sexta-feira, 27 de janeiro de 2023
Diferença entre o autismo e a apraxia de fala na infância
quarta-feira, 25 de janeiro de 2023
Organização lança cartilha sobre o diagnóstico de autismo
Desenvolvida pelo Instituto PENSI, por meio do Autismo e Realidade, a cartilha utiliza uma linguagem descomplicada para informar profissionais da saúde, pais e cuidadores sobre o diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista; o material é gratuito e está disponível para download
Por Ana Clara Godoi para observatorio3setor.org.br
O Autismo e Realidade, instituição que promove conhecimento sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), lançou a nova cartilha técnica “DSM-5 e o diagnóstico de TEA”, um material direcionado para profissionais da saúde, acadêmicos, pais e cuidadores. A cartilha é composta por cinco capítulos desenvolvidos pela neuropsicóloga e assessora científica do Instituto PENSI, Yasmine Martins.
O DSM-5 é a versão mais recente do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, um conjunto de critérios diagnósticos usado mundialmente para guiar o processo de investigação sobre transtornos psiquiátricos e do neurodesenvolvimento, como o autismo.
O DSM-5 nomeia os níveis de gravidade do autismo em três níveis. O Nível 1 é o autismo leve, em que as pessoas diagnosticadas apresentam dificuldade de interação e comunicação social, mas demonstram independência limitada para autocuidado, organização e planejamento. Já no Nível 2, autismo moderado, o indivíduo necessita de suporte considerável quanto aos déficits de comunicação, interação interpessoal e estereotipias. Por fim, no Nível 3, o indivíduo com autismo severo necessita de suporte nas tarefas da rotina diária, apresenta prejuízos graves na interação com o mundo e pode manifestar prejuízos intelectuais ou de linguagem.
Estima-se que há 2 milhões de pessoas com Transtorno do Espectro Autista no Brasil. Para Yasmine, o acesso à informação e políticas públicas relacionadas ao diagnóstico e intervenção de TEA ainda é precário. “O acesso à intervenção multidisciplinar ainda costuma ser demorado, o que não auxilia o desenvolvimento da criança e do adolescente, ou seja, a população necessita de mais vagas em ambulatórios especializados públicos e maior acesso ao atendimento pedagógico especializado nas escolas de educação infantil e fundamental”.
A neuropsicóloga ainda destaca que a linguagem descomplicada da cartilha facilita o entendimento universal dos leitores, contribuindo para que a mensagem seja entregue a mais setores da sociedade. “A linguagem acessível estimula a conclusão da leitura e a compreensão do conteúdo. O acesso à informação compreensível pode prevenir os interessados no tema de adquirirem informação equivocada e interpretarem erroneamente o que foi escrito. Além disso, eles ganham uma ferramenta adicional para auxiliar crianças, adolescentes e adultos autistas”.
O material gratuito está disponível para download no site. O conteúdo está alinhado ao ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) 3 da Agenda 2030 da ONU, meta universal que promove a saúde e o bem-estar da população.
O Autismo e Realidade passou a fazer parte da estrutura do Instituto PENSI (Pesquisa e Ensino em Saúde Infantil) em 2015, quando foi incorporado à Fundação José Luiz Edygio Setúbal (FJLES). Em conjunto ao PENSI, a instituição realiza pesquisas científicas sobre o autismo e promove cursos para a capacitação de profissionais, cuidadores e familiares de pessoas diagnosticadas com TEA. A FJLES é uma organização da sociedade civil que atua em prol da saúde infantil e defesa dos direitos das crianças e adolescentes, com foco em três pilares: cobertura vacinal, segurança alimentar e saúde mental.
sexta-feira, 20 de janeiro de 2023
Estudo italiano acha novo gene ligado a casos raros de autismo
Um estudo internacional liderado pela Universidade de Turim, na Itália, descobriu que mutações em um novo gene podem ser associadas a formas raras do transtorno do espectro do autismo (TEA). Além da instituição, participaram da pesquisa o hospital Cidade da Saúde e da Ciência da cidade e especialistas da Universidade de Colônia, na Alemanha.
Conforme os resultados publicados na revista Brain, a análise usou novas tecnologias de sequenciamento de DNA e o desenvolvimento de modelos in vitro de células neuronais que demonstraram que mutações no gene Caprin1 são responsáveis por alterações de mecanismos específicos que provocam uma espécie de distúrbio nos neurônios.
A pesquisa foi coordenada pelo professor de Genética Médica do Departamento de Ciências Médicas da Universidade de Turim e do mesmo setor do hospital, Alfredo Brusco, e conseguiu identificar 12 pacientes de TEA que têm essa alteração.
O grupo de pesquisa do Projeto NeuroWes atua, desde 2015, no estudo da genética do TEA, também com a colaboração de outros grupos italianos e do Mount Sinai de Nova York.
A análise de centenas de pacientes atendidos pelas instituições envolvidas permitiu individualizar o caso de um italiano de Piemonte em que havia sido perdida uma ampla região de um cromossomo que continha o gene Caprin1. Essa observação fez com que os pesquisadores questionassem o papel dessa mutação no caso do autismo da pessoa.
Então, foram rodadas análises em centenas de casos e 12 deram positivo para essa mutação específica. A pesquisa ainda mostrou que perder uma das duas cópias do Caprin1 causa uma alteração na organização e nas funções dos neurônios bem como em sua atividade elétrica.
A importância do estudo também recai na questão da definição do papel biológico do Caprin1, no que foi possível demonstrar que ele regula a síntese de muitas proteínas nos neurônios, regulando ainda a expressão de muitos genes no cérebro.
O Caprin1 em si é considerado uma proteína muito importante na interseção de inúmeros mecanismos biológicos dos neurônios e seu entendimento também ajudará a identificar outros numerosos genes ligados a diversos problemas no neurodesenvolvimento.
A identificação de novos genes associados a formas de TEA está em rápida evolução e é previsto que existam mais de mil deles implicados na causa dessa condição.
quarta-feira, 18 de janeiro de 2023
Você sabe identificar uma criança com superdotação?
Por Luciana Brites / portalmatogrosso.com.br
Com talentos acima da média, os superdotados também precisam de estímulos para desenvolver toda sua potencialidade. Sem eles e a compreensão de suas características, estes alunos podem ficar desmotivados e se afastarem da vida acadêmica.
As pessoas com superdotação possuem uma potencialidade de aptidões, talentos e habilidades muito acima da média, que ficam demonstradas por meio do alto desempenho em diversas atividades que vão se apresentando no desenvolvimento da criança.
Um fator determinante é a constância: essas aptidões precisam ser constantes ao longo do tempo, já que nos primeiros anos de vida pode não ficar tão claro esse padrão de desempenho expressivo.
Superdotados possuem três traços predominantes. Primeiro, habilidade acima da média: raciocínio em leitura e matemática, relação espacial, memória e vocabulário. Segundo fator, comprometimento: motivação empregada ao desenvolver uma tarefa, um foco ou concentração na atividade, com perseverança e paciência. Terceiro, criatividade: pensamentos originais, criativos e flexíveis.
Embora careça de divulgação e investimentos, a educação especializada contribui não só para o desenvolvimento, mas inclusão desses jovens. Garantir os meios para que as escolas recebam e estimulem essas crianças é um dos desafios.
Um dos principais mitos relacionados às pessoas com superdotação é a de que não precisam de estímulo e são capazes de desenvolver suas habilidades por si só. Mas, segundo especialistas, o ambiente em que estão inseridas é tão importante quanto os fatores genéticos para exercerem o máximo de suas habilidades e competências.
Outro ponto que pode trazer dificuldade às crianças é o assincronismo. Ele se refere à área intelectual-psicomotora, quando a criança aprende a ler precocemente, mas não desenvolve a escrita tão rapidamente por conta da necessidade de maturidade psicomotora. Ou então no campo da linguagem e do raciocínio, quando o estudante demonstra grande capacidade de compreensão de um processo matemático, mas tem dificuldade em expressar seu conhecimento em palavras.
O assincronismo pode levar a serem excluídos entre seus pares ou serem mal compreendidos pelos pais e educadores quando não há a identificação de altas habilidades/superdotação e um ambiente em que sejam estimulados corretamente.
Outro mito é o de que sempre terão um bom rendimento escolar. Longe de serem tratados apenas como gênios, as crianças com altas habilidades/superdotação necessitam de um olhar especializado, de inclusão e acolhimento de pais e educadores para se desenvolverem plenamente.
sexta-feira, 13 de janeiro de 2023
Metaverso pode ajudar na reabilitação de pessoas com deficiência, mostra estudo
Em pessoas com paralisia cerebral, a aplicação de tarefas em realidade virtual por meio da telereabilitação auxiliou no engajamento e na melhora de desempenho
Lucas Rocha para CNN
O metaverso é um mundo virtual que permite a interação entre pessoas a partir de avatares personalizados, além da circulação por espaços construídos que simulam a realidade como conhecemos.
Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) descobriram que o metaverso pode ter uma outra função além do entretenimento: ajudar na reabilitação de pessoas com deficiência.
Um estudo publicado pelo grupo da Escola de Artes, Ciências e Humanidades mostrou que em pessoas com paralisia cerebral, a aplicação de tarefas em realidade virtual por meio da telereabilitação auxiliou no engajamento, na melhora de desempenho e foi uma opção de incentivo à prática de atividade física, inclusive durante a pandemia.
Realidade virtual e paralisia cerebral
O estudo sobre a telereabilitação de pessoas com paralisia cerebral foi realizado entre março e junho de 2020 e contou com a participação de 44 pessoas. O trabalho foi realizado durante o período de isolamento social da pandemia de Covid-19, que impedia a realização da terapia tradicional.
Pessoas com paralisia cerebral apresentam distúrbios motores associados a aspectos como mudanças de sensação, aprendizado e comunicação. Com o objetivo de melhorar a performance motora, os participantes realizavam práticas propostas com o apoio remoto de um pesquisador e auxílio de um responsável.
Uma das atividades consistia na coleta de bolinhas coloridas que caíam no visor do computador. Os movimentos dos participantes eram detectados pela câmera da máquina. Durante o jogo, a percepção de esforço e cansaço dos participantes, foi avaliada.
A escala é baseada nas sensações sentidas durante o exercício, como fadiga muscular e aumento da frequência cardíaca e respiratória. Também foram analisadas a performance motora, medida pela precisão dos movimentos e o número de acertos e erros, e a motivação e satisfação dos participantes.
De acordo com o estudo, a melhora na performance no jogo não foi constante. No entanto, a recepção dos jogos pelos pacientes foi positiva, tendo sido considerado divertido pelos participantes, que se mostraram interessados em continuar a usá-lo nas suas terapias.
“As pessoas gostam mais, elas têm mais motivação para fazer uma reabilitação em ambiente virtual”, afirma o professor do curso de Educação Física e Saúde Carlos Monteiro, coordenador da iniciativa.
Estratégia complementar
A pesquisa desenvolvida pelo grupo da USP não utiliza o metaverso imersivo, aquele que conta com óculos de realidade virtual. De maneira mais simples, é possível realizar as tarefas apenas com um computador ou celular e uma boa conexão com a internet.
Segundo os especialistas, isso facilita o acesso das pessoas a essa forma de reabilitação e evita que elas precisem gastar com óculos virtuais caros ou se deslocar para laboratórios onde existem equipamentos avançados. Com o uso do metaverso não imersivo, o terapeuta também pode atender mais de um paciente por vez e pessoas de diferentes estados passam a ter acesso a esse tratamento.
Apesar dessas vantagens, Monteiro lembra que o metaverso é um complemento dos métodos de recuperação tradicional, não uma substituição. “Percebemos que, quando tarefas no ambiente virtual são mais difíceis que no real, isso facilita na hora de realizar as atividades na vida real”, afirma.
Ele aponta como desafios para o amplo uso investidores acreditarem no uso do metaverso para fins de saúde, e a dificuldade de algumas pessoas para se adaptarem a plataformas digitais. Para ele, porém o uso do metaverso na educação e saúde pode ser adiado, mas é inevitável.
(Com informações do Jornal da USP)
quarta-feira, 11 de janeiro de 2023
O que vem depois de revogado o ‘decreto da exclusão’?
A luta por uma educação inclusiva só acaba quando não houver nenhuma referência ao “tipo de gente” que pode acessar esse direito básico
Por Mariana Rosa
A primeira vez de minha filha Alice na escola, seis anos atrás, foi também a minha primeira vez. Lembro do medo e da insegurança descalibrados, turvando as emoções daquele momento que deveria ser, sobretudo, de celebração. Afinal, uma nova etapa da vida se iniciava, e a escola era a promessa de ampliação de nossos contornos, até então restritos ao núcleo familiar. Ocorre que, quando criança, na década de 1980, não convivi com nenhum estudante com deficiência, e essa realidade permaneceu inalterada até o ensino superior. Alice não se comunica oralmente, tem limitações motoras, usa cadeira de rodas, precisa de apoio e mediação para todas as atividades cotidianas. Tal condição simplesmente não fazia parte do meu repertório de mundo antes de me tornar sua mãe.
Foi preciso mais do que afeto para entender que a escola era lugar para ela. Teve pesquisa, estudos e convivência com pessoas com deficiência, um percurso que buscou reparar a experiência que me havia sido negada até ali. Ao longo desse processo, eu também me tornei uma mulher com deficiência, o que adicionou novas perspectivas para compor a compreensão que deveria estar instalada por princípio:
“Todo ser humano tem direito à Educação e a escola é lugar para todas as pessoas, indiscriminadamente”
Foram seis negativas de matrícula. Seis “nãos”. “Não trabalhamos com esse tipo de criança”, “não tem vaga”, “pra que matricular se ela não vai aprender?”, “aqui não é lugar pra ela”… e por aí vai. Minha filha, quando se lança ao encontro do mundo, é tomada como um “tipo de criança” tão exótica que é afastada de sua condição humana e, consequentemente, dos portões de entrada da escola comum. Lembro que nada na conversa de apresentação de uma das escolas que visitei me dava pistas de que aquele era um lugar para ela: “aqui é o espaço para as crianças correrem pra todo lado, ali é o muro pra escalar, aqui as crianças mais falantes fazem a festa”…, dizia a coordenadora pedagógica.
Leia a matéria completa em lunetas.com.br
sexta-feira, 6 de janeiro de 2023
Ato de Lula põe fim à insegurança jurídica de alunos com deficiência, diz especialista
Presidente revogou política de Bolsonaro que era usada por escolas e prefeituras para negar matrícula a essas crianças
O presidente Lula discursa no Palácio do Planalto ao lado de Janja, Geraldo Alckmin (PSB) e Lu Alckmin
Medida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode colocar fim à insegurança jurídica criada a alunos com deficiência para terem acesso ao direito à escola regular ao revogar a política de educação inclusiva do governo Jair Bolsonaro (PL).
O decreto, assinado por Lula ao tomar posse no domingo (1º), revogou medidas que permitiam a escolas e prefeituras segregar e dificultar o acesso de pessoas com deficiência ao ensino regular.
Em setembro de 2020, Bolsonaro instituiu a Política Nacional de Educação Especial, que incentivava a criação de escolas e classes especializadas para pessoas com deficiência. A política foi suspensa em dezembro daquele ano pelo ministro Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal), mas ainda assim era usada por escolas e redes de ensino que recusavam a matrícula desses alunos.
"A política, mesmo suspensa, dava embasamento e era usada por escolas que não queriam ensinar a crianças com deficiência. Foi uma política que deu liberdade para escolas dizerem que nossos filhos não eram bem-vindos naquele espaço", afirma Liege Schmitt, 45.
Leia a matéria completa na folha.uol.com.br
quarta-feira, 4 de janeiro de 2023
Adaptação de materiais para crianças com deficiência visual
Alunos com deficiência visual têm problemas de acesso ao conteúdo escolar. Portanto, os materiais devem ser adaptados às suas necessidades
Na escola, os materiais para crianças com deficiência visual devem ser adaptados para que elas possam ter acesso ao currículo escolar e aos conteúdos de aprendizagem. Esta é uma medida básica para atender às necessidades específicas de suporte educacional de alunos com problemas visuais significativos.
“Só porque um homem não usa os olhos, não significa que ele não tenha visão.”
-Stevie Wonder-
Encontram-se no mercado diversos materiais com facilidade de adaptação para fornecer o essencial: informação táctil com texturas, peso, etc., bem como informação auditiva e visual, neste caso com cores fortes ou contrastes para alunos com baixa visão.
Por outro lado, as novas tecnologias, inclusive as digitais, são um universo em expansão de possibilidades de acesso e inclusão. Faz parte do que se conhece como Tiflotecnologia (do grego ‘tiflo’, que significa cego), um conjunto de técnicas e estratégias por meio das quais “procedimentos e técnicas são adaptados para uso posterior pelo grupo de cegos”.
O que é a deficiência visual?
A deficiência visual refere-se à presença de deficiências funcionais significativas quando se trata de ver. Ou seja, esse conceito engloba diversos tipos de problemas visuais graves. Assim, de acordo com Natalie Barraga, uma distinção pode ser feita entre:
- Cegueira total: a visão só permite perceber a luz.
- Cegueira parcial: a pouca visão que se tem permite apenas perceber vultos.
- Baixa visão: existem deficiências significativas relacionadas à acuidade visual, mas os objetos podem ser vistos a poucos centímetros de distância. Portanto, adaptações são necessárias para poder realizar diversas atividades da vida diária.
- Visão limítrofe: o déficit visual não é excessivamente grave. Portanto, a pessoa não fica incapacitada para realizar as atividades do dia a dia, embora às vezes sejam necessárias adaptações simples para poder realizar algumas delas.
Adaptação de materiais para crianças com deficiência visual
As crianças com deficiência visual precisam ter materiais escolares adaptados às suas necessidades educacionais especiais, para garantir acesso e reprodução adequados das informações que devem aprender. Essas adaptações podem ser realizadas por meio de diversos recursos, como:
- Ampliação.
- Gravação.
- Sistema braile.
- Relevo.
Ampliação
A ampliação consiste em aumentar o tamanho do documento para facilitar o acesso a um determinado material, de forma que sua apresentação fique clara, com bom contraste e com tamanho de fonte não muito grande.
Essa técnica é usada apenas em casos específicos, pois é melhor usar as possibilidades de adaptação do computador, colocando uma letra mais legível para crianças com problemas de visão e suprimindo os fundos e contrastes ruins.
Gravação
As gravações são uma boa maneira de levar informações a alunos com deficiência visual. Trata-se, portanto, de transcrever oralmente os materiais para que os pequenos possam acessá-los pela via auditiva.
Embora o principal problema desse método seja que nem tudo pode ser registrado, como os conteúdos de matemática, física, química, etc.
Sistema braile
O braille é um sistema de pontos em relevo que se baseia na combinação de seis pontos distribuídos em uma pequena célula. Nesse caso, os materiais devem ser transcritos e adaptados para que possam ser percebidos pelo tato.
Mas nem sempre tudo pode ser adaptado, então a decisão de usá-lo ou não vai depender do tipo de informação ou do exercício. Além disso, para utilizar esta ferramenta, é necessário que a criança domine e conheça o braile.
Ilustrações em relevo
Outra forma de adequar o material para crianças com deficiência visual é por meio do uso de ilustrações em relevo para que o aluno, por meio do tato, tenha uma imagem global das informações.
Para realizar esta adaptação corretamente, uma série de considerações deve ser levada em conta:
- Tamanho: deve ser abarcável entre as duas mãos, abrangendo toda a informação e podendo discriminá-la facilmente.
- Simplicidade: tem que ser monotemático e com diferentes texturas e alturas.
Outras adaptações necessárias
Além de adequar os materiais escritos, também é necessário adequar o ambiente, por isso uma série de medidas devem ser tomadas quanto às mudanças físicas na sala de aula e na escola, como:
- Ter uma mesa com espaço suficiente para manusear o material específico.
- Organizar os elementos de forma fixa e estável e avisar em caso de alterações.
- Eliminar obstáculos e barreiras arquitetônicas que impeçam a acessibilidade.
- Fornecer iluminação adequada.