sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

Alfabetização de alunos com deficiência: o que dizem as evidências científicas

Alfabetização de alunos com deficiência: o que dizem as evidências científicas

Por Isabelle Barone para o gazetadopovo.com.br

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Se alfabetizar alunos regulares já é realidade distante no país – uma vez que mais da metade deles chegam ao 3º ano sem saber ler e escrever -, mais ainda o é o ensino-aprendizagem da leitura e da escrita a crianças com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento, altas habilidades ou superdotação.

Com adaptações e, em especial, seguindo achados científicos a respeito do melhor caminho para a alfabetização, no entanto, é possível que esses estudantes tenham sucesso acadêmico. Ferramentas como a chamada intervenção fônica precoce na educação infantil são capazes, até mesmo, de prevenir distúrbios como dislexia. Métodos fônicos adaptados têm sido empregados com sucesso para alfabetização de alunos com autismo, surdez, deficiência visual, deficiência intelectual, entre uma série de outros quadros.

É o que explica, em entrevista à Gazeta do Povo, Fernando Capovilla, Ph.D. em Psicologia Experimental pela Temple University of Philadelphia e professor no Departamento de Psicologia Experimental da USP. O especialista contribuiu com a elaboração de importantes documentos acerca do tema, como o Renabe, relatório de cientistas resultado da 1ª Conferência Nacional de Alfabetização (Conabe). Ele também é conselheiro na Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação (CNE).

Entre outras coisas, o diagnóstico reforça a necessidade de ensino explícito e sistemático por parte de profissionais de educação e do alinhamento da academia com as mais recentes evidências científicas acerca da literacia. "[Aprimorar] a formação inicial seria de enorme importância, mas é muito difícil mudar esta realidade a curto prazo devido à inércia do sistema universitário, ele próprio formatado em outros tempos, não tão bem atualizados, e cujos resultados são evidentes nas avaliações nacionais e internacionais (como o PISA) desde o início do século".

Neste ano, o Ministério da Educação (MEC), em parceria com a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), promoveu a capacitação de professores alfabetizadores de alunos com deficiência. O governo não anunciou novas ações.

Leia a entrevista completa: gazetadopovo.com.br

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