sexta-feira, 3 de setembro de 2021

Instituto luta por inclusão de pessoas com deficiência em todos os espaços

Juliana Domingos de Lima
De Ecoa, em São Paulo

Em 2020, durante a pandemia de covid-19, uma nova organização veio fortalecer a defesa dos direitos de pessoas com deficiência e de suas famílias no Brasil. Encabeçado por Andréa Werner, o Instituto Lagarta Vira Pupa nasceu em 2012 como blog e hoje atua na mobilização social por políticas públicas e direitos de PCDs, além de promover acolhimento materno e apoio familiar para quem cuida.

Atualmente, pessoas com deficiência, educadores e mães atípicas têm se mobilizado para defender a educação inclusiva. A nova Política Nacional de Educação Especial, sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em 2020, desobriga escolas comuns de matricularem alunos com deficiência, restringindo-os às escolas especiais. Ela foi suspensa em dezembro pelo Supremo Tribunal Federal, que decidirá sobre sua aplicação.

Para a fundadora do Lagarta Vira Pupa, o tema é fundamental para que as deficiências sejam encaradas como parte da diversidade humana. "Investir em inclusão escolar é o que vai educar nossa sociedade para quebrar essa roda da exclusão e incluir as pessoas com deficiência em todos os lugares", disse Andréa Werner a Ecoa.

Terceiro a comandar a pasta da Educação no governo Bolsonaro, o ministro Milton Ribeiro também tem sido criticado por declarações recentes a respeito de crianças com deficiência. Em entrevistas concedidas em agosto, Ribeiro disse que a presença delas em salas de aula regulares atrapalham o aprendizado de outros alunos e que parte tem um grau de deficiência "impossível" de conviver.

Werner classificou as falas do ministro como "segregatórias, quase eugenistas", e afirmou que a nova política do governo contraria leis e tratados sobre a educação inclusiva de que o Brasil é signatário, configurando um projeto de exclusão.

O instituto faz parte da Coalizão Brasileira pela Educação Inclusiva e tem atuado na conscientização das mães sobre o direito dos filhos com deficiência de frequentarem a escola regular, recebendo um suporte específico de aprendizado, e também junto às escolas, com palestras e conversas com professores.

Leia a matéria completa aqui.

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