sexta-feira, 27 de abril de 2018

Meu filho tem deficiência intelectual. Ele tem direito ao atendimento educacional especializado?

Por Ricardo Falzetta

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Sim. Todas as crianças e adolescentes com deficiência matriculados em alguma escola de Educação Básica têm direito ao chamado Atendimento Educacional Especializado (AEE). Tal direito, no entanto, raras vezes é atendido com qualidade.

De acordo com a Constituição Federal Brasileira, o Brasil tem o compromisso de integrar os alunos com deficiência - física ou intelectual - no ambiente educacional comum. Isso significa dizer que o direito da criança ou adolescente com deficiência à Educação em escolas regulares e não mais nas escolas especiais está garantido na legislação. Porém, embora a lei (veja mais sobre a legislação abaixo) e os especialistas ressaltem a importância da inclusão, essa questão ainda é bastante polêmica, uma vez que a pessoa com deficiência – especialmente as deficiências mais severas – ainda é vista como um caso clínico, o que impediria o convívio em ambientes teoricamente “não apropriados” para ela.

Nasce, assim, uma aparente oposição: de um lado estão pais e educadores que veem esse direito apenas no papel e creem que a presença desses alunos no ambiente regular de ensino seria um entrave; do outro, há inúmeros pesquisadores, ativistas e instituições de defesa aos direitos da pessoa com deficiência, que levantam a bandeira do direito à inclusão. Algum deles está certo?

Na verdade, a resposta é muito mais complexa do que um “sim” ou um “não”. A realidade desses estudantes nas escolas regulares, especialmente nas públicas, ainda é bastante desafiadora para os gestores e para os professores, que não têm a formação adequada para lidar com esses alunos. O que ocorre em muitos casos são, infelizmente, improvisos no projeto pedagógico e na infraestrutura escolar, tornando o AEE ineficiente. Assim, desse ruído entre direito e realidade, provêm a ansiedade e a insegurança que rondam os pais de estudantes com deficiência intelectual.

Embora o País tenha mais que dobrado o número de matrículas em salas comuns de crianças com deficiência entre 2007 e 2015, saltando de 306,1 mil para 751 mil, a infraestrutura, os profissionais adequados e a formação para o atendimento desses alunos ainda estão muito distantes do ideal. Além disso, o olhar sobre a criança com deficiência intelectual ainda é baseado em lugares comuns que a culpam: se ela não aprende, é porque ela não consegue.

Mas se os supostos muros colocados à frente dos alunos com deficiência parecem enormes, as escadas construídas pela comunidade escolar devem ser maiores ainda, pois a diversidade é a essência da escola e todos os alunos têm características particulares que devem ser equacionadas pela equipe pedagógica – sejam deficiências ou não. É essa a motivação da luta por inclusão que deve ser uma luta de toda sociedade.

Além da Constituição Federal, a legislação sobre esse assunto é extensa (consulte aqui): são leis, decretos e outros dispositivos nacionais e internacionais. Entre os marcos mais recentes estão a resolução do Conselho Nacional de Educação (CNE) nº4/2009, a meta 4 do Plano Nacional de Educação (PNE) e o capítulo 4 de Direito à Educação do Estatuto da Pessoa com Deficiência. A resolução do CNE é a que mais detalha como o AEE deve ser feito. Em linhas gerais, a oferta do atendimento com os materiais adequados é obrigatória por lei e deve ser adaptada de acordo com a deficiência do aluno, inclusive a intelectual.

Apesar do direito à inclusão - e consequentemente ao AEE - ser reconhecido mundialmente, essa batalha está longe do fim. Se temos que comemorar o aumento das matrículas dessas crianças em salas comuns, também temos de acompanhar e exigir o apoio necessário para que esse processo seja efetivo e que reconheça que todo aluno com deficiência intelectual pode aprender. A deficiência intelectual não tem de ser um problema, mas uma oportunidade de aprender com a diferença.

Confira o quadro abaixo sobre os direitos daqueles que precisam desse apoio pedagógico:


tpe


Fonte: O Globo 

quarta-feira, 25 de abril de 2018

Como as crianças encaram a deficiência

Uma coisa é certa: a maldade e o preconceito estão nos olhos de quem vê.

No vídeo produzido pela ONG francesa Noémi Association, você vai se espantar e se encantar como as crianças enxergam a deficiência física.

Na experiência, país e filhos são convidados a ver um vídeo com pessoas a fazer caretas. A tarefa é imitar todas as caretas que são feitas na tela. No final, aparece uma garota com necessidades especiais e a reação é surpreendente.




Fonte: Vídeos do dia / CONTI Outra

sexta-feira, 20 de abril de 2018

“O lugar da criança com deficiência é na escola regular”, diz Jairo Marques

Jornalista e ativista pela inclusão de pessoas com deficiência fala ao UM BRASIL sobre sociedade, educação e políticas públicas


“O lugar da criança com deficiência é na escola regular”, diz Jairo Marques
“A calçada vai delimitar o que você precisa para enfrentar o mundo. Se a calçada em frente à sua casa for muito esburacada, é preciso uma disposição muito grande para sair”, explica Marques
(Foto: Christian Parente/TUTU)

As pessoas, ainda hoje, questionam a importância da representatividade: não acham necessário uma pessoa com deficiência com um cargo político, por exemplo”, afirma o jornalista Jairo Marques, que é cadeirante e uma das principais vozes no debate sobre a inclusão social de pessoas com deficiência física. “A representatividade é determinante: quando me vejo espelhado em alguém, ganho fôlego para seguir e para lutar por mim mesmo”, explica, em conversa com o jornalista Leandro Beguoci para o canal UM BRASIL.

Colunista da Folha de S.Paulo e autor do livro Malacabado – a história de um jornalista sobre rodas, Marques comenta suas trajetórias pessoal e profissional, a inclusão de crianças com deficiência nas escolas, a acessibilidade das calçadas e os desafios das políticas públicas para as pessoas com necessidades especiais durante a entrevista.

“Se não fosse a cadeira de rodas, talvez você não tivesse vindo tão longe”, observa o jornalista Leandro Beguoci. Marques concorda: “As pessoas costumam ver a cadeira de rodas como algo que prende as pessoas, mas é ela que me faz ir adiante”.

As calçadas das cidades são uma de suas obsessões, conta Marques. “A calçada vai delimitar o que você precisa para enfrentar o mundo. Se a calçada em frente à sua casa for muito esburacada, é preciso uma disposição muito grande para sair”, explica. “Em Três Lagoas, minha cidade natal, as ruas eram de areia, eu saía de casa com muito esforço. Mas eu não via saída: a outra opção era ficar dentro de casa, e isso não era confortável para mim”, diz.

Da calçada à política pública

“Seria importante que houvesse um intenso trabalho de preparação dentro das escolas para a sociedade entender que o lugar da criança com deficiência – com qualquer deficiência – é a escola regular”, defende Marques. “Situações individuais não podem ser descartadas, mas o individual não pode determinar o coletivo. Toda criança com qualquer tipo de deficiência deve estar junto com outras crianças: esse ponto, para mim, é inquestionável.”

Durante a conversa, o jornalista defende que não existe manual para fazer uma escola se tornar inclusiva. “Para fazer essa escola, precisamos do pai, do professor, do diretor e da sociedade”, acredita.

“As pessoas aprendem de formas diferentes. Quando temos uma criança com deficiência em sala de aula, questionamo-nos se ela aprende tudo igual aos outros – mas nós não somos todos idênticos”, defende. “Então, a expectativa é de que a criança com deficiência esteja aprendendo à sua maneira.”

Para o jornalista, a quantidade de pessoas com deficiência no mercado trabalho atualmente, embora esteja muito aquém do que define a lei (para cotas e acessibilidade), é surpreendente. “A inclusão desses profissionais me agrada. Me surpreende ver essas pessoas também construindo famílias: era impensável se colocar como cidadão dessa maneira poucos anos atrás”, conta.

“O que me incomoda é a dificuldade das pessoas de entender o outro. Até hoje tenho de explicar por que preciso de uma vaga especial, uma rampa ou cotas para trabalhar. É um discurso que existe há muito tempo para que as pessoas ainda tenham dúvidas tão básicas.”

Acompanhe a entrevista completa:



Fonte: Fecomercio

quinta-feira, 19 de abril de 2018

Por que alguns bebês nascem com lábio leporino e/ou fenda palatina?

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Lábio leporino é uma divisão no lábio superior, entre a boca e o nariz, que ocorre porque as duas partes do rosto do bebê não se uniram adequadamente durante a gestação. Os tipos de lábio leporino variam desde uma pequena fenda no lábio superior à total separação nos dois lados do lábio, atingindo até o nariz.

A fenda palatina, por sua vez, ocorre quando o palato (o céu da boca) não se fecha completamente. Assim como o lábio leporino, apresenta graus bem variados de intensidade, que vão de uma pequena abertura no chamado palato mole à quase separação completa do céu da boca.

Há indicações de que lábio leporino e fenda palatina sejam hereditários. Quem tem um filho com uma das duas condições, pode acabar tendo um outro também.

Alguns remédios também aumentam o risco, por isso é sempre importante trocar uma ideia com o médico e informá-lo sobre a gravidez quando há necessidade de tomar medicamentos ou de fazer tratamentos.

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Como é o tratamento para uma fissura labiopalatina?


Muitos médicos recomendam que a cirurgia para a reparação do lábio leporino seja feita logo nos primeiros dias de vida do bebê — desde que ele esteja saudável. Há até cirurgiões que optam por fazer a correção nas primeiras horas do pós-parto (o que não é o que caso da fenda palatina).

Apesar de ser uma decisão difícil deixar uma criança tão pequena passar por uma operação, muitos pais e mães preparam-se com antecedência para isso, já que os ultrassons da gestação podem ter revelado o problema previamente (especialmente os em 3D ou 4D).

Os bebês se recuperam rápido da cirurgia e precisam ficar internados entre três e cinco dias. A amamentação pós-cirúrgica é recomendada para que a criança aproveite todos os benefícios do leite materno.

Uma das vantagens de fazer a cirurgia logo é do lado emocional: a mãe fica mais tranquila para investir na amamentação, o que contribui para seu sucesso.

No caso da fenda palatina, a reconstrução normalmente é feita por volta de um ano, porque envolve uma estrutura óssea que não deve ser mexida tão cedo, a fim de não comprometer seu crescimento. Alguns médicos optam por realizar o fechamento da fenda em duas cirurgias, com um intervalo de alguns meses entre as operações.

Assim, é uma das práticas mais usadas corrigir a parte do lábio e do nariz logo depois do nascimento e deixe para fechar o céu da boca depois de cerca de um ano.

Dá para amamentar uma criança que tenha lábio leporino e fenda palatina?


Os bebês precisam criar um vácuo entre a boca e o mamilo da mãe para que consigam mamar bem. Crianças nascidas com lábio leporino podem ter mais dificuldade para fazer a “pega” correta no seio da mãe e criar esse vácuo, o que torna a amamentação um tanto mais complicada.

No entanto, a maioria delas acaba conseguindo mamar no peito, com a ajuda do pediatra e um pouco de criatividade das mães para encontrar uma posição que dê certo.

Lembre-se: cada bebê é de um jeito, e às vezes bebês com o mesmo tipo de lábio leporino têm maior ou menor facilidade para a amamentação.

No caso da fissura palatina, pode ser mais difícil para o bebê conseguir sugar adequadamente. A amamentação geralmente é mais bem-sucedida em crianças que têm uma abertura pequena ou estreita no céu da boca.

Meu filho vai conseguir tomar mamadeira?


Se seu filho não conseguir mamar no peito, você vai ter de recorrer à mamadeira, mas isso não quer dizer que ele não possa se beneficiar do leite materno. Você pode tirar o seu leite e dá-lo ao bebê na mamadeira.

Mas, mesmo para as mamadeiras, o bebê precisa conseguir fechar hermeticamente o espaço entre seus lábios e o bico. Só assim o leite sai no fluxo correto. Algumas crianças conseguem mamar com uma mamadeira e o bico normal.

Em certos casos, porém, é necessário procurar mamadeiras especiais, com bicos maiores, disponíveis em vários locais do país. Esses bicos “fecham” a fenda, facilitando a sucção.

A criança fica com sequelas? O rosto fica deformado para sempre?

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Os resultados estéticos da cirurgia de correção da fenda labiopalatina estão cada vez melhores. Caso a fenda ainda fique muito marcada, há a possibilidade de fazer novas operações, ainda durante a infância, para melhorar o aspecto estético.

O ideal é que seu filho seja acompanhado também por ortodontistas, principalmente no caso de fenda palatina, para monitorar o crescimento do maxilar e dos dentes e o funcionamento da boca em geral. Em algumas crianças, a voz pode ficar anasalada, por isso pode ser aconselhável consultar um fonoaudiólogo.

No caso da fissura palatina, o bebê pode sofrer de otites (infecções no ouvido) com mais frequência, por causa da entrada de líquido no canal do ouvido.

Existem algumas associações locais que prestam atendimento especializado. Pergunte ao seu médico se existe alguma na sua região. É sempre bom conversar com quem já passou pela experiência. Você também ficará mais tranquila se conhecer crianças que tiveram o problema corrigido.

Fonte: brasil.babycenter.com / criancaespecial.com.br

sexta-feira, 13 de abril de 2018

Braile é ferramenta para inclusão social da pessoa cega


Os novos aplicativos que transformam em áudio textos escritos em mídia eletrônica não substituem o braile. O sistema de leitura e escrita pelo tato é fundamental na alfabetização e no processo educacional das pessoas cegas ou com alto comprometimento da visão. A importância desse instrumento de inclusão é lembrada em 8 de abril, Dia Nacional do Braile.

Apesar da facilidade de ouvir os textos, pessoas com deficiência visual afirmam que o sistema inventado pelo francês Louis Braille, em 1827, é imprescindível. A escrita e a leitura são feitas pelo tato e baseiam-se na combinação de seis pontos em relevo, dispostos em duas colunas de três pontos, o que permite a formação de 63 caracteres.

UNIVERSO – No Paraná, de acordo com o censo do IBGE 2010, o número de pessoas que declarou ter deficiência visual chegou a 1,7 milhão. Porém, nas formas severas, que incluem as pessoas cegas e com grande dificuldade de enxergar, o número é de 321,6 mil.

No começo deste ano, a Secretaria da Família e Desenvolvimento Social lançou o Plano dos Direitos da Pessoa com Deficiência (2018 – 2021), com versão em braile. Na versão  digital, disponível na página da Secretaria da Família, com ferramenta que facilita a navegação, e nas outras duas versões impressas, tradicional e para pessoas com baixa visão.

Coordenadora estadual da Política da Pessoa com Deficiência, da Secretaria da Família, Flavia Cordeiro explicou que o objetivo de publicar o plano em várias versões é tornar as informações mais acessíveis possível. “É importante que toda pessoa com deficiência tenha conhecimento de seus direitos e quais são as políticas que podem lhe beneficiar”, explicou Flavia.

O plano é resultado da parceria com representantes de 11 secretarias estaduais e cinco órgãos da administração indireta e contou com a participação da sociedade civil, pelos conselhos municipais e pelo Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Coede).

Em todo o estado, a Secretaria incentiva projetos para pessoas com deficiência. O atendimento é feito por entidades sociais, nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e, em casos especiais, no Centros de Referência Especializado de Assistência Social.

ALFABETIZAÇÃO - O ex-atleta paraolímpico Mário Sérgio Fontes é cego desde os 3 anos. Por volta dos 6 anos, como qualquer criança, começou a frequentar a escola. “Não aprender braile priva o cego da leitura. Quanto mais cedo se aprende, melhor é para o desenvolvimento do tato”, relatou o ex-atleta.

Ler em braile possibilitou a Mário Sérgio concluir o curso de Direito, área em que chegou a trabalhar em escritórios de Curitiba. Porém, Mário não estava satisfeito. Fez vestibular novamente e se formou em Educação Física, pela Universidade Federal do Paraná, em 1990. Porém, sua ligação com o esporte vem desde os anos 80.

“Sou o primeiro professor de educação física cego. Trabalho no que gosto e estou perfeitamente adaptado e feliz”, contou, satisfeito. Hoje, com 60 anos, é técnico da Secretaria Estadual de Esporte e Turismo, responsável pelo paradesporto no Paraná, e membro do Comitê Paraolímpico Brasileiro.

Em 1984, Mário Sérgio participou da criação da Associação Brasileira de Desportos para Cegos (ABDC), o que garantiu a participação de deficientes visuais na Paraolimpíada de Nova York. Também foi representante brasileiro no subcomitê de Futebol de 5 da Federação Internacional de Esportes para Cegos, na Paraolimpíada do Rio.


ESTUDOS – O sociólogo Ivã de Pádua perdeu completamente a visão aos 8 anos, devido ao glaucoma. Hoje, aos 38 anos, faz mestrado em Educação e acumula duas especializações, em políticas públicas e em educação especial. Também ocupa o cargo de coordenação de imprensa e divulgação, da Associação Cascavelense de Pessoas com Deficiência Visual – Acadevi, em Cascavel.

O braile foi fundamental para Ivã seguir os estudos acadêmicos. “Aprendi espanhol e agora estou aprendendo inglês. Sem o braile seria impossível conhecer a grafia das palavras dessas línguas e mesmo da língua portuguesa”, contou Ivã. Ele faz questão da impressora braile e outros equipamentos que transformam textos em português para braile.

Ivã é conselheiro do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência. O conselho, composto por 12 membros ligados ao governo do estado e a mesma quantidade de pessoas da sociedade civil, participou ativamente da elaboração do Plano dos Direitos da Pessoa com Deficiência.

DATA – O dia 8 de abril foi escolhido como o Dia Nacional do Braile em homenagem ao nascimento de José Álvares de Azevedo, o primeiro professor cego brasileiro. Azevedo tinha deficiência visual desde o nascimento e estudou o método em Paris.

Fonte: www.desenvolvimentosocial.pr.gov.br

quinta-feira, 12 de abril de 2018

Atividades de ortografia para crianças com deficiência



A ortografia é um campo que merece total atenção no processo de alfabetização. A atividade não deve ser mecânica, pois o que está em jogo é um complexo grupo de signos que influencia todas as pessoas que usam um idioma para se comunicar. Além disso, quando a criança consegue dominar todo esse sistema, ela tende a permitir o seu próprio desenvolvimento, sobretudo no que se refere a funções comportamentais.

Há um bom tempo que o ensino da ortografia abandonou as cartilhas e passou a ser mais dinâmico devido à dimensão significativa que a linguagem exerce na vida de todos. No caso de crianças que apresentam alguma deficiência intelectual, por exemplo, existem estratégias que possibilitam o aprendizado dos alunos.


Qual o primeiro passo?


A etapa inicial deve ser o planejamento da sala de aula em que o aluno vai estudar. É importante que o local seja propício para a atenção que a criança precisará ter. A partir disso, outros fatores podem influenciar no desempenho que os pequenos terão nas atividades de ortografia.

Materiais complementares para o ensino ortográfico


A equipe de educadores pode fornecer uma série de elementos que tendem a ajudar os estudantes com deficiência. O uso de jogos de tabuleiro, jogos de memória e quebra-cabeça significa uma excelente maneira de ensiná-los.

Quais são as atividades mais utilizadas?

  • Caça-palavras;
  • Caça-letras;
  • Ligar uma palavra à outra e formar frases;
  • Cirandas (que permitam ao aluno o aprendizado);
  • Aulas musicadas (principalmente músicas que fazem parte do cotidiano da criança);
  • Teatro de fantoches (enfatizando o caráter pedagógico do pequeno);
  • Outras dinâmicas que favoreçam o contato de todos os alunos e incentivem o conhecimento ortográfico.


Conhecendo o aluno


A observação é um aspecto muito importante, pois somente desta maneira o educador saberá identificar quais são os obstáculos educacionais enfrentados pelo aluno. O ato de observar o comportamento da criança durante o aprendizado é uma forma de conhecer suas necessidades e o que é mais solicitado por sua demanda.

Ensinar brincando


Além de todo um planejamento pedagógico eficaz, os professores precisam incentivar a aprendizagem dos estudantes por meio de músicas, brincadeiras orais, ditados, etc. Tudo isso ajuda na assimilação ortográfica da criança. Esse conjunto de signos precisa de tais estímulos.
Algumas atividades, por exemplo, são completamente aconselháveis para induzir a criança.

E se o pequeno tiver muita dificuldade para assimilação?


A escola deve manter contato constante com os pais e os terapeutas. Essa comunicação é importante para as situações em que o pequeno não consegue assimilar muito bem o conteúdo.

Que profissionais devo procurar?


Os pais devem solicitar ajuda de uma equipe que seja multidisciplinar. Alguns dos especialistas que contribuem nessa missão são os neuropediatras, os psicopedagogos, os analistas comportamentais, os pedagogos, os fonoaudiólogos e os psicólogos.

Notem uma grande variedade de áreas que estão ligadas. Isto se deve ao fato de que o comportamento, a cognição e outros aspectos da criança estão sujeitos à aprendizagem pedagógica; e com a ortografia não é diferente.

Fontes consultadas:
http://www.construirnoticias.com.br/pelos-caminhos-da-ortografia/
https://novaescola.org.br/conteudo/440/formas-criativas-estimular-mente-deficientes-intelectuais

sexta-feira, 6 de abril de 2018

Os desafios de uma mãe para incluir seu filho autista na escola

A história de Marinez e seu filho Isac nos mostra como ainda é difícil a inclusão das crianças com autismo no Brasil


Por Paula Peres para o novaescola.org.br

Marinez e seu filho Isac, de oito anos, diagnosticado com autismo. Crédito: Acervo pessoal

Nesta segunda-feira (2), Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, Isac, um menino de oito anos e diagnosticado com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) desde os 3, irá para a escola pela primeira vez em 2018. O motivo: Isac está sem transporte especial, apesar de ter direito a ele, de acordo com o Estatuto da Criança com Deficiência. Sua mãe, Marinez Lourenço, de 36 anos, terá que fazer o trajeto de transporte público. “É muito ruim andar de ônibus com ele. Ele não gosta de esperar no ponto, se joga no chão, se agride, eu tenho que levar a minha bolsa e as coisas dele todas no meu colo”, conta.

Isac mora com os pais no Capão Redondo, na periferia da zona sul de São Paulo, e estuda na EMEF José Saramago, a pouco mais de cinco quilômetros de distância. Desde que recebeu o diagnóstico do filho, a vida de Marinez mudou completamente. A matrícula em uma escola regular, garantida na Lei Brasileira de Inclusão a todas as crianças com deficiência desde 2015, foi a etapa mais simples. “Fui a uma defensora pública e escolhi uma escola perto de casa”, lembra. Marinez largou seu emprego como gerente em um restaurante para se dedicar ao filho, que até então estudava em uma creche particular. Atualmente, a família sobrevive com o salário do pai de Isac, que recebe cerca de R$ 1.500 mensais.

Por ter optado pela escola ao fazer a matrícula, Marinez foi informada de que não teria direito ao transporte escolar - porque “morava perto demais”. A salvação de Isac foi sua mãe saber que, quando se trata de uma criança com deficiência, a prefeitura deve arcar com o transporte para a escola e para o tratamento médico, mesmo em distâncias menores.

Essa foi a primeira de muitas brigas. Atualmente, Isac não tem transporte especial porque enfrentou problemas com o motorista em 2017. “Ele faltava muito, e a gente sabe que a rotina é fundamental na vida de uma criança com autismo. Não dá para o Isac faltar na escola”, explica Marinez. Ela pediu um novo motorista à Diretoria Regional de Ensino, mas no momento de renovar o contrato, o motorista era o mesmo. “Eu disse que não aceitaria aquele motorista, e eles pediram para eu assinar um termo de próprio punho dizendo que eu abria mão do transporte. Claro que não assinei”, lembra. A Diretoria Regional de Ensino de Campo Limpo, que atende Marinez, disse através da assessoria de imprensa que "o transporte escolar foi oferecido e está à disposição do aluno".

De acordo com dados do Censo Escolar de 2017, o Brasil vem avançando na matrícula de alunos com deficiência nas escolas regulares: foram mais de 827 mil alunos na Educação Básica. O índice de inclusão de pessoas com deficiência em classes regulares chegou a 90,9%.

A história de Isac mostra que incluir não é apenas matricular, e nos faz questionar: em que condições essa inclusão está acontecendo? O mesmo Censo Escolar aponta que somente 40,1% dos alunos com deficiência têm acesso ao Atendimento Educacional Especializado (AEE), previsto em lei. “Desde a primeira liminar judicial para que ele tivesse uma vaga na Educação Infantil eu venho lutando junto com a defensoria pública para que nossos direitos sejam respeitados”, desabafa Marinez.

A rotina de mãe e filho é agitada. No período da manhã, Isac vai para a EMEF José Saramago, onde participa das aulas regulares. Volta para casa para almoçar, e as atividades do contraturno acontecem em outra escola, às segundas e quartas-feiras. Às terças, Isac ainda tem encontros com a fonoaudióloga. Como muitas crianças de sua idade, o menino adora tecnologia. Os momentos na sala de informática são seus preferidos. Porém, quando a aula acaba, Isac expressa sua tristeza através de suas “crises”: balançando-se muito, jogando-se no chão. “Ele também tem crises quando tenta se comunicar e não consegue. Mas é um menino muito carinhoso, gosta de abraçar, aceita o toque das pessoas”, conta Heloize de Sousa Alves, assistente de direção na EMEF José Saramago.

Isac na sala de aula fazendo uma atividade para identificar quantidades. Crédito: Acervo pessoal
A escola em que Isac estuda é um pólo bilíngue para surdos. São 1100 alunos matriculados, dos quais 58 são surdos e 47 têm outras deficiências. Um grande número de casos de inclusão, portanto. Por conta disso, o projeto pedagógico da escola oferece aulas de LIBRAS para os alunos ouvintes, e a formação continuada dos professores, até 2017, era toda voltada ao estudo de deficiências. Mesmo em uma unidade que oferece muito mais apoio do que o que é comum, os percalços ainda existem.

A inclusão nas pequenas tarefas

“Meu filho é autista. No laudo, fala que ele tem dependência de um adulto para tudo. Ele não é verbal, não vai ao banheiro sozinho. Além do auxiliar pedagógico, ele precisa de um auxiliar de vida escolar (AVE) sempre por perto”, explica Marinez. Esse profissional, característico da rede municipal de São Paulo, tem as tarefas de um cuidador. “Ele auxilia na alimentação quando a criança não tem autonomia, troca a fralda das que usam, fica responsável por essas atividades cotidianas”, explica Heloize. 

Cada profissional, na EMEF, cuida de aproximadamente sete crianças. Além do volume de trabalho, Marinez questiona a rotatividade da função, que novamente prejudica crianças que precisam de estabilidade para progredir em seus aprendizados. “Eles mandam um auxiliar que não tem um contato fixo, em geral um estagiário, que fica quatro horas por dia. Não tem como criar um vínculo desse jeito: quando ele começa a desenvolver, a pessoa sai”, reclama.

Ela já viu seu filho sentado, no intervalo, olhando para uma laranja que não estava descascada. Isac não tem coordenação suficiente para descascar uma laranja por conta própria, e não havia quem pudesse ajudá-lo. “Que inclusão é essa que meu filho que adora laranja não tem o direito de comê-la?”

O diretor da escola, Anderson Severiano Gomes, explica que Marinez estranhou porque, na Educação Infantil, seu filho tinha um profissional de AVE praticamente em tempo integral. Já na EMEF, por questões de rotina e volume de alunos, os assistentes são focados em auxiliar nos momentos de alimentação e higiene. “São mais de mil alunos, quase 100 com alguma deficiência. É uma tarefa hercúlea a desses profissionais, e no dia a dia de uma escola, é comum que algumas coisas fujam ao controle algumas vezes”, diz ele.

A professora Silvana Drago, responsável pelas políticas de Educação especial na rede municipal de São Paulo, explica que a necessidade do AVE é avaliada por um grupo de profissionais. "Existe uma ideia de que uma criança de inclusão precisa de um cuidador, mas nós acreditamos que a responsabilidade pelos cuidados com aquela criança deve ser compartilhada por toda a escola. Nosso objetivo é a autonomia do aluno. Se a criança precisa de uma tutela, isso não é inclusão”, defende.

Falta formação docente especializada

Quando Isac ainda estava na Educação Infantil, Marinez foi visitar a escola - costume que mantém até hoje - e viu que seu filho estava isolado das outras crianças. “Eles davam peças de lego para o Isac e ele gostava de separar por cores. Enquanto isso, as outras crianças estavam brincando. Pensei ‘Estão excluindo o meu filho na escola, isso não está certo’”.

Seu olhar atento não deixa passar nenhum detalhe sobre as atividades do filho. Ela sabe se ele está interagindo, com quem, se o auxiliar pedagógico está fazendo um bom trabalho, como as professoras precisam conversar com ele. Tudo isso pode incomodar, como no episódio da laranja mencionado acima, mas Heloize garante que o trabalho é de parceria. “Há 3 anos ela estabeleceu uma relação muito próxima conosco. Eu acompanho as atividades do Isac e estou sempre contando o que aconteceu, mandando fotos para que ela se sinta segura e veja que estamos cuidando dele”, conta.

Em 2017, Heloize era coordenadora pedagógica e supervisora dos estagiários da escola. Ela desenvolveu, com a equipe, materiais adaptados para Isac e as demais crianças com deficiência. “Fizemos uma pesquisa e montamos caixas de encaixe, formas geométricas, figuras com cores, muitos materiais de pano e velcro, como um caderno em que Isac podia identificar as figuras e colocar na sua rotina”, conta. Tudo era experimentado para ver o que funcionava e o que não funcionava. “As estagiárias anotavam em seus cadernos qual atividade Isac tinha feito naquele dia e qual tinha sido o resultado, se ele gostou, se ele repetiu”, lembra Heloiza. O caderno, de acordo com Anderson, foi um marco para a escola e para Isac. “Nós vimos avanço. Ele passou a reconhecer as figuras da sua rotina, a se organizar melhor dentro da escola, foi uma vitória para todos”, comemora.

A equipe da escola elaborou um caderno de pano para Isac assimilar as atividades de sua rotina. Crédito: Anderson Severiano Gomes
O segundo grande avanço de Isac foi participar de um passeio com a escola pela primeira vez. “Marinez estava com muito medo, chorou algumas vezes. Fiquei três dias negociando para que ela autorizasse”, lembra Heloize. No passeio, Isac interagiu com os amigos e participou das atividades, tudo registrado pela assistente de direção e compartilhado com a mãe.

Mesmo com avanços por parte da equipe, nem Marinez nem a própria Heloize deixam de pontuar a necessidade de profissionais melhor formados para lidar com aquela realidade. Muitas vezes, as próprias auxiliares pedagógicas, que são na verdade estagiárias, ficam assustadas com Isac e desistem do estágio. “Se fosse um profissional especializado, estaria mais preparado”, comenta Marinez.

Heloize vê na formação dos professores o grande gargalo para que a inclusão aconteça na prática. “Na faculdade, fala-se sobre inclusão de uma maneira muito abrangente. Não estudamos especificamente o que cada deficiência precisa, isso a gente só descobre no dia a dia”, relata a docente, que está fazendo uma especialização sobre autismo justamente por causa de Isac e de sua mãe. “A Marinez sempre falou que precisamos de pessoas preparadas para lidar com essa realidade, e eu achava um exagero. Hoje, nas aulas da especialização, vejo que ela tem razão”.

De acordo com a professora Silvana, todos os estagiários da rede municipal de São Paulo recebem formação específica sobre inclusão mensalmente, através do Cefai. “Essa formação traz informações importantes, tanto sobre os direitos das crianças quanto o olhar pedagógico das intervenções necessárias em sala de aula”.

Quando perguntada sobre aonde quer chegar com todos os esforços para manter Isac matriculado e frequentando a escola regular, Marinez hesita. “Não sei. Sei que ele vem melhorando cada vez mais. Ano passado para mim foi um marco, eu vi a socialização dele com os colegas, cumprimentando o professor, foi a inclusão dos sonhos. Eu vejo que a escola, a direção querem fazer a inclusão, mas esbarram nesses problemas de burocracia. Eu só quero que o Isac se desenvolva de acordo com os seus limites. Prefiro errar tentando”.

quarta-feira, 4 de abril de 2018

Dia do autismo: acreditamos num mundo baseado na inclusão e na tolerância

Um dos maiores problemas que surgem em relação ao autismo é a falta de integração e conscientização por parte da sociedade. Temos que fazer o possível para melhorar a situação


Dia do autismo: acreditamos num mundo baseado na inclusão e na tolerância
No dia 2 de abril celebramos o dia mundial de conscientização do autismo.
Todos os pais e mães encarregados de criar e educar uma criança diagnosticada com este transtorno sabem que não é fácil, que é duro, mas que, ainda assim, os triunfos pessoais lhes oferecem estímulo diariamente.

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é diagnosticado em uma de cada 68 pessoas. No entanto, e considerando o amplo grau com que pode afetar a cada indivíduo, podemos ter adultos que recebem seu diagnóstico em uma idade muito avançada.

Estamos diante de um transtorno do neuro-desenvolvimento caracterizado sobretudo pela alteração da interação social e da comunicação, que necessita, antes de tudo, ser detectado o quanto antes para ajudar a criança a desenvolver o máximo de suas capacidades.

A principal finalidade, como em todos os casos, é facilitar sua total inclusão para que possa levar uma vida feliz, o mais autônoma possível, sentindo-se parte da sociedade. Por isso, é necessário que todos estejamos conscientes.

O autismo e a necessidade de “tornar visível o invisível”


Para uma família, nunca é fácil chegar a correlacionar as particularidades de seu filho com o autismo. Associações de especialistas e pacientes nos indicam que muitos pais podem chegar a pensar que seus filhos têm um problema de audição, ou uma personalidade muito difícil.

Por isso, como pais, devemos ser muito observadores e sensíveis diante das seguintes características, que poderiam ser as primeiras pistas do transtorno de espectro autista.

Primeiros sintomas

  • A criança não mantém contato visual.
  • Chora sem razão aparente e é muito complicado acalmá-la.
  • Quando o bebê chega aos 3 meses, já é normal que responda ao “sorriso social”. No entanto, a criança autista não demonstra este gesto tão importante.
  • Não responde quando a chamamos pelo nome.
  • Não imitam e, quando brincam, passam muito tempo alinhando os brinquedos.
  • Demoram muito para adquirir as competências comunicativas. Podem chegar aos dois anos pronunciando apenas umas quatro palavras.
  • Não respondem a ordens.
  • Ficam incomodados com sons fortes ou inesperados, assim como com determinadas cores, texturas ou até sabores.
  • Podem apresentar certo atraso na hora de andar, assim como na motricidade fina.
  • Podem apresentar distúrbios do sono, de alimentação, do controle de esfíncteres…

Aspectos que a sociedade deve saber sobre as crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA)


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Muitas pessoas podem pensar que as crianças autistas são gênios com comportamentos antissociais. Isso não é correto; essa regra nem sempre se aplica.

Nenhuma criança autista é igual. Dependendo do grau em que se encontre, terá mais ou menos limitações, atitudes ou aspectos a melhorar.

  • Há pessoas que chegam à idade adulta sem saber que estão dentro do espectro do autismo. Apesar de se sentirem diferentes, sobretudo no plano social, aprenderam a se adaptar, mas sentindo muitas dificuldades cotidianas sem saber por quê.
  • As crianças autistas não são gênios. Às vezes, podem apresentar uma notável aptidão para uma área: desenho, matemática… No entanto, existem também crianças com limitações muito graves, em que não chegam a desenvolver sequer habilidades comunicativas.
  • Outro dado que devemos ter em conta sobre o autismo é que, atualmente, não se conhece a etiologia. Durante algum tempo, achou-se que a causa do autismo se devia ao padrão educacional da família. Algo completamente falso.

Existe um falso mito que também devemos descartar. As crianças autistas não evitam o afeto nem odeiam o contato físico. A maioria é muito apegada aos seus pais e sofre com a rejeição social, como qualquer um de nós.

As crianças autistas têm emoções e, portanto, devemos facilitar sua inclusão, seu reconhecimento e sua felicidade.

Integrar a criança autista é tarefa de todos


Mãe abraçando criança autista

Todos somos agentes educadores em nossa sociedade. É essencial atuar como facilitadores em nossos contextos mais próximos para que todos se sintam integrados, valorizados e respeitados.

  • Em primeiro lugar, necessitamos que as famílias acessem a toda a informação e a todos os recursos com os quais entender e satisfazer as necessidades de seus filhos.
  • Em segundo lugar, nas escolas, não basta atender a suas “particularidades educativas”. Precisamos dar um passo além e praticar a inclusão, ou seja, conseguir que a criança autista tenha uma vida o mais normal possível dentro da classe.
  • Por sua vez, as demais instituições, como as sanitárias e laborais, devem ser sensíveis diante das crianças autistas. Cada pessoa é um mundo e tem suas particularidades.
Se as atendermos da maneira correta, podem ser pessoas com grande potencial (ainda que, infelizmente, e segundo dados das próprias associações, 80% deles estejam desempregados).

Portanto, é necessário nos conscientizarmos e sermos receptivos diante desse e de outros grupos para que façamos de nosso mundo um lugar onde todos sejamos importantes. Em que cada pessoa conta.