Avaliar o impacto do distanciamento social causado pela pandemia do novo coronavírus em crianças e adolescentes, entre 3 e 17 anos, com deficiência motora ou intelectual, é o objetivo de uma pesquisa desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia (PPGFt) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
Imagem de Nathan Anderson por Unsplash
De acordo com Beatriz Helena Brugnaro, doutoranda que vai liderar o projeto, no período de distanciamento social, quando a maioria das crianças e adolescentes com deficiência motora ou intelectual está longe das escolas e terapias, pode haver mudanças na participação delas nas atividades em casa, no nível de atividade física e no desenvolvimento motor.
O estudo parte da hipótese de que a participação de crianças e adolescentes nas atividades domésticas aumente, visto que o tempo em que eles estão com a família é maior. Já o nível de atividade física e o desempenho motor devem diminuir, considerando a inatividade física decorrente do distanciamento social. “O estudo pretende entender quais mudanças estão acontecendo e, então, elaborar orientações e intervenções de modo a minimizar os impactos negativos do momento junto a esse público”, explica a pesquisadora da UFSCar.
Para a realização do estudo sobre o impacto do distanciamento social, estão sendo convidados pais ou responsáveis de crianças e adolescentes com idade entre 3 e 17 anos, que tenham deficiência motora ou intelectual e capacidade de andar sozinhos ou com dispositivo de auxílio. Os voluntários participarão de avaliações online e via telefone, com início imediato. Os contatos se repetirão daqui dois meses e, também, dois meses após o retorno ao convívio social.
As orientações fornecidas pelos pesquisadores, por meio de cartilhas e conversas com as famílias, vão incentivar a participação de crianças e adolescentes na rotina diária da casa e a manutenção de um estilo de vida fisicamente ativo.
Os interessados em participar devem contatar a pesquisadora Beatriz Brugnaro, pelo telefone (19) 99758-1342 (WhatsApp) ou pelo e-mail bia10.helena@gmail.com, enquanto o distanciamento social for recomendado no Brasil. A recomendação é que o contato seja feito o quanto antes.
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