sexta-feira, 27 de maio de 2016

Alimentação saudável na infância de crianças com Down

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No dia 10 de março deste ano, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) fez uma decisão histórica e puniu uma propaganda de marca alimentícia destinada a crianças. “Temos publicidade abusiva duas vezes: por ser dirigida à criança e de produtos alimentícios”, comentou o ministro Herman Benjamin. “Não se trata de paternalismo sufocante nem moralismo demais, é o contrário: significa reconhecer que a autoridade para decidir sobre a dieta dos filhos é dos pais.” Para Isabella Henrique, diretora de Advocacy do Alana, essa decisão significa o reconhecimento da criança como prioridade absoluta, inclusive nas relações de consumo. Pensando nisso e considerando as muitas dúvidas que pais e mães têm em relação à alimentação dos filhos, especialmente durante a infância, o Movimento Down conversou com a médica Ana Claudia Brandão sobre a importância da alimentação saudável para quem tem síndrome de Down. Confira:

1) Como deve ser a alimentação de uma criança com síndrome de Down?
Sobretudo uma dieta que chamamos de saudável! Variada, que contemple todos os grupos alimentares, rica em nutrientes, vitaminas, fibras. Bem colorida! Alimentos naturais, evitando ao máximo os doces e os industrializados.

2) Por que no caso da SD é mais urgente ter este cuidado?
Toda criança deve ser incentivada a desenvolver um hábito alimentar saudável, e isto só se consegue através de uma boa educação alimentar, iniciada assim que se faz a introdução da alimentação complementar do bebê. No caso particular das pessoas com síndrome de Down, que têm um metabolismo basal menor, maior tendência à constipação devido à hipotonia muscular, maior prevalência de doenças da tireoide (principalmente o hipotireoidismo) e determinadas vias metabólicas que aumentam a produção de radicais livres (substâncias oxidantes nocivas às nossa células), incentivar uma boa alimentação consegue minimizar as consequências de questões como sobrepeso e obesidade, constipação intestinal e talvez fazer até uma profilaxia de doenças degenerativas da vida adulta.

3) O que a decisão do STJ tem de revolucionária?
A decisão do STJ reconheceu a criança como prioridade absoluta nas questões relacionadas ao consumo e que qualquer propaganda deve ser dirigida aos adultos (pais e cuidadores), pois são eles que têm o poder de decisão para adquirir qualquer produto ou alimento em suas casas. É uma decisão histórica, pois é a primeira vez que o tema da abusividade da publicidade direcionada às crianças foi julgada por um tribunal superior e a nossa legislação foi respeitada.

4) Crianças são muito suscetíveis ao apelo da indústria?
Certamente! Geralmente, as propagandas na televisão e outras mídias, assim como as embalagens de alguns produtos e até os “brinquedinhos” oferecidos por determinadas cadeias de lanchonetes são extremamente sedutores para as crianças. Cabe aos pais e familiares controlarem esse acesso e propiciarem as possibilidades de boas escolhas em relação à alimentação de seus filhos. Assim, criarão um bom hábito alimentar que carregarão ao longo da vida.

5) Como você vê a nova classificação do Ministério da Saúde?
A maioria das pesquisas fazem uma ligação direta entre uma alimentação baseada em produtos ultraprocessados e prontos para o consumo com a maior probabilidade de doenças e riscos à saúde. Portanto, considerando a realidade em que vivemos e com a obesidade cada vez mais prevalente, essa nova forma de classificação dos alimentos a partir de seu grau de processamento ao invés da segmentação por nutrientes é muito bem vinda! Acredito que essa nova edição do Guia Alimentar para a População Brasileira trouxe avanços significativos na discussão de uma alimentação verdadeiramente saudável.

6) Se fosse para eleger cinco regras básicas ligadas à alimentação, quais seriam?
– Dieta bem variada, com todos os grupos alimentares;
– Preferência por alimentos naturais (sempre serve a máxima “melhor descascar do que desembrulhar”);
– Alimentos ricos em fibras, vitaminas e antioxidantes;
– Pouco sal e óleo;
– Muita hidratação, de preferência tomando água.

7) Desde quando é preciso ter cuidado com a alimentação de uma criança com SD? É verdade que os pais podem moldar o paladar da criança desde cedo?
Desde sempre, assim como para todas as crianças! Os primeiros 2 ou 3 anos de vida são fundamentais para a aquisição de um hábito alimentar saudável. É nesta época que educamos nosso paladar. Se oferecemos, por exemplo, alimentos açucarados, o organismo “aprende” a tomar gosto pelos doces e certamente isso terá repercussão na saúde da vida toda. Por isso é importante não oferecer determinados alimentos nesse início, durante essa fase de conhecimento dos novos alimentos. O sal, por exemplo, deve ser restrito e o açúcar evitado.

8) O que deve ser “proibido” na vida de uma criança, principalmente na daquelas que têm SD?
Nada é totalmente proibido, mas, se consumidos, devem ser de forma muito esporádica. Exemplos: doces em geral, bebidas açucaradas (refrigerantes e sucos de caixinha), salgadinhos de pacote, frituras e alimentos com muito sal.

9) Como combater a obesidade?
A obesidade não deveria ser combatida e, sim, prevenida! Mas claro que, uma vez instalada, ela deve ser tratada com a orientação do médico, do nutricionista e do educador físico. Muitas vezes precisamos também da ajuda de psicólogos. O foco maior deve ser na prevenção através de uma boa educação alimentar e o incentivo às práticas de atividades físicas e esportivas. Precisamos observar o hábito alimentar da família e orientá-los, afinal, não adianta querer uma alimentação balanceada para a criança, se isso não é o dia a dia daquela família. A criança precisa de bons exemplos na escolha de seus alimentos.

Essa educação alimentar é importante também na escola, com orientações e discussões com as crianças e também a forma como a comida é servida nas merendas e cantinas. Outra questão é fazer da prática de atividade física e/ou esportiva parte do cotidiano das crianças: oportunizar a participação nessas atividades na escola, no clube do bairro, na escolinha de esporte. As crianças com SD não precisam de programas de atividade física exclusivos para elas, devem ser incluídas nos recursos que a comunidade de seu bairro oferece.

10) Quais os riscos de uma criança ser obesa? E se a criança tiver SD?
Hoje em dia, vivemos uma epidemia de obesidade, tanto infantil, como dos adultos. O Brasil é um país que, a cada ano que passa, tem uma maior incidência da obesidade, com previsão de ser um dos países com maior quantidade de obesos do mundo. Então é urgente que ações efetivas sejam organizadas em termos de políticas públicas e programas de educação alimentar para a população. Portanto, na nossa realidade atual, a chance de uma criança se tornar obesa é grande. E se considerarmos as peculiaridades da criança com SD que falamos anteriormente (menor metabolismo basal, menos atividade física, erros alimentares, familiares com dificuldade em dar limites, etc), certamente teremos um risco ainda maior de ter a obesidade e todas as comorbidades que podem vir junto: dislipidemias (alterações do colesterol e triglicérides), diabetes, hipertensão arterial, dores articulares, etc.

Fonte: MovimentoDown

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Como é ser mãe de uma criança com deficiência?


Relato da publicitária Priscila Dutra, mãe de Lorenzo, 6 anos, criança com deficiência

Muitas pessoas enxergam dor e sofrimento, eu mesma já me vi assim. Hoje sei que ser mãe de um filho especial me traz uma grande experiência e amor puro

Muitas pessoas me perguntam como é ser mãe de uma criança especial, geralmente as perguntas terminam com frases, como: “Deve ser bem difícil” ou “Você sofre muito”. Não vou dizer que tudo sempre foi alegria e felicidade, mas me recuso a ser encaixada no papel de sofredora.

No meu caso, em que a gravidez foi tranquila e houve um problema no parto, experimentei muitos sentimentos ruins no início, para ser bem sincera eu não conseguia enxergar nada de positivo em ter uma criança com deficiência. Certa vez, li uma matéria em que uma psicóloga dizia que esse momento é semelhante ao luto, ou seja, você planeja uma vida ao lado de uma criança que vai andar, falar, correr e se desenvolver como todas as outras, porém, inesperadamente você recebe a notícia de que seu filho não vai ser essa criança, e ela dizia que era como se esse filho tivesse morrido e no lugar dele viesse uma criança com um universo completamente particular. Se para as mães de primeira viagem, a maternidade é cheia de dúvidas e descobertas, para a mãe especial é um caminho escuro que você nunca sabe onde está pisando. O começo é bem assim.

E não me espanta que a maioria das pessoas enxergue dor e sofrimento, eu mesma já me vi assim um dia e é preciso muita força para conseguir enxergar o outro lado, os sentimentos bons e a grande experiência que a convivência com uma criança com deficiência pode proporcionar.

Hoje costumo dizer que mais aprendi do que ensinei meu filho. A vida definitivamente tomou outro rumo depois que meu filho nasceu. Palavras como esperança e fé passaram a fazer parte de nossa rotina, comecei a acreditar em milagres e eles começaram a acontecer em nossas vidas. Aprendi que Deus está em todas as coisas, o tempo todo, e que ele nos manda seus anjos para nos ajudar de forma silenciosa e determinante. Aprendi que sou muito mais forte do que eu imaginava. Experimentei e experimento o amor incondicional da forma mais pura que possa existir. A vida tem outro sabor e uma nova cor, hoje enxergo e valorizo pequenas coisas, sublimes, delicadas, gentis. Aprendi a enxergar as diferenças, a praticar o “olho no olho”, a perceber o que está encoberto através de um gesto, um sorriso, um movimento. Faço festa para as pequenas / grandes vitórias do meu pequeno. Mudei a maneira de me comunicar, de rir, de chorar e de suportar. Não tem um dia que eu não chegue bem próximo do ouvidinho dele e diga que eu agradeço a Deus por tê-lo mandado de presente pra mim, e sempre vem um sorriso lindo de agradecimento pelo carinho!

Sim, a vida vai ser diferente com uma criança especial, mas pode ser uma feliz experiência se você estiver aberto à grande jornada de aprendizado e evolução, se você estiver disposto a quebrar todas as barreiras, se estiver pronto para se desconstruir e se redescobrir como pessoa, mãe, pai. Quando essa etapa é superada, uma nova vida se inicia, com outras cores, outros sabores e outras experiências. Os sentimentos se acalmam. Você começa a perceber que pode e deve fazer a diferença na vida de seu filho e quem sabe, na vida de outras crianças, outros pais e uma corrente de ajuda e apoio se inicia. Se pensarmos que a vida é feita de amor, ajuda, aprendizado e grandes experiências, nossos filhos especiais realmente são grandes presentes para vivermos isso em sua totalidade.

Fonte: http://www.paisefilhos.com.br/

quinta-feira, 19 de maio de 2016

O que é Autismo? Síndrome de Asperger, Angelman, XFrágil, Rett, Hiperlexia e outros? - Parte II

Síndrome de Angelman: Um Caso Raro e de Difícil Tratamento

A Síndrome de Angelman ocorre a cada 15.000 nascimentos e conta com poucos recursos de tratamento no Brasil. Foi reconhecida em 1965 pelo médico inglês Dr. Harry Angelman, como um dano no cromossomo 15 herdado da mãe. Trata-se, portanto, de uma deficiência genética, sendo que em uma pequena parcela dos casos pode acontecer mais de uma vez na mesma família. O Dr. Angelman identificou, na época, três crianças com características comuns, tais como rigidez, dificuldades para andar, ausência de fala, riso excessivo e crises convulsivas.

Parte I

Incidências no Brasil e no mundo
A incidência exata é desconhecida e no Brasil pouco se conhece deste tema, embora recentemente já exista um site na Internet da Associação de Pais de portadores da síndrome de Angelman, a ASA (www.angelman.org.br Site Externo. ). O site possui dois depoimentos de mães de crianças com a síndrome, com a descrição das dificuldades que sofreram para diagnosticar e tratar seus filhos. Além disso, a página conta com endereços úteis e uma série de outras informações a respeito da Síndrome.


No Hospital de Clínicas de São Paulo, no ambulatório de genética, existem alguns casos catalogados. Nos Estados Unidos e no Canadá também existe uma Fundação, a Angelman Syndrome Foundation. Nesta fundação americana existem cerca de 1000 indivíduos com a síndrome catalogados. Sabe-se também que ao redor de todo o mundo existem casos diagnosticados da Síndrome de Angelman em diversas raças. Estima-se que ocorra um caso a cada 15 ou 30 mil nascimentos.

Diagnóstico
Normalmente a Síndrome não é facilmente diagnosticada pelo pediatra clínico em função da sua baixa incidência. Suspeitando de algum transtorno genético, os pacientes costumam ser encaminhados para os setores de neurologia e genética dos grandes hospitais, como Clínicas ou a Escola Paulista de Medicina, em São Paulo. O diagnóstico é então confirmado por testes de DNA e estudo do cariótipo. "Quem faz este diagnóstico é o Serviço de Aconselhamento Genético do Departamento de Biologia do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo" explica a Professora e Dra. Célia P. Koiffmann, do Instituto de Biociências. O Laboratório Fleury também encaminha o sangue para diagnóstico, que é feito então nos Estados Unidos*.

A Síndrome de Angelman é bastante difícil de ser reconhecida no recém-nascido ou na infância, uma vez que os problemas de desenvolvimento são inespecíficos neste período. Conhecendo-se as características da Síndrome, no entanto, é possível, mesmo para os pais, reconhecer uma criança com a deficiência entre três e sete anos, quando os sintomas se fazem mais evidentes, embora já seja possível observar algum atraso no desenvolvimento a partir de 6 ou 12 meses de idade. De maneira geral, a gravidez de uma criança com a Síndrome de Angelman é normal.

Sintomas Clínicos
Entre os sintomas clínicos consistentes, isto é, que estão presentes em 100% dos casos, levantados no documento "Síndrome de Angelman: Consenso por um critério diagnóstico", da American Journal of Medical Genetics, publicado em 1995, constam, entre outros: o atraso do desenvolvimento funcionalmente severo; a incapacidade de falar com nenhum, ou quase nenhum, uso de palavras, identificando-se uma maior capacidade de compreensão do que de expressão verbal. São observados problemas de movimento e equilíbrio, com incapacidade de coordenação dos movimentos musculares voluntários ao andar e/ou movimento trêmulo dos membros. É frequente qualquer combinação de riso e sorriso, com uma aparência feliz (embora este sorriso permanente seja apenas uma expressão motora e não uma forma de comunicação, explica o Dr. Paulo Plaggerp, pediatra do Ambulatório de Genética do Hospital de Clínicas), associada a uma personalidade facilmente excitável, com movimentos aleatórios das mãos, hipermotrocidade e incapacidade de manter a atenção.

Em mais de 80% dos casos é observado o atraso no crescimento do perímetro cefálico, normalmente produzindo microcefalia (absoluta ou relativa) em torno dos dois anos de idade. Crises convulsivas antes dos três anos de idade também são comuns. Nesta proporção, de 80% de incidência, observa-se eletroencefalograma anormal, com ondas de grande amplitude e picos lentos. Em menos de 80% dos casos, verificam-se outros sintomas associados, tais como estrabismo, hipopigmentação da pele e dos olhos, hipersensibilidade ao calor, mandíbula e língua proeminentes, problemas para succionar, baba frequente, língua para fora da boca, boca grande, dentes espaçados, atração pela água, comportamento excessivo de mastigação, hiperatividade dos movimentos reflexos nos tendões, problemas para dormir e com a alimentação durante a infância, braços levantados e flexionados ao caminhar, define a Professora e Dra. Célia.

De acordo com o Dr. Paulo Plaggerp, do Ambulatório de Genética do Hospital de Clínicas de São Paulo, não há tratamento disponível para a Síndrome de Angelman. É possível apenas dar tratamento de suporte, ou psicossomático, procurando amenizar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos que possuem a síndrome.

Convulsões
Mais de 90% dos casos reportaram ter convulsões, mas esta pode ser uma super estimativa porque os informes médicos tendem a estudar os casos mais severos. As convulsões podem ser de qualquer tipo e requererem medicamentos anticonvulsivos.

Caminhada e problemas de movimentos
Movimentos do tronco e membros são descritos nos primeiros anos e movimentos nervosos ou tremores podem estar presentes nos primeiros seis meses de vida. A conseqüência é que etapas normais da motricidade grossa ficam atrasadas; normalmente se sentam depois dos doze meses e não andam até os três ou quatro anos.

As crianças mais seriamente afetadas podem ser rígidas, como um robô, e inseguras para caminhar; aproximadamente 10% não chegam a andar.

Hiperatividade
A hiperatividade é provavelmente a conduta mais típica das pessoas com Síndrome de Angelman. Todas as crianças apresentam algum componente, afetando igualmente ambos os sexos. Em casos extremos o movimento constante pode causar acidentes ou contusões. Condutas como agarrar, beliscar e morder crianças maiores também ocorrem pela atividade hipermotora. Terapias persistentes e consistentes de mudança de conduta ajudam a diminuir ou eliminar as condutas socialmente não desejadas.

Riso e felicidade
Não se sabe por que o riso é tão freqüente nos portadores da Síndrome. Estudos do cérebro não tem mostrado nenhum defeito que leve a pensar num campo anormal para o riso. O riso parece ser, fundamentalmente, uma manifestação de expressão motora, e não uma expressão de sentimentos ou uma forma de comunicação, como já explicado. A maioria de reações aos estímulos físicos e mentais se acompanha de riso. Ainda que as crianças experimentem uma variedade de emoções, aparentemente predomina a felicidade.


Fala e linguagem
Alguns dos que possuem a síndrome parecem ter bastante compreensão, levando a crer que seriam capazes de falar. Porém, mesmo nos de mais alto nível de desenvolvimento, a linguagem não se desenvolve. Em geral, relata-se que alguns indivíduos chegam a falar de uma a três palavras. Em um estudo de 47 indivíduos, computou-se que 39% falavam até quatro palavras. Os que apresentam capacidades verbais mais altas, chegam a usar de 10-20 palavras. A capacidade de linguagem não verbal varia muito, sendo que os mais desenvolvidos são capazes de aprender alguns sinais e usá-los como ajuda de expressão, juntamente com outros meios de comunicação baseados em imagens, como murais e lousas.

Atraso mental e desenvolvimento
A comprovação de que o desenvolvimento está comprometido verifica-se pela falta de atenção, hiperatividade, falta de linguagem verbal e controle motor. Sabe-se que as capacidades cognitivas nas pessoas com a síndrome são mais altas que as indicadas pelos testes de desenvolvimento. O que torna isto evidente é a área que diferencia a linguagem compreensiva da linguagem falada. Diante disso, as crianças com a Síndrome diferenciam-se de outros quadros de atraso mental severo e os jovens adultos são, normalmente, socialmente adaptados e respondem à maioria dos sinais pessoais e interações. Eles participam de atividades de grupo, afazeres domésticos e nas atividades e responsabilidades do convívio diário, embora nunca se tornem independentes. Como os outros, eles desfrutam da maioria das atividades recreativas como a televisão, esportes, etc. É preciso ressaltar, no entanto, que este nível de interação também depende do nível de dano causado pela síndrome.

Hipopigmentação
Por vezes, ocorre hipopigmentação da pele e dos olhos. Em alguns casos, tamanha a força desse fenômeno, pode-se confundi-lo com alguma manifestação de albinismo; há hipersensibilidade aos raios solares, o que requer o uso de protetores potentes.

Estrabismo e albinismo ocular
Estudos de pacientes com Síndrome de Angelman demonstram que a incidência de estrabismo se dá em 30-60% dos casos. Este problema parece ser mais comum em crianças com hipopigmentação ocular, dado que o pigmento na retina é crucial para o desenvolvimento normal das ramificações do nervo óptico.

Transtornos do sono
A diminuição da necessidade de dormir e ciclos anormais de sono/vigília é característica das pessoas com a Síndrome. O uso de sedativos pode ser útil, caso a vigília esteja interferindo demais na vida dos membros da família.

Adolescência
Durante a adolescência, a puberdade pode estar atrasada de um a três anos, mas a maturação sexual ocorre normalmente. A saúde física parece ser notavelmente boa. A expectativa de vida não parece ser muito menor, tem-se notícia de pessoas na faixa dos 60 anos e muitas com mais de quatro décadas de vida.

Encaminhamento
Sem dúvida, com uma intervenção intensa nos seus perfis de conduta e estimulação, a criança começa a superar os problemas mais graves e os progressos no desenvolvimento passam a ser visíveis.

As crianças com pouca estabilidade em andar podem obter benefícios em fisioterapia. A terapia ocupacional pode ajudar a melhorar a motricidade fina e controlar a conduta motoro-bucal. Terapias de comunicação e fonoaudiologia são essenciais. Técnicas de modificação de conduta, tanto em casa, quanto no colégio, podem permitir que a criança possa desenvolver, ela mesma, a capacidade de realizar a maioria das tarefas relacionadas com o comer, o vestir e atividades de casa.

sexta-feira, 13 de maio de 2016

10 lindas imagens de crianças especiais

Lindos e fofos!

É impossível ver imagens como essas e não sorrir. Esses pequenos já nasceram guerreiros.

Imagem: Handicap Persons Marriage Point (Facebook)
Imagem extraída da fan page Kids With Down Syndrome
Garotinho cadeirante
Imagem extraída da fan page Kids With Down Syndrome
Imagem extraída da fan page Kids With Down Syndrome
Gêmeas com síndrome de down (Imagem extraída da fan page Kids With Down Syndrome)
Imagem extraída da fan page Kids With Down Syndrome
Imagem extraída da fan page Kids With Down Syndrome
Imagem extraída da fan page Kids With Down Syndrome
A fotógrafa Lora Scantling, de Bethany, Oklahoma, nos Estados Unidos, fez ensaio de crianças com câncer para campanha de conscientização.

Fonte: DeficienteCiente

terça-feira, 3 de maio de 2016

Para algumas crianças autistas, uma escova de dentes pode ser um desafio


Converse com qualquer pai ou mãe de uma criança com transtorno do espectro do autismo e eles vão te dizer que os pequenos eventos, como cortes de cabelo e visitas ao dentista, pode causar quantidades incalculáveis ​​de stress. Encontrar um dentista disposto a trabalhar com a família é uma chave para o sucesso.

Mas limpezas dentais devem acontecer apenas duas vezes por ano. O que conta tanto quanto, se não mais, para a saúde dental é se um pai pode escovar os dentes de uma criança duas vezes por dia. Crianças com autismo moderado a grave podem não estar dispostos a cooperar com um pai empunhando um pais escova de dentes e muitos chamariam de que uma subdeclaração espetacular dos desafios que eles enfrentam no estabelecimento de uma rotina de todos os dias de escovação dos pais, e, eventualmente, sempre que possível, o ensino a criança para assumir essa responsabilidade.

Aqui, de pais e profissionais, estão algumas dicas para obter um hábito ao longo da vida.

Comece cedo. Muitos dentistas incentivam os pais de todas as crianças para acostumar a criança a sensação de escovar as gengivas, mesmo antes dos primeiros dentes aparecerem. Uma vez que uma criança é diagnosticada com autismo, se ele acostumar com a ideia da abordagem da escova de dentes tão jovem quanto possível torna-se ainda mais importante. Tal como acontece com visitas ao dentista, não espere.

Use a elétrica. Você pode ter uma pequena janela de oportunidade de escovar. Uma escova de dentes elétrica ajuda a fazer a maior parte do tempo.

Comece pequeno. Karen Raposa, higienista dental e pai de uma criança com autismo, sugere “passos de bebê. Se o seu filho não se sente confortável com a escova de dentes, ou a escova de dentes elétrica, de imediato, que é OK. Comece com um dente, por um segundo. Três ou quatro dias depois, você pode ser capaz de fazer dois segundos. É bom para levá-lo lentamente. ”

Recompensa. “Suborno, corrupção, suborno”, disse um dos pais no Facebook. Ms. Raposa colocá-lo um pouco mais de tato, sugerindo uma pequena recompensa cada vez que uma criança permite que o pincel na boca, especialmente no começo, ou quando se introduz a escova elétrica.

Mas não com doces. Neste contexto, ignorando a recompensa de doces é óbvio. Mas muitas crianças que estão no espectro ser recompensado quando terminar uma tarefa na escola, e às vezes essas recompensas são doces. Verifique com sua escola ou programa, e se de doces é um prêmio freqüente, pedir que seja limitada ou eliminada, e sugerir (ou fornecer) recompensas não alimentares que vão trabalhar para o seu filho.

Ofereça escolhas. Todas as crianças gostam de ter algum controle. Você pode ter uma seleção de cremes dentais para uma criança à sua escolha, ou uma variedade de cabeças para a escova de dentes elétrica, ou permitir que a criança escolher onde na boca a escovação começa.

Configure a rotina. Deixe o seu filho sabe o que vai acontecer, e em que ordem, usando imagens, bem como palavras. Criar um calendário de fotos de exatamente o que vai acontecer, se é um pincel na boca, em seguida, uma recompensa, ou a eventual mais rotina: Escolha a pasta de dentes. Escolha a cabeça da escova. Gire a escova. Abra a boca. Existem aplicativos que tornam a criação destas programação mais fácil, diz Ms. Raposa, como Placas personalizadas , o que permite que você procure por fotos ou usar o seu próprio.

Assista a pasta de dentes. A fita de creme dental retratado em anúncios é demais, diz Ms. Raposa “, especialmente para as crianças que podem não ser capazes de cuspi-la.” A mancha, diz ela, é o suficiente. Quando as crianças pós-graduação para a escovação por conta própria, um dos pais sugere um dentífrico distribuidor montado na parede para aqueles que podem não ser hábil o suficiente para gerenciar o tubo.

Faça o terminando claro. Pincel para “uma contagem de 10”, ou cantar uma canção – a mesma música – todas as noites, terminando a escovação quando a música for feito, ou usar uma escova de dentes com um temporizador. Isso permite que uma criança antecipar quando um pai vai terminar a escovação, e mais tarde, sei quanto tempo para escovar a si mesmo.