sexta-feira, 24 de abril de 2020

Como fazer com a rotina de crianças com deficiência isoladas na quarentena?

O termo “crianças especiais” deve ser desencorajado, e estimulado o uso de “crianças com deficiência”, visando inclusão social, segundo a terapeuta


Jornal de Barretos


Primeiramente precisamos entender que rotina é a soma de todas as tarefas que realizamos no nosso dia a dia, sendo algo que nos auxilia a organizar o nosso cotidiano e nos traz segurança e previsibilidade, com afazeres e tarefas, sendo algo pessoal de cada indivíduo.

Diante do momento que estamos vivendo, acabamos sofrendo diversas mudanças em todas as áreas de nossas vidas, sendo uma delas a quebra em nossa rotina. De um dia para o outro as atividades as quais muitas vezes reclamamos ou dizemos que estamos cansados, foram modificadas e assim nos sentimos perdidos sem saber o que fazer com esse tempo livre que não tínhamos antes, bem como com o desafio de repensar novas atividades.

As crianças com deficiência, normalmente possuem uma rotina extremamente estruturada, envolvendo diversas atividades de cuidados em casa, escola (permitindo interação com outras crianças) e terapias com equipe multidisciplinar. Mas o que fazer agora? Como manter a rotina dessas crianças?

É necessário que possamos enxergar esse momento como sendo uma oportunidade de mudança para envolver o ambiente familiar para evolução da criança, pensando em atividades que tenham significado e sejam adequadas de acordo com as características de cada criança. As atividades são ligadas ao indivíduo e dessa forma não devem ser generalizadas.

Esse é o momento que devemos usar muito o “fazer junto”, sempre partindo do interesse da criança, através de estratégias motivadoras e brincadeiras.

  • Pense a atividade como um processo de passo a passo, com começo, meio e fim;
  • Utilize o brincar, faz de conta para tornar a atividade mais motivadora e prazerosa;
  • Utilizar a mesma estratégia para realizar uma atividade repetidamente, pois assim a criança sente-se mais segura conseguindo gerar um processo de aprendizagem.
  • Permitir atividades que envolvam a exploração de vários ambientes e objetos da casa;
  • Inserir a criança na rotina de cuidados da casa, como exemplo, auxiliar na hora de colocar a roupa na maquina de lavar, guardar as louças no armário; cozinhar juntos;
  • Assistir um filme, ler um livro juntos.
É muito importante, que se caso a criança siga acompanhamento com uma equipe multidisciplinar, entrar em contato com a mesma, buscando assim orientações e suporte adequado.

Taís Regina Carrijo Domiciano
Terapeuta Ocupacional
CREFITO3 10668-TO
Certificada Internacional de Integração Sensorial de Ayres pela Universidade Sul da Califórnia, registro nº 1049

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