"Arte de Incluir" é uma iniciativa da ONG Associação Fortaleza Down que abrange diversos campos artísticos de jovens com e sem síndrome de Down; projeto está em atividade desde setembro
Pedro Igor/Especial para O POVO
Uma iniciativa social em Fortaleza promove, desde setembro, um projeto para inclusão de jovens com síndrome de Down por meio da arte. O projeto “Arte de Incluir" é uma realização da ONG Associação Fortaleza Down, que conta com uma extensa programação de oficinas em artes plásticas, teatro, dança, fotografia e canto, entre outras expressões artísticas.
Com aulas práticas e teóricas, o projeto se utiliza de uma metodologia inclusiva para participação de jovens com e sem síndrome de Down. Também como parte do projeto serão realizados dois festivais de arte inclusiva, em novembro deste ano, com um espetáculo de palco, e em março do ano que vem.
Com slogan “Queremos ser felizes com música e arte!”, o projeto “Arte de Incluir” busca desenvolver o talento e as habilidades artísticas dos alunos participantes. As atividades começaram semanalmente em setembro e devem seguir até março do ano que vem Participam do projeto alunos com e sem síndrome de Down, a partir dos 15 anos. O objetivo é promover a socialização e a inclusão de todos.
Por meio de uma parceria com a escola de artes The Biz, a Associação Fortaleza Down conseguiu que o “Arte de Incluir” integrasse o espetáculo internacional "All Together Now", uma realização da Music Theatre International (MTI). A escola The Biz é associada ao MTI e é onde acontecem os cursos e oficinas do “Arte de Incluir”. A atividade é uma montagem de palco conjunta e inclusiva.
60 alunos participam do evento, sendo 28 deles com síndrome de Down. “É um momento único para eles, porque além de estarem entrando em contato com a arte, eles estão se ressocializando", comenta Alessandra Costa, vice-presidente da Associação Fortaleza Down. Costa destaca também que pessoas com síndrome de Down fazem parte do grupo de risco, o que dificulta sua socialização no atual contexto de retomada das atividades.
O projeto também iniciará sua segunda fase em dezembro deste ano, quando deve ser realizada uma exposição fotográfica com trabalhos originais dos participantes das oficinas. Também um segundo festival deve ser realizado em março. A previsão é que o evento aconteça no dia 21 de Março, Dia Internacional da Síndrome de Down, de acordo com a vice-presidente da associação.
Com este projeto, Alessandra também destaca o desafio no nascimento de uma criança especial: “A partir dali, também nascem dúvidas, desafios, medos e várias outras necessidades. É aí que também vem o desejo de se unir a outras pessoas, que compartilham dos mesmos sentimentos. A troca de experiências e a ajuda mútua são de extrema importância”.
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