sexta-feira, 3 de junho de 2016

Disfunção Neuromotora: A importância do ficar em pé


Ficar em pé traz variados benefícios para a criança, por isso sempre estimulo essa postura nos atendimentos e oriento os pais a usarem o parapodium ou estabilizador em casa (são equipamentos utilizados para auxiliar a criança a manter a postura ereta, em pé). Isso deve ir de acordo com a necessidade de cada criança. Veja os benefícios desta postura na matéria abaixo.

O nosso corpo é ajustado biomecanicamente através do ortostatismo (postura bípede, em pé), essa postura evita encurtamentos e deformidades, favorecendo o alongamento e fortalecimento de grupos musculares. O tônus muscular também é ajustado, capacitando a criança a realizar tarefas funcionais.

A posição ortostática (em pé) promove bem-estar emocional à criança com disfunção neuromotora, pois ela estará posicionada igualmente aos outros indivíduos: olhando horizontalmente para o universo que a cerca. Com isso, sua autoestima é elevada, seus sistemas corporais (visão, tato e equilíbrio) são exercitados e é estabelecido contato com meio e indivíduos, potencializando aquisições e aprendizados através de brincadeiras.

paralisia cerebral ficar em pé alana haddad 3

Sequelas motoras graves fazem com que a criança permaneça em estágios mais baixos de desenvolvimento, podendo adquirir uma deficiência mental secundaria devido à falta de experiências motoras. Sendo assim, a postura em pé se torna necessária para essas crianças ou qualquer outra que tenha alguma disfunção motora

A postura ortostática (em pé) melhora o funcionamento do sistema circulatório e da respiração, auxilia na digestão, na função intestinal, facilita a formação de cartilagem no quadril (no início do desenvolvimento) e previne lesões, pois há também o aumento da densidade óssea. Esses são apenas alguns de seus benefícios.

Apesar da sua importância para o nosso desenvolvimento, devemos lembrar que o acompanhamento do Fisioterapeuta é imprescindível para avaliar casos em que a criança não pode ficar em pé.

Fonte: Criança e Saúde

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