Exames complementares
Sempre deve ser realizada em pacientes com suspeita de síndrome de
West, já que o diagnóstico depende dos achados eletroencefalográficos.
Se possível um video-EEG
prolongado deve ser realizado pois um eletroencefalograma de 20 minutos
rotineiro pode não captar o paciente em sono e vigília. Hipsarritmia é o
padrão de EEG interictal característico da síndrome de West.
Exames de neuroimagem
Cerca de 70-80% dos pacientes apresentarão achados anormais nos estudos de neuroimagem. Ressonância magnética fornece uma avaliação mais detalhada em relação a tomografia computadorizada quanto a detecção de áreas de disgenesia, desordens de migração neuronal ou da mielinização.
Outros exames complementares
Antes do início da terapia medicamentosa devem ser solicitados hemograma completo, exame de urina, função hepática, função renal, eletrólitos, amônia, aminoácidos urinários, ácidos orgânicos urinários. Em caso de suspeita de infecção, realizar punção lombar.
Tratamento
Tanto ACTH quanto vigabatrina
podem ser úteis para o tratamento de curto prazo da síndrome de West,
com preferência do ACTH sobre a vigabatrina. Um tempo de tratamento mais
curto para o tratamento dos espasmos infantis com a terapia hormonal ou
vigabatrina possivelmente melhora os resultados do desenvolvimento, a
longo prazo. A utilização da terapia hormonal (ACTH ou prednisolona),
deve ser priorizada em detrimento à vigabatrina em lactentes com
espasmos infantis criptogênicos, por mostrar melhores resultados com
relação ao desenvolvimento. ACTH em baixa dose mostrou eficácia
comparável ao ACTH em doses elevadas para o tratamento de espasmos
infantis.
A evidência atual é insuficiente para apoiar outra terapia medicamentosa ou dietética, além do uso de ACTH e vigabatrina.
Complicações medicamentosas
Um estudo retrospectivo com 130 pacientes com espasmos infantis
mostrou que pacientes tratados com ACTH podem desenvolver ganho de peso
precoce e aumento da pressão sistólica e diastólica em comparação a
pacientes em uso de drogas antiepilépticas.
O principal efeito colateral da vigabatrina é o risco de defeitos na
visão periférica permanentes (ex. retinopatia envolvendo perda visual em
ambos os olhos), por isso, a criança em uso de vigabatrina deve ser
avaliada trimestralmente por médico oftalmologista.
Prognóstico
O prognóstico da síndrome de West é, no geral, ruim e está diretamente relacionado a causa de base.
Crianças com síndrome de West "sintoma", ou seja secundária, tem pior
prognóstico que crianças com síndrome de West "doença" ou idiopática.
Setenta por cento dos pacientes vão evoluir com retardo mental
severo. Quatorze por cento apresentarão desenvolvimento cognitivo
próximo do normal. Entre 18 e 50% dos pacientes vão desenvolver síndrome de Lennox-Gastaut ou algum outro tipo de epilepsia generalizada. A mortalidade é aumentada.
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Fonte: http://pt.wikipedia.org/
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