quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Saiba a importância da convivência entre criancas com e sem down

Olga Kos, vice presidente do Instituto Olga Kos, que atende em torno de 1.000 crianças, jovens e adultos com deficiência intelectual, em especial síndrome de Down, conversou com a “Folhinha” e fala um pouco de como são as crianças com a síndrome.

Folhinha – Qual a importância da sociabilização das crianças com síndrome de Down com as demais criança?
Olga Kos
- Crianças com síndrome de Down são antes de tudo crianças. Socialização quer dizer aprender a fazer parte de um grupo, e para que crianças com Down possam fazer parte de um grupo, elas devem aprender com o próprio grupo. A convivência com o grupo de crianças sem a síndrome proporciona o aprendizado necessário e linguagem, hábitos, maneiras de se comportar etc.

Qual a principal diferença entre elas?
A maneira de se comunicar e o tempo de aprendizagem. Enquanto crianças há poucas diferenças, pois crianças com síndrome de Down também gostam de brinquedos e brincadeiras. A linguagem delas pode ser simplificada –por exemplo, uma ou duas palavras significam uma sentença.


Elas também podem aprender um pouco mais devagar devido a um ritmo mais lento de compreensão e reação. Assim, às vezes, demoram um pouco mais para entender uma brincadeira. Quando isso acontece, é preciso explicar “uma coisa de cada vez”, para facilitar a compreensão.

A criança com síndrome de Down pode fazer as mesmas coisas que as outras?
Pode e deve fazer as mesmas coisas que as outras crianças fazem, pois isso facilitará o desenvolvimento de suas capacidades.

O que uma criança que convive com uma criança com Down precisa saber? Ela deve ter algum comportamento/ cuidado especial com essa criança?
Precisa saber que as pessoas são diferentes umas das outras e a criança com síndrome de Down também o é. O “cuidado especial” é o respeito. Se a criança for respeitada em sua maneira de fazer as coisas, se comunicar e se relacionar com os outros, a convivência com ela fluirá de maneira natural.

Fonte: Folha de São Paulo

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