O pediatra Byron Emanuel de Oliveira Ramos palestrou durante o evento (Fotos: Jadílson Simões)
ECA
A deputada lembrou que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que completou recentemente 28 anos, mas até hoje não foi implementado.“É uma lei que sofre profundos preconceitos; é você ter um conceito ser ver na verdade qual a concepção científica correta, cheia de estigma, de rótulos e discriminação. A interpretação do Estatuto por alguns segmentos da sociedade, os conservadores, reproduz toda a discriminação e o processo de exploração que a própria sociedade vive. Nós precisamos estar discutindo que prioridade é essa porque o Estatuto diz que a criança e o adolescente precisam ter prioridade absoluta, mas vemos crianças nos semáforos, crianças passando fome, abandonadas e as que tem algum tipo de transtorno o processo de discriminação é maior ainda porque a maioria pertence às camadas populares e em geral se tem uma sociedade subescolarizadas em que as informações não são interpretadas corretamente, mesmo pelas redes sociais e aí as crianças sofrem duplamente”, afirma destacando a importância da audiência com pediatra, psicopedagoga e psicóloga para que se comece a tematizar a questão da criança com transtorno.
Conceitos e preconceitos
Em sua fala, o médico Byron Ramos destacou a questão do preconceito, que segundo ele, é igual ao que acontece no Oriente e todos têm conhecimento. “Sei que é uma difícil trajetória, mas cada um vai fazendo o seu papel. Os conceitos e preconceitos referentes à Saúde Mental de Crianças e Adolescentes, passam pelo ato de cuidar, da individualidade, potencialidades e sexualidade. Isso porque as pessoas com deficiências, independente do grau destas, têm um potencial ilimitado para se tornar não o que nós queremos que sejam, mas o que eles desejam”, ressalta.
Dr Byron participou do evento
Ele enfatizou que, “cada pessoa com deficiência é diferente dos outros e que, independente do rótulo que lhe seja imposto para a convivência de outras pessoas, ele ainda assim é uma pessoa única. Não existem duas crianças com deficiência intelectual que sejam iguais ou dois adultos surdos que respondam e reajam da mesma forma”.
Na oportunidade, o deputado Capitão Samuel ressaltou que “debater o tema sobre crianças e adolescentes é debater o nosso futuro e em relação à saúde mental, eu tenho estudado o problema das drogas e querendo saber qual o papel do estado, pois a sociedade está se perdendo na violência, no respeito, a instituição família se perdendo na forma de conduzir. A gente fala, debate e parece que nada se resolve para entender a destruição das famílias e o que facilitou os jovens a ter problemas com as drogas”.
Mesa
A mesa foi composta pela presidente da Frente Parlamentar em Defesa de Direitos da Criança e do Adolescente, a deputada Ana Lúcia Vieira, o deputado Capitão Samuel Barreto (PSC), o vereador Lucas Aribé (PSB), médico pediatra, professor aposentado da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e ex-presidente do Departamento de Saúde Escolar da Sociedade Brasileira de Pediatria, Byron Emanuel de Oliveira Ramos; a Dra Angélica Piovesan, Doutora em Educação, Neuropsicóloga clínica, psicóloga e coordenadora do curso de psicologia da Universidade Tiradentes (UNIT) e a professora Margarida Maria Teles, Mestre em Educação pela Universidade Federal de Sergipe, Pós – Graduada em Psicomotricidade/ Universidade Federal de Sergipe e em Atendimento Educacional Especializado-AEE pela Universidade Federal do Ceará.
No plenário e nas galerias, representantes de secretarias de ação social, de educação e de saúde de vários municípios sergipanos, pais de crianças com distúrbios mentais e representantes de órgãos que trabalham com crianças e adolescentes no Estado de Sergipe.
Fonte: Rede Alese
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