quinta-feira, 30 de junho de 2016

Fotografias retratam a fofura de bebês com microcefalia

As fotos de bebês, em geral, nos comovem.



O fotógrafo pernambucano Joelson Souza resolveu fazer fotografias de bebês com uma característica em comum: a microcefalia. Ao retratar os bebês e suas famílias, vemos o cotidiano de famílias que, embora tenham que lidar com as dificuldades de crianças que necessitam de cuidados especiais, levam as suas vidas com muito amor.

O ensaio fotográfico, chamado "MacroAmor", foi feito em uma tarde com cinco famílias comuns e ganhou uma repercussão maior do que a esperada pelo fotógrafo.

As lentes de Joelson capturaram cenas da vida de bebês sorridentes e brincalhões com suas famílias. A ideia do fotógrafo nasceu do choque que teve com o surto de bebês com microcefalia no Nordeste do país este ano. "A microcefalia 'pegou de surpresa' centenas de famílias, especialmente aqui em Pernambuco. E dentre as diversas dificuldades que principalmente as mães passam estão o preconceito, o 'olhar torto', as reações negativas e por aí vai. Com o intuito de mostrar um pouco 'o outro lado da história', construí esse projeto", relatou Joelson em sua página no Facebook.

O fotógrafo realizou o ensaio com cinco mulheres integrantes da União de Mães de Anjos (UMA), que é um grupo de apoio a famílias de bebês e crianças com microcefalia.

Confira as fotos a seguir:

microcefalia 2

microcefalia 3

microcefalia 4







Fonte: catracalivre

sexta-feira, 24 de junho de 2016

ONG Sorriso Novo participa de evento da FIB

A ONG Sorriso Novo marcou presença no encontro de 22 de junho de 2016 das entidades associadas a FIB e a SINBREF.

O evento contou com palestras apresentadas pela Dra. Ivanice Guimarães Araújo,  abordando utilidade pública estadual, e pela Sra. Wania Ribeiro Tavares, com oficina de capacitação e orientações para participação de editais públicos e privados e captação de recursos.








Mais informações em fibrj.com.br.

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Disfunção sensorial tátil


Percebemos o mundo através dos sentidos, incluídos aí o sentido vestibular (responsável pela manutenção do equilíbrio) e o de propriocepção (responsável pela percepção e consciência corporal). O processamento inadequado de qualquer um deles pode causar diversos prejuízos no dia-a-dia da pessoa que apresente tal disfunção. É comum que crianças com TEA apresentem dificuldades desta natureza e, neste texto, vou focar no sentido do tato por serem relacionadas apenas a ele as dificuldades significativas apresentadas pelo nosso filho em termos de processamento sensorial até o momento.

A criança que apresenta disfunção sensorial tátil pode reagir em excesso a determinados toques ou sensações (hipersensibilidade) ou não demonstrar incômodo em outras situações em que esta seria a reação esperada (hiposensibilidade). No nosso caso, essas experiências co-existem, o que para os pais, é confuso:  Ao mesmo tempo em que ao cair e ralar o joelho,  nosso filho pode não chorar e demonstra não sentir dor, uma etiqueta em uma blusa pode trazer tanto desconforto a ponto de ele não aceitar o uso daquela roupa.

No dia-a-dia das famílias, estas questões trazem muito desgaste e stress tendo em vista que esbarram nos cuidados pessoais da criança (corte de unha e de cabelos, roupa adequada para a temperatura, uso de calçados etc.)

Como já relatei no texto “Autismo e Intervenção Precoce” (clique aqui para ler), Bernardo apresentava um desenvolvimento considerado típico até a idade de um ano e quatro meses quando sua entrada em determinada escola atuou como “gatilho”e gerou uma regressão em seu comportamento. Neste momento ele passou a apresentar características comuns a crianças que estão no espectro e o diagnóstico formal não demorou a vir.

Porém, preciso ser justa e realista o suficiente para admitir que as questões sensoriais táteis já existiam desde muito antes à entrada dele nessa escola e sim desde que ele nasceu; nós apenas não sabíamos que algumas características dele tinham um “nome”. Trocando em miúdos, o gatilho existiu, mas “algo” já estava lá… Quando olho os álbuns de fotografias, vejo que, até por volta dos dois anos, Bernardo está descalço em praticamente todas as fotos. Na atual escola, já me relataram que, como se não bastasse tirar os tênis e as meias, ele os escondia. Isso acontecia antes de ele fazer dois anos! Quando o esconderijo era descoberto, ele mudava. Outro exemplo: desde recém-nascido eu só conseguia cortar suas unhas se ele estivesse dormindo. E isso só mudou aos três anos de idade.

O que fazer em situações como essas? O profissional capacitado para avaliar e trabalhar as questões sensoriais é o terapeuta ocupacional, através da Integração Sensorial. Durante a terapia, a criança é exposta de forma gradual e delicada a alguns estímulos de forma a aumentar a resistência dela a eles. Claro que a maneira que isso deve ser feito é algo que apenas o profissional capacitado tem condições de avaliar.

Podemos dizer que nosso filho vem melhorando progressivamente através deste acompanhamento e que a Integração Sensorial tem se mostrado fundamental. Para outros pais, por exemplo, a criança aceitar colocar uma touca na hora da aula de natação pode não ser nada demais, mas para nós que sabemos que isso aconteceu após muita terapia, é uma vitória que deve ser comemorada.

Atualmente, os momentos de escovação de dentes e corte de unhas não são mais um problema. O mesmo podemos dizer sobre o uso de calçados. Com relação ao uso de agasalhos e corte de cabelos, apesar dos avanços, continua difícil. Ainda hoje, Bê pode ficar bem irritado em ter que tirar suas roupas preferidas para colocar outras, por exemplo. Nem sempre é possível alguma negociação nesse sentido, em algum momento a troca precisa ser simplesmente imposta.

A sugestão que eu tenho para os pais e profissionais é: A criança reage de forma incomum a determinados estímulos? (Alguns exemplos: Muita irritação com barulhos, incômodo excessivo com determinados tipos de roupa, parecer não sentir dor ou frio, incômodo significativo com alguns odores ou texturas, seletividade alimentar extrema…) Não parta do princípio que a criança é “pirracenta”, “mal educada”ou algo do tipo. Procure um profissional capacitado e escute o que ele tem a dizer. Isso pode fazer a diferença na qualidade de vida daquela criança dali em diante. Vale lembrar que tais disfunções não acometem apenas indivíduos com TEA ou crianças.

Um grande abraço e até a próxima!

Érika Andrade, mãe do Bernardo, Psicóloga e administradora do instagram @maternidadeazul.

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Direito à educação especial

A inclusão de pessoas com deficiência na sociedade não requer apenas acessibilidade de locomoção. Requer, também, aceitação social e a garantia de que ela ocorra.

A criança, ao ser diagnosticada com qualquer tipo de deficiência, seja ela intelectual, física ou auditiva, tem direitos semelhantes às demais. Além disso, o cuidado especial destinado a ela, principalmente no que diz respeito à educação, é um dever do Estado e um direito previsto em lei.
Art. 2º Ao Poder Público e seus órgãos cabe assegurar às pessoas portadoras de deficiência o pleno exercício de seus direitos básicos, inclusive dos direitos à educação, à saúde, ao trabalho, ao lazer, à previdência social, ao amparo a infância e à maternidade, e de outros que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciem seu bem-estar pessoal, social e econômico.
Lei nº 7.853 - de 24 de outubro de 1989 - DOU de 25/10/89

Para garantir a assimilação de conceitos, a criança que possui necessidades especiais terá direito de participar do desenvolvimento de atividades tanto na Educação Regular, quanto em Escolas de Educação Especial. A escolha do tipo de educação a ela destinada é de responsabilidade dos responsáveis legais e deve ser pautada a partir da filosofia que a Instituição de Ensino deseja desenvolver.

A educação, portanto, mais do que assegurar a aprendizagem daquele que a utiliza, é uma forma de garantir a integração e aceitação social, sendo o primeiro passo para que a sociedade reconheça seus direitos e seu papel como cidadão.



Os quadros a seguir o redirecionam aos artigos que explicam melhor o que é Educação Inclusiva e Escolas de Educação Especial e o que pode acontecer em caso de recusa de alunos com deficiência. Dessa forma, os responsáveis poderão avaliar como proceder durante a escolha da escola que melhor se adaptará às necessidades da criança.

Educação Inclusiva
Entende-se por educação inclusiva escolas que visam o processo de inclusão de pessoas que possuem necessidades especiais, em qualquer grau de escolaridade, no ensino regular. Dessa forma, as pessoas com deficiência terão as aulas da educação formal em salas de ensino juntamente com pessoas que não possuem deficiências.

Escolas de Educação Especial
Escolas de Educação Especial são as que possuem um direcionamento específico à um determinado tipo de deficiência. O aluno matriculado neste tipo de escola será auxiliado por profissionais e materiais de apoio direcionados ao desenvolvimento da aprendizagem de forma a trazer o ensino à realidade do aluno.

Fonte: GuiadeDireitos

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Filho especial: 6 atitudes que todos pais deveriam ter

Ter um filho especial deixa os pais abalados e assustados. Um grande sentimento de culpa toma conta dos pais, principalmente da mãe.


Sentimentos de tristeza, raiva, medo e de ansiedade em relação a criança normalmente costumam acontecer. Afinal ser pai e mãe já é uma empreitada exaustiva, mas ser pais de um filho especial leva as coisas a outro nível.

Muitas são as preocupações assim que se descobre que o filho tem algum tipo de deficiência. Dúvidas como por exemplo: “Como será a vida dessa criança “sendo diferente” em um mundo que normalmente é tão duro em relação às diferenças?”, “Como será minha vida e de minha família daqui pra frente?”, “Como ficarão as finanças”… Essas e inúmeras outras questões surgem nos pensamentos dos pais. A carga emocional é muito grande, até mesmo porque os pais geralmente tem mania de decidir o que os filhos serão quando crescerem.

Toda essa desestruturação inicial será mais ou menos intensa de acordo com o estágio de desenvolvimento que a família estiver na ocasião. Toda essa situação vivenciada exigirá mudanças de papéis e buscas de estratégias para enfrentar esse desafio. Vejam algumas atitudes que são fundamentais durante esse processo:

Amor, muito amor!
Quem não gosta de carinho, não é mesmo? Demonstrações de amor é tudo que uma criança precisa. É fundamental!

Paciência e Perseverança
Respeitar o tempo da criança, pois toda criança tem um ritmo único no processo de evolução. Aos poucos ela irá aprendendo dentro da suas possibilidades. Mas procurem prepará-la para a autonomia, para alcançar seu máximo possível.

Transformar o cenário em algo positivo
Não se trata de ignorar a realidade dos fatos, nem tão pouco afirmar que aquilo não aconteceu, mas não permitam que pensamentos negativos atrapalhem os objetivos que vocês têm para melhorar a vida dessa criança.

Estímulo, muito estímulo!
Toda realização de um filho especial tem que ser encarada como uma grande vitória. Todo estímulo e incentivo são muito bem-vindos. A autoestima da criança irá melhorar muito quando vocês derem muita força para cada pequena atividade que ela realizar.

Ler e aprofundar muito no assunto
Busquem mais conhecimentos sobre a deficiência do seu filho. Hoje temos a internet, que é uma verdadeira biblioteca mundial. Pesquisem sobre o assunto, procurem se informar mais sobre como vocês podem ajudá-la a se desenvolver cada vez mais. Aqui no blog há muitas informações sobre crianças com deficiência.

Contato com outros pais
Procurem entrar em contato com outros pais que também têm filhos com o mesmo tipo de deficiência do seu filho. Todo mundo sairá ganhando com isso, pois será uma grande troca de experiências. Há vários grupos no Facebook. Pesquise!

Enfim, com o tempo você descobrirá que ter um filho especial é uma benção. Quando seu filho superar as dificuldades e os obstáculos vocês saberão o verdadeiro significado da palavra vitória e alegria.

Vera Garcia (Criadora do Blog Deficiente Ciente)

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Disfunção Neuromotora: A importância do ficar em pé


Ficar em pé traz variados benefícios para a criança, por isso sempre estimulo essa postura nos atendimentos e oriento os pais a usarem o parapodium ou estabilizador em casa (são equipamentos utilizados para auxiliar a criança a manter a postura ereta, em pé). Isso deve ir de acordo com a necessidade de cada criança. Veja os benefícios desta postura na matéria abaixo.

O nosso corpo é ajustado biomecanicamente através do ortostatismo (postura bípede, em pé), essa postura evita encurtamentos e deformidades, favorecendo o alongamento e fortalecimento de grupos musculares. O tônus muscular também é ajustado, capacitando a criança a realizar tarefas funcionais.

A posição ortostática (em pé) promove bem-estar emocional à criança com disfunção neuromotora, pois ela estará posicionada igualmente aos outros indivíduos: olhando horizontalmente para o universo que a cerca. Com isso, sua autoestima é elevada, seus sistemas corporais (visão, tato e equilíbrio) são exercitados e é estabelecido contato com meio e indivíduos, potencializando aquisições e aprendizados através de brincadeiras.

paralisia cerebral ficar em pé alana haddad 3

Sequelas motoras graves fazem com que a criança permaneça em estágios mais baixos de desenvolvimento, podendo adquirir uma deficiência mental secundaria devido à falta de experiências motoras. Sendo assim, a postura em pé se torna necessária para essas crianças ou qualquer outra que tenha alguma disfunção motora

A postura ortostática (em pé) melhora o funcionamento do sistema circulatório e da respiração, auxilia na digestão, na função intestinal, facilita a formação de cartilagem no quadril (no início do desenvolvimento) e previne lesões, pois há também o aumento da densidade óssea. Esses são apenas alguns de seus benefícios.

Apesar da sua importância para o nosso desenvolvimento, devemos lembrar que o acompanhamento do Fisioterapeuta é imprescindível para avaliar casos em que a criança não pode ficar em pé.

Fonte: Criança e Saúde

quarta-feira, 1 de junho de 2016

O que é Autismo? Síndrome de Asperger, Angelman, XFrágil, Rett, Hiperlexia e outros? - Parte III

Síndrome de Asperger e Autismo de Alto Funcionamento

A Síndrome de Asperger compreende outro transtorno invasivo do desenvolvimento, entretanto diferentemente do autismo infantil, a criança com Síndrome de Asperger apresenta desenvolvimento cognitivo e intelectual normal e não apresenta atraso no desenvolvimento da fala.

O desenvolvimento da criança parece normal, mas no decorrer dos anos seu discurso torna-se diferente, monótono, peculiar e há com frequência a presença de preocupações obsessivas. Sua capacidade de interagir com outras crianças torna-se difícil, é pouco empática, apresenta comportamento excêntrico, suas vestimentas podem se apresentar estranhamente alinhadas e a grande dificuldade de socialização tende a torná-la solitária. Há prejuízo na coordenação motora e na percepção visoespacial.


Esse jovem frequentemente apresenta interesses peculiares e pode passar horas assistindo ao canal da previsão do tempo na televisão ou estudando exaustivamente sobre temas ou assuntos preferidos como dinossauros, carros, aviões ou mapas de ruas, por exemplo.

Parte I
Parte II
Associação dos Amigos do Autista

Algumas coisas são aprendidas na idade "própria", outras cedo demais, enquanto outras só serão entendidas muito mais tarde ou somente quando ensinadas.

Alguns pesquisadores acreditam que Síndrome de Asperger seja a mesma coisa que autismo de alto funcionamento, isto é, com inteligência preservada. Outros acreditam que no autismo de alto funcionamento há atraso na aquisição da fala e na Síndrome de Asperger não.

Muitas pessoas afirmam que a importância da diferenciação entre Síndrome de Asperger e Autismo de Alto Funcionamento seja mais de cunho jurídico do que propriamente para escolhas relacionadas ao tratamento. Por um lado, para algumas pessoas dizerem que alguém é portador de Síndrome de Asperger parece mais leve e menos grave do que ser portador de autismo, mesmo que de alto funcionamento. Por outro lado, a maioria das instituições de autismo no mundo alegam que esta divisão em duas patologias diferentes enfraquece um movimento que necessita de tanto apoio, como o dos que trabalham pelo autismo.

Fonte: BengalaLegal