Não, as crianças com deficiências não atrapalham as aulas, mas nem todas conseguiram retornar para as escolas. E eu tenho uma hipótese...
Por Poliana Martins para o bebe.abril.com.br
Meus filhos ainda não voltaram para a escola desde o início da pandemia. Sei que muitas mães decidiram que suas crianças retornariam, algumas há muito tempo. Os motivos para que essas mulheres decidissem colocar os filhos na escola foram variados, a depender da realidade de cada uma.
Certamente mães das periferias, que nunca deixaram de trabalhar como caixas de supermercado, serventes, babás e domésticas e precisavam do apoio das escolas na educação de suas crianças, foram aquelas que por falta de escolha, expuseram os filhos ao vírus precocemente, mesmo quando a pandemia ainda estava fora de controle.
Com o avanço da vacinação e o aumento da segurança sanitária, outras famílias foram decidindo reinserir seus filhos na escola. A absoluta exaustão materna da rotina de ser professora-cozinheira-faxineira-serventedacantina-monitora e acumular a maior parte das funções da casa é uma das justas razões desta volta ao ambiente escolar.
A pandemia nos mostrou que qualquer demanda que se criar no mundo cairá, necessariamente, nas costas das mulheres. Se hoje alguém disser: “bom dia, a partir de agora a educação das crianças deve acontecer dentro das casas”, amanhã as mulheres estarão com seus cadernos e livros ensinando história e ciência, leitura e gramática, alfabetização e letramento. Presenciamos exatamente isso acontecer ao longo dos últimos 2 anos.
Leia a matéria completa em bebe.abril.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário