Nas escolas públicas, 31% dos alunos com deficiência não conseguiram acompanhar as atividades após o retorno presencial no fim do ano passado.
Por Thaiza Pauluze, GloboNews — São Paulo
Com a vacinação em massa e a melhora dos indicadores da pandemia, a retomada das aulas presenciais no fim do ano passado trouxe otimismo para os estudantes, mas crianças e jovens com deficiência se sentem mais despreparadas para o retorno e têm mais risco de abandono escolar (28%) em relação aos colegas sem deficiência (19%).
É o que mostra uma pesquisa feita pelo Datafolha e pela Plano CDE com alunos da rede pública, estadual e municipal, em todo o país, a pedido do Itaú Social, Fundação Lemann e BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), com apoio do Instituto Rodrigo Mendes, e obtida com exclusividade pela GloboNews.
Foram ouvidos 1.850 pais e responsáveis, sendo 130 deles com crianças ou jovens com deficiência.
O estudo também mostra que os alunos com deficiência não receberam apoio constante durante o ensino remoto e, por isso, tiveram mais dificuldade para retornar à escola em relação aos colegas sem deficiência.
Por isso, o receio da desistência está presente em 28% dos pais de alunos com deficiência, contra 19% dos demais.
Segundos esses responsáveis, seus filhos não conseguiram acompanhar as atividades (31%), perderam o interesse pelo estudo (17%), precisaram trabalhar (5%) ou não se sentiram acolhidos na escola (25%) — a falta de acolhimento, por exemplo, foi sentida por só 14% das famílias de alunos sem deficiência.
Mesmo com as escolas reabertas, 21% dos estudantes com deficiência ainda não estavam frequentando as aulas presenciais — proporção que era de 12% entre as crianças e adolescentes sem deficiência.
Entre os principais motivos para não terem voltado às aulas estão: a criança ou seus familiares fazerem parte do grupo de risco (64%) e a falta de profissionais de apoio necessários (20%).
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