quarta-feira, 9 de maio de 2018

Dicas para ajudar no desenvolvimento de linguagem da criança com deficiência auditiva


A estimulação do desenvolvimento da linguagem, em interações verbais com o bebê, deve ter início desde o nascimento. Na deficiência auditiva, a estimulação da linguagem deve ser intensificada tão logo seja realizado o diagnóstico da perda auditiva.

É claro que a linguagem oral não se desenvolve espontaneamente e depende da interação, das conversas e do estímulo oferecido pelas pessoas à criança.

Seguem algumas dicas para vocês ajudarem seus filhos no início do desenvolvimento de linguagem:

Como na criança ouvinte, a criança que usa aparelhos auditivos e/ou implante coclear deve escutar todas as horas do dia em que estiver acordada! A audição deve fazer parte da personalidade da criança!

- Escutar deve ser muito prazeroso para a criança e ela deve entender que os sons que escuta têm um significado! Use sinal de escuta! Fale sobre o que ela escutou!

- Mesmo que a criança ainda não fale, é importante ter uma comunicação real com ela, conversando sobre o que acontece em seu dia-a-dia, sobre as brincadeiras, etc.

- A criança com deficiência auditiva muitas vezes precisa escutar várias vezes uma mesma palavra em diferentes situações até compreender seu significado e usar esta palavra! Use repetições dentro de frases, músicas, histórias...

- Falar com voz clara e rica em melodia, assim como cantar, faz com que a criança perceba melhor os sons da fala!

- Dê um tempo de espera para a criança escutar e responder o que escutou. Também deixe a criança perceber que existe a vez de um falar e outro ouvir!

- Lembrar-se que nem sempre uma única vez é suficiente para que a criança entenda o que foi dito ou entenda e apreenda a palavra!

- Utilize o cadernos de experiências: É um caderno comum, de preferência de desenho, com registros de situações de vida diária que foram importantes e significativas na vida da criança. Estes registros podem ser uma foto, um desenho ou uma ilustração que representem estas situações.

Os pais podem, ainda, escrever algumas frases sobre a situação.

Por exemplo: a criança foi no zoológico e gostou muito. Este passeio pode ser registrado no Caderno de Experiências com fotos ou figuras dos animais que ela viu, pode ser colado o papel do ingresso do zoológico com o desenho da criança e quem a levou no passeio, o papel do sorvete que ela tomou no zoológico pode ser colado no Caderno, entre outros registros.

Assim, o Caderno de Experiências oferecerá um contexto sobre aquele passeio, e para as crianças que ainda não falam, auxiliará na manutenção do diálogo tanto com os pais como também com outras pessoas que não estavam no mesmo passeio.

- Atividades como álbuns de fotos, livros de histórias, músicas, teatrinhos com brinquedos, fantoches, brincadeiras de faz-de-conta e outras atividades devem ser exploradas ao máximo com a criança.

É a partir das conversas destas várias situações que ela desenvolverá ao máximo seu potencial! As atividades do cotidiano, como fazer um suco, bolo, brigadeiro, consertar alguma coisa em casa, a hora do banho, da alimentação, ir às compras, entre outras, também são atividades que devem ser aproveitadas para a estimulação da audição e da linguagem. 

Fonte: Dr. Luiz Fernando Lourençone

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