Eventos voltados ao mundo corporativo marcaram a semana do Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência (21/09)
Por Cláudio Marques — Para o Prática ESG, de São Paulo
Uma deficiência define uma pessoa? No mundo corporativo, empresas cada vez mais acreditam que não e criam programas não apenas para contratar profissionais com essa característica, incluindo pessoas com autismo, por exemplo, como também para desenvolver suas carreiras. Duas iniciativas marcadas para a semana em que se celebra o Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência demonstraram que o tema está na pauta das organizações: a terceira edição da Inclui PCD, feira online gratuita de empregabilidade para Pessoas com Deficiência (PCDs), realizada pela Egalite, e o lançamento, pelo Instituto Olga Kos, da Ecok – ferramenta com métricas para certificar empresas com políticas sociais inclusivas.
Estima-se, com base em dados do último censo, que há no Brasil cerca de 45 milhões de pessoas com deficiência. Quando se faz o recorte de pessoas em idade de trabalho, esse número cai e pode chegar a 20 milhões. “Os últimos dados da RAIS falam em 489 mil pessoas incluídas no mercado de trabalho, e a Lei de Cotas gera cerca de 1 milhão de vagas. Então, estamos abaixo de 50% do que se poderia ter com base na legislação”, afirma Guilherme Braga, CEO da Egalite e da Inclui PCD, que aconteceu até 22/09. Neste ano, a feira ofereceu 9 mil vagas para PCDs. Segundo Braga, o objetivo do evento é colocar foco no protagonismo e na carreira das pessoas com deficiência. “É virar a página da lei de cotas”, acrescenta.
Trata-se, portanto, de se instalar uma mudança de cultura nas corporações, para que se passe a discutir talentos, competências e habilidades em vez de se pensar apenas no cumprimento de metas.
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