terça-feira, 26 de janeiro de 2016

As limitações da síndrome não intimidaram Davi Teixeira de surfar

As limitações da doença não intimidaram Davi. Além de surfar, ele ainda anda de skate.
Superação no dicionário quer dizer o ato de progredir, ultrapassar um limite, recuperar, mudar de uma situação ruim para uma melhor. Davi Teixeira, dez anos, nasceu com a Síndrome da Brida Amniótica, uma rara doença congênita ocasionada pelo aprisionamento de partes do feto, por anéis fibrosos do saco amniótico do útero, o que provocou o atrofiamento dos seus membros. Os médicos diagnosticaram a doença aos cinco meses de gestação, o que deixou toda a sua família em choque, principalmente Denise Teixeira, mãe e parceira. “Foi muito difícil saber que seu filho amado já nasceria com os membros atrofiados e que não se desenvolveriam. Os médicos me indicaram abortar, mas busquei forças na fé. Depois que ele nasceu, comecei a dar asas a ele.”, lembrou Denise.

Para os incrédulos, tais limitações condenariam Davi a uma rotina bem difícil, mas ele não se deixou intimidar pela doença. Influenciado pelo nosso campeão mundial Gabriel Medina, Davi decidiu que também iria desfrutar do “esporte dos reis” e assim o fez. “O que eu sempre digo às pessoas é que devemos superar nossos medos porque as oportunidades não se repetem”, comentou Davi, durante nossa entrevista após mais um dia de muito surf, no lambe-lambe do Canto do Recreio, zona oeste do Rio de Janeiro.

Pela forma serena como encara a vida, Davi participa de palestras motivacionais.
Superar a si próprio, sua mente, seu corpo, seus medos… Atitudes que tornaram o carioca torcedor do Vasco da Gama a se tornar atleta oficial paraolímpico de natação do clube de regatas. Inquieto, Davi divide seu tempo com a natação, surf e skate, além do quarto ano do ensino fundamental. Pelo seu exemplo de vida, determinação e forma serena como encara a vida, ele é constantemente convidado para discursar em palestras motivacionais e já falou para dezenas de funcionários de empresas, como a White Martins e Correios. “Eu parei de trabalhar para acompanhar meu filho, pois sei que ele precisa e merece curtir a vida. Deus me deu esse presente e vou fazer dessa missão a melhor possível”, comentou a mãe Denise.

Com o skate, Davi já ganhou algumas medalhas e adora o rolé na pista do Parque de Madureira, mas adrenalina mesmo ele sente quando o assunto é surf. “Quando estou na onda, eu penso que estou voando, a melhor sensação do mundo! Quero surfar profissionalmente dentro das minhas limitações, quero ser bom em tudo o que eu fizer e sei que para realizar os seus sonhos basta acreditar que você consegue”, concluiu.

Fonte: Surfar.

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