quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Diga não à discriminação e à exclusão social


80% de todas as pessoas deficientes no mundo vivem em países em desenvolvimento. Nestas regiões, na maioria das vezes, faltam médicos, clínicas e centros de reabilitação. As crianças e os jovens portadores de necessidades especiais, seja ela física e/ou mental, com frequência, vivem em condições de pobreza. Muitos deles sofrem em decorrência da discriminação e da exclusão social.
Foto: Jürgen Schübelin 
Necessidades especiais e pobreza

O número de pessoas portadoras de necessidades especiais tem aumentado no mundo inteiro. Devido à melhoria no atendimento médico e ao avanço das técnicas de tratamento, houve um aumento da qualidade e da expectativa de vida. Vale ressaltar que isso só é possível, quando se tem o privilégio de usufruir de um bom e eficiente sistema de saúde. Nos países em desenvolvimento, no entanto, falta assistência médica adequada para atender à população. Nestas regiões, as crianças passam fome e, sem o acesso à água potável, acabam se contagiando com doenças de tratamento relativamente fáceis ou, em muitos casos, consideradas extintas em países industrializados. Todos estes fatores, por sinal alarmantes, são geralmente responsáveis pelo atraso no desenvolvimento de meninas e meninos, podendo levá-los a algum tipo de deficiência física e/ou mental.
Segundo informações da Rede de Infomações sobre os Direitos da Criança (Child Right Information Network - CRIN), 97% das crianças deficientes nos países em desenvolvimento não recebem atendimento terapêutico e tratamento reabilitatório e 98% não têm acesso à educação especial condizente as suas necessidades.
Foto: Imke Häusler

Os direitos da criança devem valer para todas as crianças

Nos dias de hoje, o significado dos direitos humanos é indiscutível, no entanto,  as crianças portadoras de necessidades especiais são desrespeitadas com muita freqüência. No mundo dos excluídos, as crianças portadoras de deficiências são, infelizmente, as mais carentes, e o respeito ao seu direito à sobrevivência não é uma simples e mera evidência.
A maioria das crianças e dos jovens com necessidades especiais vive em pobreza extrema. Essas meninas e esses meninos estão expostos à discriminação, à exploração e ao abuso. Com frequência, essas crianças têm apenas duas opções: ou são obrigadas por suas famílias a pedir esmolas nas ruas ou são escondidas dentro de suas próprias casas. Em muitos países do hemisfério sul, as pessoas portadoras de deficiências física e mental ainda são vistas como um castigo de Deus.

O que a Kindernothilfe tem feito?

A Kindernothilfe apoia meninas e meninos com necessidades especiais. O seu programa, que é desenvolvido em diferentes países na África, Ásia e América Latina, tem como objetivo fomentar o apoio e o incentivo a essas crianças, bem como o fortalecimento dos pais no que diz respeito à sobrevivência e à sensibilização da mídia. Só assim, estas crianças poderão gozar de aceitação e integração à sociedade. Um dos alicerces do trabalho da Kindernothilfe é o apoio e o incentivo às crianças com deficiências de médio e alto grau, seja deficiência física, sensorial, mental ou psico-social. No mundo inteiro, ela presta assistência a mais de 7.000 crianças portadoras de necessidades especiais .
A Kindernothilfe faz parte do Grupo de Trabalho Deficiência e Desenvolvimento Sustentável e incentiva a publicação da revista Deficiência e terceiro mundo, além disso, faz parte do grupo de trabalho da ONG Trabalho de pessoas deficientes em países em desenvolvimento dentro da Associação de Política de Desenvolvimento das Organizações Alemãs não Governamentais (VENRO), em Bonn.


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