Mais de 90 mil alunos da Rede Municipal de Teresina estão realizando suas atividades pedagógicas em casa, desde a suspensão das aulas presenciais como medida de proteção contra o coronavírus. Nesse novo contexto de aulas não presenciais, a Prefeitura de Teresina encontrou uma forma de continuar apoiando os alunos com deficiência no desenvolvimento de suas habilidades.
A Divisão de Educação Inclusiva da Secretaria Municipal de Educação (Semec) e as unidades de ensino enviaram para casa dos alunos especiais kits escolares com material concreto para que sejam executadas as atividades sugeridas. Esse é o mesmo tipo de material utilizado por eles nas escolas, sendo uma importante ferramenta de aprendizagem.
A turma também participa das atividades online, responde as tarefas impressas e assiste as aulas transmitidas pela TV. A ideia é oferecer a maior quantidade de plataformas para acesso aos conteúdos e garantir um ritmo de aprendizagem. A educação inclusiva oferece, ainda, o acompanhamento dos professores de AEE (Atendimento Educacional Especializado), que orientam as famílias no uso do material dourado, jogos e outros elementos que foram enviados nos kits.
Segundo Samara Moura, chefe da Divisão de Educação Inclusiva, cada criança recebeu um material adaptado para sua condição, mas os pais também estão recebendo dicas de tarefas para realizar com material que têm em casa.
“Mantemos nas escolas da Prefeitura um planejamento para o desenvolvimento cognitivo desses alunos, e mesmo em meio às dificuldades causadas pela pandemia, tentamos levar para eles exercícios complementares ao regime de atividades não presenciais, de acordo com suas individualidades. Passamos dicas de tarefas que podem ser feitas com o que tem em casa, como garrafas, folhas, carvão, cerâmica e etc, tudo com intencionalidades ligadas às habilidades. Os pais e professores são nossos grandes aliados”, disse Samara.
A professora Leila Santos acompanha 18 alunos da Rede Municipal, todos com autismo. Ela conta que têm sido um grande desafio, mas o retorno é positivo. “Tenho contato online com as famílias e com as crianças, orientando sobre como organizar a rotina e conciliar as atividades pedagógicas com as terapias. Tivemos mesmo que nos reinventar para utilizar a tecnologia a nosso favor, e eles se dão muito bem, recebo depoimentos emocionantes dos pais”, afirma a professora.
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