “Atualização sobre Inclusão de Crianças e Adolescentes com Deficiência” para orientar pediatras, pais e responsáveis sobre os cuidados necessários ao paciente com essas características desde o momento do diagnóstico.

Segundo o Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 45 milhões de brasileiros possuem algum tipo de deficiência, seja visual, motora ou intelectual. O número corresponde a 23,9% da população. Para conhecer mais sobre da iniciativa #eSeFosseSeuFilho, acesse o Instagram e Facebook da campanha.

(*Com informações do portal Singularidades)

quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Deficiência intelectual: 10 sinais para ajudar você a identificá-la

greenme.com.br

Deficiência Intelectual

A Deficiência Intelectual, segundo a Associação Americana sobre Deficiência Intelectual do Desenvolvimento AAIDD, é caracterizada por um funcionamento intelectual inferior à media (o chamado QI), o qual é associado a limitações adaptativas em pelo menos duas áreas de habilidades, dentre elas: comunicação, autocuidado, vida no lar, adaptação social, saúde e segurança, uso de recursos da comunidade, determinação, funções acadêmicas, lazer e trabalho). Em geral, essas limitações se manifestam antes dos 18 anos de idade.

No dia a dia, como a Deficiência Intelectual se manifesta?


A pessoa com Deficiência Intelectual tem dificuldades para aprender, entender e realizar atividades que são comuns e rotineiras para a maioria das pessoas. O transtorno é, em geral, resultado de uma alteração no desempenho cerebral provocada por diferentes fatores: genéticos, distúrbios na gestação, problemas no parto ou na vida após o nascimento.

Os pesquisadores que investigam a Deficiência Intelectual convivem com um grande desafio, que é a não relação dos casos estudados com causas conhecidas, o que dificulta saber qual é a origem da doença.

Em relação ao comportamento das crianças, é muito comum elas não se interessarem por nada, terem medos, o que demanda muita atenção e afeto dos pais. A criança diagnosticada com Deficiência Intelectual precisa ser atendida por uma equipe multidisciplinar, constituída de profissionais das áreas de pediatria, fonoaudiologia, assistência social, psicologia, pedagogia, entre outras.

Fique atento aos sintomas abaixo para que você tenha condições de ajudar algum familiar que possa ter Deficiência Intelectual a tempo de receber um tratamento adequado. Aliás, quanto antes o transtorno for diagnosticado, maiores são as chances de a criança (e o adulto) ter mais qualidade de vida.

1. Atraso no desenvolvimento
Crianças com problemas de desenvolvimento em alguma habilidade costuma ser sinal de que algo não vai bem. Esteja atento aos sinais da criança e consulte o pediatra dela, a fim de receber uma primeira orientação adequada.

2. Falta de interesse
A curiosidade é um traço comum na infância. Crianças que não se envolvem com nada e ficam alheias ao ambiente precisam de uma avaliação.

3. Isolamento familiar
É natural que as crianças saiam das asas dos pais por alguns momentos, até mesmo por sua curiosidade natural de descobrir o mundo. Entretanto, quando esse afastamento é intenso ou repentino, sem motivo aparente, é preciso averiguar o que está acontecendo, porque pode ser um sinal de depressão, de sofrimento emocional ou psíquico.

4. Problemas de aprendizado
Se, ao final da educação infantil, a criança apresenta limitações de aprendizado, como para a alfabetização e para a matemática, consulte profissionais da área. Alguns sintomas comuns são:
- Confusão no uso de palavras que indicam direção (dentro, fora, em cima/embaixo, direita/esquerda)
- Dificuldade de coordenação motora grossa (tropeça, colide com objetos, cai muito)
- Dificuldade de coordenação motora fina (não pega corretamente o lápis, não sabe usar a tesoura)
- Dificuldade para reconhecer cores, números e letras
- Dificuldade de associar letras a sons
- Dificuldade com sequências (1,2,3...)
- Dificuldade para contar
- Dificuldade para memorizar fatos numéricos (quantos anos tem)
- Dificuldade para aprender cantigas infantis com rimas
- Frases ditas de maneira confusa, com erro de pronúncia das palavras

5. Queixas somáticas
Se a criança começar a se queixar muito de dores de estômago, ouvido, garganta, vale consultar um médico, porque a causa pode ser emocional.

6. Medo excessivo
Toda criança tem medo, afinal, ela está em um processo de descoberta do mundo. Por isso, nessa fase, o medo é normal. Mas, se o medo começa a ser uma constante e interfere no aprendizado, diversão ou em outras atividades é importante investigar.

7. Irritabilidade/nervosismo
É parte do crescimento aprender a controlar as emoções e os impulsos. Quando a irritabilidade machuca outros, causa problemas escolares e familiares é necessário buscar ajuda, antes que o problema se agrave.

8. Alteração de apetite
Quando ocorre mudança no padrão alimentar de forma súbita e radical (tanto para menos quanto para mais), pode ser sinal de problemas físicos ou emocionais.

9. Regressão de habilidades adquiridas
As habilidades principais como leitura, escrita, linguagem, aritmética, empilhar blocos ou até andar de bicicleta não costumam ser “esquecidas”. Caso isso aconteça, é importante investigar a razão.

10. Fadiga
As crianças são cheias de energia. Logo, letargia e cansaço súbitos não são comportamentos naturais delas. Um especialista pode diagnosticar se a causa é física ou emocional.

Fonte: ebc

sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Crianças com perda auditiva estão entre as principais vítimas de bullying

De acordo com o Censo de Educação Básica, entre 2011 e 2016, houve redução de 23% no universo de estudantes surdos no país

olhardosul.com.br

Crianças com perda auditiva estão entre as principais vítimas de bullying

Bullying: ação capaz de ferir física e psicologicamente crianças e jovens mundo afora, vítimas de chacotas e humilhações. É o que sofre muitos alunos deficientes auditivos, que usam ou não aparelhos auditivos e que, por isso, acabam desenvolvendo problemas de autoestima e de socialização; além de dificuldades no aprendizado e no desenvolvimento cognitivo. De acordo com o Censo de Educação Básica, divulgado pelo Inep (instituto de pesquisas ligado ao Ministério da Educação), entre 2011 e 2016, houve uma redução de 23% no universo de estudantes surdos no país. Um dos motivos pode ser a fuga da escola, por conta de bullying ou falta de apoio no aprendizado. Dados da Organização Mundial de Saúde apontam que aproximadamente 32 milhões de crianças, no mundo inteiro, têm algum tipo de deficiência auditiva.

O primeiro passo, fundamental, é tratar a deficiência auditiva do aluno o mais rápido possível. Quanto mais cedo, melhor. Bebês que não têm tratamento, por exemplo, mesmo com perda auditiva leve ou moderada, apresentam mais dificuldades para aprender a falar e, mais tarde, terão prejuízos em seu desempenho escolar. Exames como o PEATE (Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico) e o EOA (Emissão Otoacústica) podem detectar o grau de perda auditiva, servindo como ponto de partida para que o médico otorrinolaringologista indique o tratamento mais adequado para cada caso. Uma das indicações para suprir o déficit de audição é o uso de aparelhos auditivos desenvolvidos especialmente para os pequenos.

“A audição tem papel vital no desenvolvimento da linguagem e da fala, importantes na comunicação e na interação social da criança. A perda auditiva, se não for tratada, pode acarretar uma série de limitações: timidez, retraimento, problemas de aprendizado, de relacionamento, o que provoca, muitas vezes, o bullying, que agrava a situação. Por esse motivo, na Telex, bebês, crianças e adolescentes têm uma atenção especial para que possam alcançar seu pleno potencial”, afirma a fonoaudióloga Marcella Vidal, gerente de Produtos Pediátricos da Telex Soluções Auditivas.

O segundo passo para ajudar a criança com deficiência auditiva deve ser dado pela família, que precisa estimular a autoestima da criança, para que ela se sinta segura ao transitar nos diversos núcleos sociais, inclusive junto aos coleguinhas na escola. Uma criança segura não se deixa abater pela ‘zoação’ das outras. O indicado é não esconder ou disfarçar os aparelhos auditivos, nem mesmo o implante coclear, atrás da orelha. Desse modo, os pais sinalizam que a deficiência não é motivo de vergonha. A aceitação deve começar dentro de casa. Hoje, já é possível encontrar no mercado aparelhos auditivos discretos, com design modernos, personalizados, coloridos e, para as crianças, existem até mesmo próteses com estampas de super-heróis, bem divertidas, que ajudam a dar autoconfiança.

Diretores e professores da escola também devem ficar atentos a qualquer sinal de discriminação contra crianças deficientes auditivas, a fim de agir logo, tomando medidas que evitem consequências mais graves. Uma dessas ações deve ser a de promover uma abordagem lúdica, em sala de aula, de temas que abordam as diferenças, mostrando os vários tipos de deficiência e enfatizando, principalmente, o respeito que todas as crianças devem ter entre si.

Para orientar os pais e professores nessa jornada, a Telex desenvolveu o programa infanto-juvenil ‘Cuidado Auditivo Amigo da Criança’, como conta a fonoaudióloga, que é especialista em audiologia. “Por meio desse programa, a família recebe todo o apoio necessário, com atendimento pediátrico diferenciado, orientações e acompanhamento do tratamento, além de oferecer soluções auditivas pediátricas desenvolvidas especialmente para cada criança. E tudo isso, obviamente, com suporte médico especializado”, explica Vidal.

Em sala de aula, para que o aluno deficiente auditivo possa assimilar melhor o conteúdo ensinado, a Telex oferece também o ‘Sistema FM Amigo’, que permite a comunicação direta entre professores e crianças com déficit de audição. O equipamento é composto por um microfone transmissor e um receptor. O professor usa o microfone acoplado à roupa e sua voz é transmitida diretamente para o receptor que está no aparelho auditivo do aluno. O sistema ajuda a suprimir os efeitos negativos de distância, reverberação ou ruído de fundo, e mantém o som da fala do professor original, alto e claro, possibilitando um aprendizado natural para esse aluno.

Assessoria de imprensa da Telex Soluções Auditivas
Ex-Libris Comunicação Integrada
Cristina Freitas (21) 99431-0001 – cristina@libris.com.br
Raphaela Gentil (21) 98014-0341 – raphaela@libris.com.br