Educação especial
A Educação
Especial é o ramo da Educação
que se ocupa do atendimento e da educação de pessoas com
deficiência
em instituições especializadas, tais como escolas para surdos,
escolas para cegos ou escolas para atender pessoas com deficência
mental. Dependendo do país, a educação especial é feita fora do
sistema regular de ensino. Nessa abordagem, as demais necessidades
educativas especiais que
não se classificam como deficiência
não estão incluídas. Não é o caso do Brasil, que tem uma
Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação
Inclusiva (2008) e que inclui outros tipos de alunos, além dos que
apresentam deficiências.
A educação especial é uma
educação organizada para atender especifica e exclusivamente
alunos com determinadas necessidades especiais. Algumas escolas
dedicam-se apenas a um tipo de necessidade, enquanto outras se
dedicam a vários. O ensino especial tem sido alvo de criticas por
não promover o convívio entre as crianças especiais e as demais
crianças. Por outro lado, a escola direcionada para a educação
especial conta com materiais, equipamentos e professores
especializados. O sistema regular de ensino precisa ser adaptado e
pedagogicamente transformado para atender de forma inclusiva.
O termo "educação
especial" denomina tanto uma área de conhecimento
quanto um campo de atuação
profissional. De um modo
geral, a educação especial lida com aqueles fenômenos de ensino e
aprendizagem que não têm sido ocupação do sistema de educação
regular, porém têm entrado na pauta nas últimas duas décadas,
devido ao movimento de educação
inclusiva. Historicamente,
a educação especial vem lidando com a educação e aperfeiçoamento
de indivíduos que não se beneficiaram dos métodos e procedimentos
usados pela educação regular. Dentro de tal conceituação, no
Brasil, inclui-se em educação especial desde o ensino de pessoas
com deficiências, transtornos globais do desnevolvimento e altas
habilidades/superdotação, passando pelo ensino de jovens e
adultos, alunos do campo, quilombolas e indígenas, até mesmo o
ensino de competências profissionais.
Dentre os profissionais que
trabalham ou atuam em educação especial, estão educador
físico, professor,
psicólogo,
fisioterapeuta,
fonoaudiólogo
e terapeuta
ocupacional, entre outros.
Sendo assim, é necessário antes de
tudo, tornar reais os requisitos para que a escola seja
verdadeiramente inclusiva, e não excludente.
Crianças com necessidades especiais
Crianças com necessidades especiais são aquelas
que, por alguma diferença no seu desenvolvimento, requerem certas
modificações ou adaptações complementares ou suplementares no
programa educacional,visando torná-las autonomas e capazes serem
mais independentes possíveis para que possam atingir todo seu
potencial. As diferenças podem advir de condições visuais,
auditivas, mentais, intelectuais ou motores singulares, de condições
ambientais desfavoráveis, de condições de desenvolvimento
neurológico, psicológico ou psiquiátrico específicos.
Reuven
Feuerstein afirma que a inteligência pode ser
"ensinada".1
A Teoria
da modificabilidade cognitiva estrutural,
elaborada por ele, afirma que a inteligência pode ser estimulada em
qualquer fase da vida, concedendo ao indivíduo (mesmo considerado
inapto) a capacidade de aprender. Seu próprio neto (portador de
síndrome
de Down) foi auxiliado por seus métodos.2
No Brasil, muitas são as dificuldades enfrentadas
pelas pessoas com necessidades especiais, dificuldades de
acessibilidade e falta de tecnologias assistivas, principalmente nas
escolas que estão realizando a inclusão de alunos com deficiências
no ensino regular.
Ser uma criança
especial é ser uma criança diferente, e essa
diferença esta também no professor atuante na área ou seja fazer e
ser diferente.
Atendimento Educacional Especializado – AEE
O Atendimento Educacional
Especializado, ou AEE, é um serviço da Educação Especial na
perspectiva da educação
inclusiva, de caráter complementar ou
suplementar à formação dos alunos com deficiência, transtornos
globais do desenvolvimento e altas habilidades/ superdotação,
considerando as suas necessidades específicas de forma a promover
acesso, participação e interação nas atividades escolares no
ensino regular. É realizado no turno inverso ao da sala de aula
comum nas salas de recursos multifuncionais. O atendimento na sala de recursos multifuncionais não é um
reforço escolar, visa desenvolver as habilidades dos alunos nas suas
especificidades, sendo importante a realização de um plano de
desenvolvimento individual (PDI).
A educação da criança com deficiência auditiva
A educação
é crucial no crescimento da pessoa. A educação
da criança surda é um direito, faz parte da
sua condição como ser
humano, e o dever de educar é uma exigência
do ser humano adulto,
do pai
e do educador.
Para a criança surda,
tal como para a criança ouvinte, o pleno desenvolvimento das suas
capacidades linguísticas, emocionais e sociais é uma condição
imprescindível para o seu desenvolvimento como pessoa.
É por meio dos relacionamentos sociais que descobrimos o que é
necessário para viver na sociedade. O primeiro contato social da
criança é no meio familiar. Segundo Santana e Bergamo (2005)4
, os surdos foram durante muito tempo condenados por sua condição,
considerados doentes, pela falta da comunicação oral e escondidos
da sociedade pela sua família. A língua de sinais era proibida.
Recentemente, a Língua Brasileira de Sinais (Libras) foi reconhecida
como língua materna dos surdos, através da Lei Nº 10.436 de 24 de
abril de 2025
, o que proporcionou aos mesmos um reconhecimento perante a
sociedade. A aprendizagem social ou educacional, precisa de
contribuições desde o nascimento da criança. A criança surda
precisa ser compreendida pelas suas características e o
relacionamento interpessoal familiar faz diferença no modo como essa
criança irá se identificar enquanto parte das relações sociais. É
importante para os surdos que as pessoas consigam comunicar-se com
eles através da Libras, para que haja a inclusão social. Serviços
básicos como saúde, educação e comércio em geral muitas vezes
não possuem pessoas qualificadas para o atendimento ao surdo,
fazendo com que ele se sinta ainda mais excluído. Portanto, a
inclusão da Libras no cotidiano da sociedade seria indispensável
para o desenvolvimento social do surdo.
Tecnologias especiais para crianças com necessidades especiais
A Educação Especial desenvolve-se em
torno da igualdade de oportunidades, em que todos os indivíduos,
independentemente das suas diferenças, deverão ter acesso a uma
educação com qualidade, capaz de responder a todas as suas
necessidades. Desta forma, a educação deve-se desenvolver de forma
especial, numa tentativa de atender às diferenças individuais de
cada criança, através de uma adaptação do sistema
educativo.
A evolução das tecnologias permite cada vez mais
a integração de crianças com necessidades especiais nas nossas
escolas, facilitando todo o seu processo educacional e visando a sua
formação integral. No fundo, surge como uma resposta fundamental à
inclusão
de crianças com necessidades
educativas especiais num ambiente educativo.
Como uma das respostas a estas necessidades surge
a utilização da tecnologia,
com o desenvolvimento da Informática veio a se abrir um novo mundo
recheado de possibilidades comunicativas e de acesso à informação,
manifestando-se como um auxílio a pessoas com necessidades
educativas especiais.
Partindo do pressuposto que aprender é fazer, a
tecnologia deve ser encarada como um elemento cognitivo capaz de
facilitar a estruturação de um trabalho viabilizando a descoberta,
garantindo condições propícias para a construção do
conhecimento. Na verdade são inúmeras as vantagens que advêm do
uso das tecnologias no campo do ensino – aprendizagem no que diz
respeito a crianças especiais.
Assim, o uso da tecnologia pode despertar em
crianças especiais um interesse e a motivação pela descoberta do
conhecimento tendo em base as necessidades e interesses das crianças.
A deficiência deve ser encarada não como uma impossibilidade mas
como uma força, onde o uso das tecnologias desempenha um papel
significativo.
Vantagens
O uso das tecnologias no campo do
ensino-aprendizagem traz inúmeras vantagens no que respeita às
crianças com necessidades especiais, permitindo:
- Alargar horizontes levando o mundo para dentro da sala de aula;
- Aprender fazendo;
- Melhorar capacidades intelectuais tais como a criatividade e a eficácia;
- Permitir que um professor ensine simultaneamente em mais de um local;
- Permitir vários ritmos de aprendizagem numa mesma turma;
- Motivar o aluno a aprender continuamente, pois utiliza um meio com que ele se identifica;
- Proporcionar ao aluno os conhecimentos tecnológicos necessários para ocupar o seu lugar no mundo do trabalho;
- Aliviar a carga administrativa do professor, deixando mais tempo livre para dedicar ao ensino e à ajuda a nível individual;
- Estabelecer a ponte entre a comunidade e a sala de aula.(Continua)
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