Sabia que a educação é um direito universal? Assegurado por lei, o acesso a esse importante passo deve ser oferecido a todo e qualquer ser humano, inclusive àquelas pessoas que necessitam de acompanhamentos e adaptações para a fruição do conteúdo exposto.
O assunto desse artigo desta vez vai dar ênfase aos alunos com deficiência intelectual, cuja experiência com informações e atividades pedagógicas deve ser adquirida de forma efetiva e garanta desenvolvimentos de algumas habilidades.
Professores capacitados: o ponto de partida
Antes de traçar currículos adequados e adaptados às demandas dos alunos acolhidos, é necessário chamar a atenção para a presença imprescindível dos educadores na sala de aula. Sabe-se que a capacitação desses grandes profissionais é o elemento-chave na elucidação de tarefas e didáticas que possibilitem o sucesso de métodos de ensino.
No entanto, é notória a pluralidade da educação no Brasil. Isso reflete muito na vida dos alunos com deficiência intelectual. Tomemos como exemplo o João, aluno de uma escola que conta com professores prontos para lidarem com essa situação. João terá muito mais chances de se desenvolver por meio de programas que valorizem o acesso à educação.
Na outra ponta, temos o Pedro, estudante que também convive com o mesmo grau de deficiência intelectual. No entanto, sua escola não tem professores capacitados para ensiná-lo. Os resultados apresentados por João podem ser mais satisfatórios do que os mostrados por Pedro.
O ponto de partida para a aplicação de atividades adaptadas está justamente na capacitação dos professores e no engajamento que a escola dá a essas crianças ou adolescentes.
Dicas de atividades voltadas para alunos com deficiência
– O uso de itens como fita crepe, tintas, carrinhos, carimbos e massinha é ideal para estimular a coordenação viso-motora; e aprimorar as habilidades de preensão;
– Uso de pastas com plástico, atividades em sulfite envoltas em papel contact e canetão de lousa branca para que o pequeno risque, brinque e apague, promovendo a psicomotricidade do aluno;
– Utilização objetos reais e do cotidiano para o desenvolvimento de percepções e compreensão de medidas e suas variações de maneira eficaz, valorizando os registros por meio de desenho para posteriormente atribuir significado numérico;
– Utilize brinquedos que possam incentivar a leitura, a associação de palavras e dos objetos e a categorização;
– Personagens do universo infantil e que desperte interesse na criança. Isso pode fazer com que ela desenhe e construa tanto o seu silabário quanto os jogos temáticos, o que favorece a alfabetização;
– Utilização do Geoplano para o desenvolvimento de aspectos de percepção, elaboração, espaço, formas e medidas, reprodução de imagens;
– Interessante usar objetos do interesse e de coleções da criança para categorização, classificação, agrupamento, ordenação, noções de conjunto e quantidade;
– Os encartes de revistas são excelentes para a criação de quebra-cabeças, além de possibilitar percepções de posições no espaço.
Como deve ser a comunicação para eles?
Bom, neste caso a forma de expor alguma situação, explicar determinada tarefa e até mesmo dar alguma ordem deve se pautar sempre no bom senso. É necessário que o educador conheça a intensidade do grau de deficiência intelectual do aluno para saber como abordá-lo.
A partir desse ponto, a comunicação adequada passa a ser aquela que não utilize sentido figurado, metáforas e quaisquer figuras de linguagem que possam confundi-los. Procure sempre usar o sentido literal, ou seja, a denotação para tornar tudo mais acessível ao aluno. Lembrando que a deficiência intelectual, muitas vezes, pode impedir que a pessoa tenha discernimentos. Portanto, falar como algo é de fato é sempre o melhor caminho.
Converse com os pais de seu aluno, procure saber os detalhes que farão toda a diferença no aprendizado e na experiência do estudante.
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