Por Priscila Pereira Boy para o cangurunews.com.br
Foto: Public Domais Pictures Net
O primeiro desafio é lidar com a frustração. Quando uma criança nasce, os pais costumam depositar várias expectativas sobre seus filhos com o intuito, na maioria das vezes inconsciente, de diminuir as próprias frustrações do passado.
Outro desafio é lidar com as cobranças e os preconceitos das outras pessoas. Uma criança com deficiência, como qualquer outra, deve ser protagonista de sua própria história.
Os pais e educadores devem evitar super protegê-las, poupá-las, subestimá-las. A criança com deficiência deve ser vista essencialmente como CRIANÇA e, portanto, como PESSOA. Desde o início, deverá ser consciente de que tem limitações, dificuldades, diferenças, como, na verdade, todos temos. E, ao mesmo tempo, ser levada a ver tudo o que tem de bom, seus talentos e habilidades.
Executar ações pela criança pode parecer a você uma demonstração de carinho, mas é também um modo de atrasar o percurso que a leva à autonomia.Deixe que seu filho realize pequenas tarefas. Pode levar mais tempo e ter resultados não tão perfeitos, mas é através da experiência que aprendemos. É percebendo que sapatos trocados incomodam que a criança verá a necessidade de calçá-los corretamente na próxima vez.
Resolver por ela, o que ela vai vestir, o que vai comer, que filme vai assistir, também não é uma boa opção.
Porque não somos eternos. Um dia os pais irão embora e a criança deve construir uma vida autônoma para que possa dar continuidade a sua existência, mesmo sem a presença deles.
Ações para promover a independência da criança são fundamentais: aprender a ler, pegar um ônibus sozinho, consultar coisas na internet, usar o telefone e administrar seu próprio dinheiro. Coisas que para as crianças ditas “normais” são naturais ao longo do tempo, mas que para as crianças com deficiência pode levar mais tempo.
O maior bem que podemos fazer a uma criança com deficiência é aceitá-la como ela é, pois desta forma, ela se tornará uma criança feliz!
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