terça-feira, 10 de novembro de 2015

Inclusão escolar: aprendizagem através das diferenças humanas

Com os movimentos mundiais de respeito à diversidade e às diferenças, a inclusão escolar de pessoas com deficiência tornou-se uma realidade a ser encarada nas escolas brasileiras. Inclusão é um processo em construção ainda, ninguém faz favor para ninguém; a presença e a participação de todos e de cada um numa escola é a possibilidade de aprendizagem com e pelas diferenças humanas, numa perspectiva de igualdade de direitos.


Quando docentes e gestores precisam repensar e movimentar os padrões escolares pré-estabelecidos para responderem às necessidades específicas de um determinado estudante, em razão de suas diferenças, há ganhos para além do benefício do próprio aluno em questão. Pois, professores ao revisarem suas práticas, introduzindo outros recursos e aplicando novas estratégias, vão se auto formando e compreendendo um pouco mais sobre desenvolvimento humano. Os estudantes na interação com seus pares, no uso de recursos acessíveis, na participação de estratégias diversificadas, se beneficiam, pois o ensino se amplia e passa atender vários estilos de aprendizagem.

Destacando, ainda,  as aprendizagens de convivência social. A escola que quer efetivar inclusão, considerando seu tripé – acesso, permanência e aprendizagem – caminha na direção da constituição de uma nova cultura: escuta a necessidade de seus atores, investe em mão de obra especializada e na formação de seus docentes, envolve cada vez mais as famílias em seus projetos, promove fóruns para reflexão sobre diferença e equidade, se baseia no viés das possibilidades. O seu foco não é o limite ou a diferença, mas a possibilidade, a potência.

Como professora envolvida com Educação Especial e inclusão escolar faz algum tempo, posso afirmar que já caminhamos bastante, mesmo que pela força da lei. Mas ainda temos muito que resistir e lutar, por melhores escolas, por profissionais bem qualificados e remunerados dignamente, por espaços físicos acessíveis e agradáveis. Para TODOS, isso é inclusão!

Por: Márcia Vianna, professora com experiência em educação especial e inclusão escolar
Fonte: Movimento Down

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