quarta-feira, 13 de junho de 2018

Entenda as características da Síndrome de Crouzon

Causa desta patologia é sempre genética e afeta a visão, a audição e a respiração


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Uma doença rara de origem genética e que pode gerar alterações em todos os sistemas do corpo, a Síndrome de Crouzon pode apresentar modificações como defeitos oculares, surdez de condução, a anadontia e deficiência mental leve. Esta patologia se caracteriza por apresentar este defeito congênito das suturas dos ossos do crânio, que só deveriam fechar após os oito anos de vida e, cujas crianças afetadas já nascem com uma sutura fechada. 

"Pela incidência calculada no mundo de 16.5 casos por cada milhão de recém-nascidos, devem nascer no Brasil cerca de 50 casos por ano. Como esta doença é relacionada à idade paterna, com o atual deslocamento das faixas etárias com muitos homens tendo filhos mais tarde, pode estar se elevando este número da doença", afirma o Dr. João Monteiro de Pina Neto, professor titular do departamento de genética da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. 

A causa desta patologia é sempre genética e afeta a visão, a audição e a respiração. Esta enfermidade pode ser evidenciada desde intraútero por ultrassom, mas pode e deve ser detectada ao nascimento. Esta síndrome provoca um desbalanço entre o crescimento ósseo craniano e de partes moles (encefálico). "O mais importante é que as partes moles ficam com dificuldade de crescer, pois as suturas dos ossos estão fechadas e acaba havendo compressão do encéfalo e o aumento da pressão intracraniana, o que pode agravar a visão e a deficiência mental", ressalta o especialista.

Outro fator que os pacientes portadores desta síndrome apresentam é a prevalência de anomalias dentárias. Mordidas cruzadas, falta de dentes completa ou parcial são indícios da doença. O diagnóstico pode ser feito através da tomografia computadorizada com janela óssea para exame detalhado dos ossos e suturas da cabeça e também pelo diagnóstico da cranioestenose que deve ser feito antes da criança completar um ano de idade, "depois já haverá consequências irreversíveis clínicas da compressão do encéfalo", completa o professor. 

Tratamento e cuidados 

Segundo o Dr. João Monteiro de Pina Neto, o tratamento é sempre cirúrgico e feito por um neurocirurgião. "Este procedimento tem como objetivo abrir as suturas para que o encéfalo possa crescer", diz o especialista, acrescentando que todos os profissionais envolvidos, por exemplo, pediatras, neuropediatras e geneticistas clínicos devem estar atentos para este diagnóstico.

Fonte: Bonde.com.br

segunda-feira, 11 de junho de 2018

Projeto Sorriso Especial - Andre

Hoje recebemos a visita do Andre Luiz e sua avó, Valdeci, que o cria como se fosse seu filho. Eles são moradores do Parque Rubens Vaz, uma das comunidades da Maré.

Valdeci e Andre

O Andre tem 5 anos de idade e possui paralisia cerebral.

Ele foi atendido pela dentista Isadora Schaider, uma das voluntárias do projeto. A profissisonal constatou cáries, além de desgaste na arcada dentária provocado pelo ranger dos dentes. Infelizmente o pequeno não colaborou, impossibilitando o início do tratamento (ele se mexia muito e não abria a boca).






Iremos tentar novamente na próxima visita!

Gostaria de ajudar no tratamento do Andre e das dezenas de crianças carentes com deficiência da comunidade? Saiba como ajudar aqui.

Conheça o Projeto Sorriso Especial aqui.

sexta-feira, 8 de junho de 2018

A psicomotricidade e as necessidades educativas especiais

O que a psicomotricidade e as necessidades educativas especiais têm a ver? A princípio, tal relação pode parecer um pouco difícil para conceber, mas no artigo de hoje vocês verão que não é algo tão distante. Muito pelo contrário, um aspecto depende do outro de maneira relevante.



O desenvolvimento psicomotor na educação infantil

É indispensável que a escola trabalhe a psicomotricidade com os pequenos, pois é a partir disso que as crianças podem elaborar melhor seus movimentos e tudo que se refere ao que está em volta, inclusive.

Na sala de aula, fatores como a lateralidade, organização e noção espacial; esquema corporal e até mesmo a estruturação espacial devem ser trabalhadas em prol do aluno. Um problema ocorrido nesses itens pode impactar no aprendizado do pequeno.

A ligação entre a psicomotricidade e as necessidades educativas especiais

É importante salientar que as habilidades desenvolvidas dentro das práticas psicomotoras exercem influências diretas na aprendizagem da criança. Muitos estudiosos consideram que a educação da psicomotricidade funciona como a base para o processo intelectivo.

Eles explicam que o fato de o desenvolvimento evoluir do geral para o específico significa a dinâmica entre esses conhecimentos ou conjunto de práticas. Para ficar mais claro, funciona da seguinte maneira: quando uma criança apresenta alguma dificuldade de aprendizagem, o detalhe crucial pode estar no desenvolvimento psicomotor.

Para se ter uma noção, algum déficit na psicomotricidade interfere no desempenho do aluno, por exemplo, com conteúdos relacionados à leitura e escrita. A possibilidade de isso acontecer deve-se ao fato de que um problema no desenvolvimento psicomotor possa ocasionar déficits no aprendizado da linguagem.

O que a psicomotricidade pode fazer às necessidades educativas especiais?

O papel que essas práticas simbolizam é de extrema importância nas demandas trazidas pelos alunos. O ambiente escolar atua como um local indispensável na vida dessas pessoas. As crianças, com auxílio de seus educadores, podem alcançar o desenvolvimento de maneira eficaz. Vale ressaltar também que além dos professores, existe uma série de profissionais que estão aptos a trabalharem com esses casos, por exemplo: psicopedagogos e psicomotricistas.

O desenvolvimento da criança por meio da psicomotricidade

Todo esse movimento proporciona aos pequenos os progressos necessários para a sua vida, a saber:
  • Promoção de habilidades motoras que vão além das dimensões cinéticas e que levem a criança a aprender e a conhecer seu próprio corpo; e a se movimentar de maneira expressiva;
  • Um conhecimento corporal que inclua as dimensões do movimento, desde funções que indiquem estados afetivos até representações de movimentos mais elaborados de sentidos e ideias;
  • Oferecimento de um caminho para trocas afetivas;
  • Facilitação da comunicação e a expressão das ideias;
  • Possibilidade de exploração do mundo físico e o conhecimento do espaço;
  • Apropriação da imagem corporal;
  • Percepções rítmicas, estimulando reações novas, através de jogos corporais e danças;
  • Habilidades motoras finas no desenho, na pintura, na modelagem, na escultura, no recorte e na colagem, e nas atividades de escrita.

Fonte: NeuroSaber

quarta-feira, 6 de junho de 2018

Lei que obriga símbolo do autismo em placas preferenciais já está em vigor

símbolo do autismo

Uma boa notícia para as famílias de crianças com TEA: o símbolo do autismo já foi incluído nas placas preferenciais de estabelecimentos como bancos, farmácias, mercados e restaurantes em algumas cidades brasileiras.

Esse atendimento prioritário, que já acontece para idosos, gestantes, pessoas com crianças de colo, deficientes e indivíduos com mobilidade reduzida, agora passa a valer também para as pessoas com autismo.

Infelizmente, a lei que obriga a inclusão do símbolo do autismo em placas preferenciais ainda não vale no país inteiro, pois precisa da sanção do prefeito de cada cidade para entrar em vigor.

Em São Paulo, por exemplo, esse direito ainda vai levar algum tempo para sair do papel, uma vez que o prefeito João Dória vetou o projeto de lei 315/2017, aprovado pela Câmara em meados de dezembro de 2017.

Símbolo do autismo: sinônimo de luta


Os autistas geralmente não são vistos como pessoas com necessidades especiais, porque o Transtorno do Espectro Autista não é algo físico, como é o caso de uma pessoa deficiente, por exemplo.

Por ser fruto de uma disfunção neurológica, possui outras características, levando muitas pessoas a confundirem uma crise do autista com uma birra de criança.

Eu já disse aqui em meu blog o quanto a divulgação a respeito do TEA evoluiu. Estudos nacionais e internacionais permitiram aos familiares e até mesmo especialistas lidarem melhor com o diagnóstico do autismo, encontrando maneiras lúdicas e assertivas de tornar o dia a dia dessas pessoas menos limitado.

Mas sabemos que ainda faltam muitas conquistas, como a aprovação dessa lei em nível nacional, a fim de garantir a inclusão do símbolo do autismo em placas preferenciais em mais cidades brasileiras.

Cidades que já incluíram o símbolo do autismo nas placas


Algumas cidades já abraçaram a causa do autista e adotaram leis que garantem atendimentos preferenciais para pessoas com esse diagnóstico.

Em Manaus, a Lei nº 2.296, de autoria do vereador Marcelo Serafim (PSB), foi sancionada pelo prefeito Arthur Virgílio Neto. Ela obriga estabelecimentos públicos e privados a inserirem nas placas de atendimento prioritário o símbolo do autismo. A publicação com a legislação no Diário Oficial da União aconteceu no dia 10 de janeiro de 2018.

Bem antes disso, em maio de 2017, o prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre, já havia sancionado uma lei com essas mesmas obrigações. Pelas regras locais, os estabelecimentos privados em geral têm obrigação de dar atendimento prioritário às pessoas portadoras do Transtorno do Espectro Autista (TEA). O descumprimento da lei acarreta em multas e sanções.

Em Palmas, no Tocantins, o prefeito Carlos Amastha sancionou a Lei Nº 2.350, de 17 de outubro de 2017, determinando a inclusão do símbolo de autismo nas placas de atendimento preferencial nos estabelecimentos públicos e privados da cidade.  O projeto de lei é de autoria do vereador Tiago Andrino e a iniciativa foi da Associação Anjo Azul, que atende crianças com diagnóstico de TEA.

O prefeito da cidade de Conselheiro Lafaiete, em Minas Gerais, Mário Marcus, sancionou a Lei nº 5.890, de autoria da vereadora Carla Sássi (PSB), em janeiro de 2018. Desse modo, tornou-se obrigatória a que obriga a inclusão do símbolo do autismo em placas indicativas de atendimento preferencial às pessoas portadoras de autismo.

Fonte: Esporte e Inclusão

sexta-feira, 1 de junho de 2018

Causas da deficiência auditiva em crianças

A deficiência auditiva é a perda em partes ou totalmente das possibilidades auditivas sonoras. Vamos entender agora o que acontece!


Os pais devem ficar atentos em relação à perda auditiva em crianças. Infelizmente, existem muitas crianças com essa deficiência e precisam fazer uso da amplificação, acompanhamento médico, fonoaudiológico e outros profissionais da área. Antes de tudo, vamos saber mais sobre as causas da deficiência auditiva em crianças.

Sobre a deficiência auditiva

A deficiência auditiva é a perda em partes ou totalmente das possibilidades auditivas sonoras, lembrando que ela existe em graus e níveis diferenciados.

Causas da deficiência auditiva em crianças

Causas da deficiência em crianças

São diversos fatores que causam a deficiência auditiva nas crianças. Entre as principais causas estão a gravidez de alto risco, ingestão de medicamentos, doenças infecciosas, bem como o uso drogas e álcool. Lembrando que, por mais que seja comum, a hereditariedade e meningite durante a infância também pode possibilitar a deficiência.

Sintomas

A deficiência auditiva infantil apresenta vários sintomas e ainda podem ser sentidos em diferentes graus. Entretanto, existem sintomas comuns que devem ser analisados, como:
  • Se a fala da criança parece estar atrasada ou inadequada em relação à sua idade;
  • Se a criança apresenta problemas em entender corretamente a fala;
  • Caso não haja reação a sons altos ou se ela dorme durante eles;
  • Se a criança tem dificuldade em imitar sons;
  • Se a criança é incapaz de localizar a fonte de um som;
  • Se ela teve infecções de orelha frequentes.

Tipos de deficiência auditiva em crianças

Causas da deficiência auditiva em crianças

Deficiência auditiva neurossensorial
Essa é a mais comum! Ela se inicia na orelha interna ou ao longo das vias neurais. Normalmente, o problema acontece na orelha interna, mais conhecida como cóclea. Neste caso, as células ciliadas da cóclea são rompidas e não conseguem enviar impulsos elétricos ao cérebro. Vale lembrar que a deficiência auditiva neurossensorial pode ser de nascimento ou após esse período.

 Deficiência auditiva condutiva
Essa deficiência acontece quando o ouvido externo ou médio sofre uma lesão ou não funciona normalmente. Logo, os sons não são passados ao ouvido interno. Em caso de disfunção temporária, é possível cuidar da deficiência com cirurgia ou medicação.

Deficiência auditiva mista
Neste caso, chamamos de deficiência auditiva mista quando as medidas de condução aérea e óssea são maiores a 20 dBNA e a diferença entre elas ultrapassa 15dB. Essa deve ser tratada de acordo com a severidade, estruturas anatômicas e outros fatores. Por causa disso, todas as resoluções ditas nas demais deficiências podem ser aplicadas.

Agora que já sabe tudo sobre esse assunto, preste atenção nas crianças. Compartilhe!

Fonte: Cursos iPED