Katie Driscoll fez uma parceria com mais de 100 empresas que se comprometeram a incluir crianças com deficiência em seus anúncios “Back to school”. (Foto:Divulgação) |
A filha de Katie Driscoll, Grace, tem a síndrome e sente dificuldade para se relacionar na escola, o que não acontece com nenhum de seus cinco irmãos. Para Katie, um dos motivos pelos quais isso acontece é o fato de não haver uma representação adequada de crianças com deficiência em veículos de comuniação, como os anúncios publicitários.
Além dos obstáculos para a socialização na escola, a mãe de Grace enxerga mais adiante e teme pelo futuro da filha. Para ela, essas dificuldades podem gerar problemas em relação à confiança e à autoestima. A longo prazo, isso pode até influenciar negativamente a capacidade de encontrar emprego e de buscar independência na vida adulta.
“As crianças com qualquer tipo de diferença permanecem praticamente invisíveis nos meios de comunicação”, disse Katie, em entrevista à emissora de televisão norte-americana ABC News. Não há uma campanha publicitária de volta às aulas que mostre crianças deficientes em meio aos grupos de alunos.
Agora, um ano depois, o movimento, que começou com o ideal de uma mãe, se propagou para o mundo inteiro. Tanto, que Katie já firmou parceria com cerca de 100 empresas, que se comprometeram a incluir crianças com deficiência em seus anúncios de volta às aulas. “Eles querem que os consumidores saibam que eles valorizam cada criança. Eles valorizam a mensagem de que todas as crianças são importantes”, comemora Katie.
Foi daí que surgiu a hashtag para a campanha deste ano, #ImGoingToSchoolToo. De acordo com Katie, as empresas com quem ela tem parceria ficaram surpresas por não terem pensado na ideia antes.
Apesar do sucesso, a mãe de Grace tem os pés no chão. Ela ressalta que ainda há um longo caminho a ser percorrido até o dia em que a visibilidade de crianças deficientes chegar a um nível igualitário. Ela imagina um mundo no qual a publicidade inclusiva venha naturalmente. “O melhor cenário seria se não houvesse necessidade disso. Não seria ótimo se nós não precisássemos ter essa conversa?”, encerra.
Fonte: DeficienteCiente / Revista Crescer
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