quinta-feira, 12 de novembro de 2020

App para alfabetização de crianças surdas chega ao Brasil

tecmundo.com.br

O ser humano aprende a falar e a ler corretamente não apenas observando as letras como também repetindo os sons apresentados – um empecilho na alfabetização de crianças surdas. Um aplicativo que usa inteligência artificial e realidade aumentada pode ajudar nesse processo: o StorySign, lançado no Brasil pela Huawei.

O app existe desde 2018, mas somente agora ele foi adaptado para o português, graças ao trabalho do tradutor e intérprete de libras Edílson Andrade e o revisor Erik Honorato, que traduziram para a linguagem de sinais dois livros infantis nacionais: Gildo, de Silvana Rando (Brinque-Book), e A Festa Encrencada, de Sônia Junqueira (Ática). Edílson deu vida ao avatar que narra as histórias no aplicativo.

 

O StorySign existe em 15 línguas, e está presente no Reino Unido, na França, na Alemanha, na Itália, na Espanha, em Portugal, na Austrália e no Brasil, e conta com uma biblioteca em Libras de 71 livros. Não há previsão de quando o aplicativo, que é gratuito e tem suporte para Android e iOS, contará com mais títulos por aqui.

 

Como funciona o StorySign

1. Com o livro de leitura habilitado para o StorySign à sua frente, a criança abre o aplicativo e segura o smartphone sobre a página.
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2. O avatar do app (chamado Star) conta a história em libras enquanto o aplicativo destaca cada palavra gesticulada.
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Huawei/Libby Burke Wilde/Divulgação
3. A criança aprende a grafia da palavra e sua tradução em libras.
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Huawei/Libby Burke Wilde/Divulgação
Segundo comunicado da Huawei, o StorySing foi desenvolvido em parceria com a União Europeia de Surdos, a Associação Britânica de Surdos, o grupo editorial Penguin Books e a Aardman Animations, entre outras instituições. “O aplicativo captura movimento e animação, garantindo que as expressões faciais e as mãos dos personagens transmitam a representação perfeita das Libras, criando um personagem virtual divertido”, disse a empresa. No Brasil, a gigante chinesa teve o apoio da Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (Feneis).

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