quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

Festas de fim de ano e transtornos do espectro autista

 Por Adriane Michely para o corautista.org

Natal e Ano Novo pode ser um momento emocionante e divertido, mas também podem ser estressante. Pessoas com autismo podem ficar confundidos ou perturbados por todas as novas atividades em casa na época de festas, e isso pode ser preocupante para o resto da família. Esta seção fornece dicas e orientações o durante o período festivo.

Preparação 

Conforme se aproxima o Natal, você pode querer destacar este período de férias em família ou do calendário da criança. Sugerimos que você verifique se a escola começou a trabalhar sobre o Natal e, talvez, você poderia introduzir a ideia em um momento similar. Isso ajudará a garantir a coerência. No entanto, se esse período não deixa tempo de preparação suficiente para o seu filho, então você deve ajustá-lo conforme o caso.

Você só pode querer enfatizar o Natal no calendário. Ou você pode querer indicar quando o ano letivo termina e começa outra vez, para mostrar que a criança vai ficar em casa durante este período. Você pode nomear este mês do calendário: Tempo de Natal. Assim, vai ajudar seu filho a preparar-se para o tempo passado longe da escola e, portanto, a mudança na rotina. Você pode começar a conversar com seu filho sobre “Tempo de Natal” e o que isso significa. Estas informações serão diferentes para cada família. Você poderia produzir uma cartilha sobre o Natal com fotos de itens relevantes, a árvore de Natal, por exemplo, os tipos de decorações que você usa e os alimentos que você pode comer. No entanto, lembre-se que, se seu filho é muito literal você precisa ter cuidado, pois podem ficar ansiosos se o Natal não parece exatamente como as fotos.

Em seu calendário você pode marcar o dia que você vai comprar e para colocar a árvore de Natal e decoração, assim como quaisquer outras alterações que irão ocorrer. Não se esqueça de incluir o dia em que parentes ou amigos chegarão. Embora muita coisa pode mudar durante esse tempo, é importante continuar a rotina de seu filho, em certa medida.

Você deve incluir o seu filho com um Transtorno do Espectro Autista (TEA) no processo de Natal. Você pode querer levá-los para comprar a árvore e as decorações, ou mostrar onde eles estão guardados na casa antes de montá-los. Pedir ajuda para decorar a árvore pode estimular a interação, e sua criança ficará muito feliz em poder ajudar. Além disso, vai ajudar seu filho a se familiarizar com esses itens, mesmo se viu no ano anterior. Esperamos que possa impedir qualquer reação negativa a esses itens novos que estão sendo colocados em um ambiente familiar.

Se seu filho não quer ser incluído, então você talvez queira dar-lhes um trabalho especial para fazer no qual ele possa se concentrar. Isto pode ajudá-lo a se sentir incluído e menos preocupado com as mudanças ao seu redor. Você pode até querer decorar a casa durante alguns dias se a criança encontra resistência na mudança. Por exemplo, você pode colocar a árvore em posição, deixá-lo por alguns dias e depois começar a decorá-lo, acrescentando todas as decorações da casa mais tarde.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

Vídeo: Menino com deficiência auditiva se surpreende com Papai Noel que sabe libras

O Papai Noel surpreendeu o garoto surdo ao conversar com ele utilizando a Língua de Sinais

paisefilhos.uol.com.br

Isso que é representatividade! A professora, Carla Momberg, compartilhou em seu Instagram um vídeo emocionante do encontro seu aluno com o Papai Noel, que inesperadamente sabia Libras (Língua Brasileira de Sinais). Isso ocorreu no Águas Claras Shopping, que fica no Distrito Federal.

O diálogo ocorreu com ambos se apresentando, e conversando sobre a importância da linguagem de sinais na sociedade. Em um segundo momento, o bom velhinho aconselha o menino e o incentiva a estudar e se superar!

Nos comentários da publicação os internautas elogiaram à iniciativa do shopping e a emoção com a alegria do menino.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

Focado na inclusão, Bosque Encantado do Natal é inaugurado

O Bosque Encantado de Natal tem neste ano o Caminho Sensorial; nele, contém vários objetos estimulantes para crianças com autismo e outras deficiências

Com uma linda iluminação natalina e fogos silenciosos, o aguardado Bosque Encantado do Natal foi aberto ao público na última sexta-feira (16) no Parque Isaac Cardoso Filho, em Terenos, Mato Grosso do Sul. O espaço tem por finalidade mostrar que é possível todos vivenciarem a magia natalina.

Caminho Sensorial do Bosque Encantado de Natal de Terenos. (Foto: Lorena Segala)

Iniciativa da Prefeitura de Terenos, o Bosque segue funcionando até o dia 23 deste mês e conta com a Casa do Papai Noel, Árvore dos Desejos, presépio, apresentações, shows culturais e praça de alimentação com comidas típicas. Em parceria com a Associação Comercial de Terenos, parte das bebidas vendidas no local será revertida a Pestalozzi e ao Lar dos Idosos São Vicente de Paula.

Ao acender as luzes do Bosque Encantado do Natal, o prefeito Henrique Budke citou a necessidade de sempre estar aprendendo. “Muitas vezes achamos que já sabemos tudo, mas não é verdade, e é por isso que a gente precisa procurar, pesquisar, aprender e levar isso para a população”.

Foto: Assessoria de imprensa

“Eu tenho um sobrinho que tem deficiência visual, e ele sempre falava o que sentia. Passando por aqui, por esse Caminho Sensorial, tendo a explicação do guia, tendo as sensações da audição, visão foi esclarecedor  porque agora eu tenho uma outra percepção e com certeza vou tomar mais cuidado, terei um novo olhar sobre isso”, disse Rodrigo Tanja, técnico em segurança do trabalho, que esteve no primeiro dia.

Representando a Banda Down Rítimica da Escola Juliano Varela, Jardel Souza, ressaltou a importância da inclusão. “O que acontece aqui é uma quebra de paradigmas porque vemos de fato  a inclusão e a acessibilidade”.


Bosque Encantado de Natal. (Foto: Lorena Segala)

A vice-presidente da Associação de Pais e Amigos dos Autistas (AMA), Flavia Caloni, que participou da abertura do Bosque Encantado de Natal,  falou da felicidade de terem sido procurados pela Prefeitura de Terenos para auxiliarem no projeto. “O Caminho Sensorial é algo inédito que nuca vimos em nenhum lugar do país, e por isso temos muito orgulho de participar de fazer parte do início dessa iniciativa. Que outros municípios vejam em Terenos um exemplo para eles”.

Fontes: primeirapagina.com.br / enfoquems.com.br

quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

Onde estão as crianças com deficiência?

Não estamos dando condições para que essas crianças viva a infância em sua plenitude e com todos os direitos que deveriam ter

Nathalia Santos para terra.com.br


Perto da sua casa, tem alguma praça com brinquedos que uma criança com deficiência física consiga brincar? Foto: Reprodução/iStock

Se já é difícil encontrarmos adultos com deficiência ocupando os diversos ambientes e espaços em nossa sociedade, mesmo hoje em dia em que não deixamos de frequentar esses lugares, ainda que nossos corpos e necessidades não sejam considerados e nem pensados, imagina com nossas crianças.

Perto da sua casa, tem alguma praça com brinquedos que uma criança com deficiência física consiga brincar? Piso tátil fazendo o caminho até os brinquedos? O shopping que você frequenta tem algum espaço que contemple a diversidade e a necessidade comunicacional e/ou física das crianças com deficiência? Caso tenha filhos, a escola em que ele estuda, seja pública ou particular, tem alguma política de acolhimento de nossas crianças com deficiência? E o espaço físico, contempla as necessidades arquitetônicas necessárias? Você deixa seu filho se aproximar de crianças com deficiência quando as encontra ou fica constrangida (o) e puxa ele para que não se aproxime? O que você faz quando vê uma criança com deficiência na rua? Aponta? Sente pena? Vira a cara? Fala com acompanhante delas e não se dirige a elas?

A maior parte dessas respostas serve como indicativo dos muitos porquês não encontrarmos nossas crianças ocupando determinados espaços e, mais do que isso, vivendo a infância em sua plenitude e com todos os direitos que todas as crianças deveriam ter.

Eu poderia nessa coluna listar todas as leis que nos protegem, todos os institutos e citar todos os nossos direitos. Poderia também trazer diversos dados e informações que comprovem tudo o que falei/perguntei acima. Mas, hoje, quero salientar a precisão de termos a intenção de trazer para a roda nossas crianças.

Não se incomodar, minimamente, com a ausência de crianças em todos esses ambientes antes mencionados é muito sintomático e, certamente, continuará levando a consequências muito tristes e sem mudanças significativas do que já temos hoje em dia com nossos adultos com deficiência.

Todos nós temos o poder de mudar um pouco essa realidade. Nossa sociedade é formada por diversos indivíduos e esses indivíduos somos nós, logo, cabe a nós ter a intenção de mudar essa realidade. Seja com uma virada de pensamento, um questionamento, uma decisão que contemple crianças diversas, cada um sabe aquilo que lhe cabe e que está ao seu alcance.

Para terminar, deixo o seguinte questionamento:  Será que nossas crianças com deficiência não estão nos lugares por que não são acessíveis ou será que os lugares não são acessíveis por que não temos crianças com deficiência?

sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

Como o design e a arquitetura promovem a inclusão de pessoas com deficiência

Por Ana Sachs para revistacasaejardim.globo.com
 

Mesa adaptada para acomodar uma cadeira de rodas da coleção da Pottery Barns Pottery Barns / Divulgação

Das calçadas esburacadas e sem rampas de acesso aos lugares cheios de desníveis e sem sinalização em braile. O mundo parece um lugar complicado para cegos, surdos, cadeirantes ou para quem precisa andar com algum tipo de apoio, como muletas e bengalas. Se na rua tudo é meio perigoso e difícil para as pessoas com deficiência física, em casa, a arquitetura e o design podem tornar os ambientes menos hostis.

Viver com autonomia é importante para o bem-estar e autoestima das pessoas portadoras de necessidades especiais. Ninguém quer depender de outro indivíduo para realizar tarefas simples, como escovar os dentes, simplesmente por não alcançar a pia. Esse é um público com necessidades específicas – e também dificuldades e limitações diferentes.


Na Pottery Barns, a tradicional cama hospitalar ganhou versões mais modernas — Foto: Pottery Barns / Divulgação

"O mobiliário ideal é aquele com apoios adequados, que permite fazer a transferência do cadeirante para ele e vice-versa. São também mesas e bancadas em que a pessoa consiga se aproximar com a cadeira de rodas, que as pernas não batam nos móveis e com alturas condizentes para que ela consiga desempenhar suas atividades", explica o engenheiro Norton Mello, especialista em Healthcare Management e diretor da BIOENG Projetos.

Gigantes do varejo já notaram esse nicho ainda pouco explorado, mas com muito potencial. Há no mercado uma imensa escassez de peças para a casa que atendam às pessoas com deficiência. É como querer comprar uma cadeira de adulto para um quarto de criança pequena: simplesmente não funcionará.

Leia a matéria completa em revistacasaejardim.globo.com

quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

Dia internacional da luta das pessoas com deficiência

 

Neste 3 de dezembro celebrou-se o dia Internacional da Luta das Pessoas com Deficiência. No Brasil, as pessoas com deficiência já podem celebrar o fim das trevas que foram o governo Bolsonaro para esse segmento da sociedade.

Foram quatro anos de destruição de políticas públicas – e se nao fosse a luta da sociedade civil organizada, levando o questionamento até o Supremo Tribunal Federal (STF) para considerar inconstitucional o decreto 10.502 de 2020, anos de políticas afirmativas de educação inclusiva teriam ido ralo abaixo.

O modelo proposto pelo decreto em questão provocaria discriminação e segregação entre os alunos, o que viola o direito à educação inclusiva. Mesmo com o decreto suspenso por liminar, o secretário executivo do Ministério da Educação, Victor Godoy Veiga, defendeu o decreto numa famigerada live: “As escolas estão tendo que contratar profissionais especializados para ficar cuidando daquela criança, para ela não atrapalhar a aula dos demais alunos e aquela criança não está tendo o atendimento especializado que ela precisa” (sic).

Em 2021 não houve pagamento da dotação orçamentária autorizada nem de restos a pagar de anos anteriores referentes a essa rubrica. Traduzindo: o governo federal investiu zero em materiais didáticos ou acessíveis para a inclusão em 2021. Não prever orçamento para determinada rubrica, e assim não dar condições orçamentárias para política acontecer, é uma estratégia de promoção e implementação do decreto.

Conade aparelhado por Damares

O Conselho Nacional das Pessoas com Deficiência (Conade) também sofreu com o aparelhamento promovido pelo governo Bolsonaro, pelas mãos da então ministra Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (e agora senadora eleita pelo Distrito Federal), Damares Alves.

A formação do órgão para o triênio 2022-2025 foi anunciada em março deste ano. O Decreto nº 10.177, publicado em 2019, acabou com a eleição no órgão e colocou nas mãos do Ministério da Mulher o poder exclusivo de selecionar os integrantes.

Entre os excluídos do Conade estavam a Associação Nacional dos Membros do Ministério Público de Defesa dos Direitos das Pessoas Idosas e Pessoas com Deficiência (AMPID), que sempre participou de seu colegiado. Também foram eliminados conselhos estaduais e municipais de pessoas com deficiência. O projeto é óbvio: extinguir a participação social e política das pessoas com deficiência na elaboração e implementação de legislações, programas e projetos voltados a essa população.

Nos últimos quatro anos, a pessoa com deficiência não vista, tampouco entendida, como parte da diversidade humana.

Luz no fim do túnel

Nesse contexto de terra arrasada, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) redigiu um documento entregue à equipe de transição (clique aqui para ler a íntegra do documento) do futuro governo Lula, em que faz apontamentos para a transição e para o novo momento político para as pessoas com deficiência.

No documento, a entidade recomenda ao novo governo “a adoção de diretrizes para a formulação e a implementação de políticas públicas federais, estaduais, municipais e distritais voltadas à promoção, à proteção e à garantia dos direitos humanos. Para tanto, partimos como ponto balizador da Convenção Sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência da ONU”.

O documento aponta que “Diante dos graves retrocessos sofridos pelas políticas públicas no Brasil, nos últimos seis anos após o golpe ao mandato da Presidenta Dilma e após o desgoverno de Jair Bolsonaro, (…) neste cenário se faz imprescindível uma restruturação das políticas com definição de prioridades, as quais se enquadram como essenciais para o desenvolvimento de um país justo, pois são estruturantes para uma sociedade democrática e cidadã.”

O documento recomenda a revogação de 12 atos de Jair Bolsonaro que vão contra os princípios da Lei Brasileira de Inclusão (13.146 de 6/7/2015).

O Dia Internacional da Luta das Pessoas com deficiência, comemorado em 3 de dezembro, foi instituído em 1992 pela Organização das Nações Unidas (ONU). O objetivo da data é o de conscientizar a população a respeito da importância de assegurar uma melhor qualidade de vida a todas as pessoas com deficiência, tendo em mente que as pessoas com deficiência não são menos capacitadas e, assim como todas as outras, possuem direitos e deveres assegurados.

Fonte: SINPRO-DF

sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

Sucesso no TikTok, Isabella Savaget usa a própria deficiência para dar voz aos outros

Jovem conta que dançar funk ajudou no seu desenvolvimento motor: 'A minha fisioterapia era à base de funk'


Produzir conteúdo para a internet sobre inclusão, além de vídeos de dança e maquiagem, conquistar milhões de seguidores nas redes sociais, e conseguir fazer seu conteúdo se tornar uma fonte de renda, essa é uma parte da história de Isabella Savaget, ou "Bella", como é conhecida na internet. Com paralisia cerebral, Bella enfrentou uma série de obstáculos para hoje, ajudar pessoas falando sobre representatividade, capacitismo, e superação na internet.

Isabella Savaget tem 21 anos, mora em Ipanema, no Rio de Janeiro, e além do seu trabalho na internet, também é estudante de Publicidade e Propaganda. Ao nascer, Bella sofreu falta de oxigenação no cérebro, após alguns segundos sem respirar, que ocasionou a paralisia cerebral. A parte motora foi afetada e um pouco da fala, mas sua capacidade intelectual se manteve intacta.

Bella conta que apesar das dificuldades motoras, é muito independente e tem bastante autonomia, mas isso só foi possível porque desde seus sete meses sempre fez atividades e tratamentos, como fonoaudiologia, fisioterapia, terapia ocupacional, natação, jiu-jitsu, capoeira, dança, e até ecoterapia, que é a terapia em contato com a natureza.

Na fisioterapia, Bella era a única criança que não tinha o cognitivo afetado. Dessa forma, o diálogo que tinha com os profissionais foi importante para entender desde pequena a sua deficiência, e o que poderia fazer para melhorar. "Muita gente me pergunta se eu gostaria de ter nascido sem deficiência, como se isso fosse uma escolha, eu não penso duas vezes, a resposta é não, eu nem quero saber como seria a Bella sem uma deficiência, porque com certeza seria diferente do que eu sou hoje", diz.

Saber dançar

A dança foi uma das principais atividades que ajudou Bella no seu desenvolvimento, não é à toa que é um dos conteúdos que mais faz sucesso em suas redes sociais. "Aprendi a andar dançando, primeiro eu dancei e depois eu andei. A minha fisioterapia era à base de funk, era só tocar o funk que eu conseguia ficar em pé, colocar a mão no joelho e ir até o chão", explica. A influenciadora digital conta que sempre amou dançar, e na época de escola, queria participar das danças de festa junina, mas as coreografias não eram planejadas de forma que acolhesse as suas dificuldades motoras. Entretanto, isso não impediu sua participação, ela mesmo adaptou sua coreografia.

Na adolescência começou a lidar com outros problemas. Foi nessa época que desenvolveu anorexia nervosa e depressão, aos 15 anos. De acordo com Bella, o transtorno veio para "esconder" sua deficiência, porque nunca conseguiu se encaixar em nenhum grupo devido a sua deficiência, que é algo que estava acima de suas possibilidades. Já com o seu corpo seria diferente, poderia controlar o que comia e o que não comia. Ficou em um estado muito delicado, chegando a pesar 30 quilos. Desse modo, teve de interromper as atividades que fazia para melhorar seu desenvolvimento motor, já que acabou perdendo muita massa muscular, e não tinha mais forças para continuar sua rotina.

Disposta a vencer a anorexia, Bella percebeu que precisava de uma motivação para superar o problema e conquistar seu objetivo, como um cachorro. Decidiu conversar com seus pais sobre a necessidade de ter um incentivo, e assim se comprometeu a recuperar peso. Demorou alguns meses para isso acontecer, mas com a chegada de Belinha, sua nova companheira de quatro patas, teve mais ânimo para se alimentar, pois precisava estar bem para cuidar dela. Por isso, pensou em compartilhar sua história com a internet, ser a "Belinha" na vida de alguém, já que a cachorrinha transformou sua vida, também poderia transformar a vida de outras pessoas: "Eu percebi que o amor salva, o amor da Belinha me salvou da depressão, e da anorexia".

Atualmente, Isabella acumula 943 mil seguidores no TikTok, e 211 mil no Instagram, onde produz conteúdo sobre inclusão, representatividade e capacitismo com o quadro Bella Descomplica. Claro que a dança não poderia ficar de fora, o seu primeiro vídeo dançando funk no Instagram chegou a bater 22 milhões de visualizações. Também produz vídeos de maquiagem artística, e para o dia a dia. Por meio de seu conteúdo, seu objetivo é motivar as pessoas, não por sua deficiência, mas por sua história de vida, e lutar pelos direitos dos PCDs. Mostrar a sua realidade, expor seus problemas, e de certa forma levar mais conhecimento para os seus seguidores, tentando tornar o mundo um pouco mais inclusivo. "Somente assim a gente vai poder combater o capacitismo, ouvindo as pessoas com deficiência, dando voz e espaço", finaliza.